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sábado, 30 de junho de 2012

Em algum lugar do passado


SPOILER FREE

Mais um livro do Desafio Literário! Gente, estou embasbacada, nunca imaginei que fosse conseguir ler 2 livros sobre viagem no tempo que fossem tão água com açúcar... tudo bem que "A Mulher do Viajante no Tempo" não é um água com açúcar muito clássico, mas "Em algum lugar do passado", nossa senhora!

Pelo tema eu esperava ler apenas ficção científica ou algo do gênero, mas não foi o caso e fiquei surpresa! O primeiro livro do tema, eu esperava que fosse "mulherzinha" e fiquei feliz por não ser. Já Em algum do lugar do passado me surpreendeu de forma negativa, pois eu esperava uma leitura menos melosa que o filme, mas encontrei justamente o contrário.

O livro não é ruim, mas também não me sinto confortável em classificá-lo como bom. O início é extremamente chato, longo e moroso. Daí quando a história engrena vira uma versão masculina de crepúsculo. Tem uma dose considerável de açúcar e confesso que isso me deixou incomodada.

Mas apesar de tudo, gostei do final do livro, pois me surpreendeu, acho que é a melhor parte da história!

Além disso, não há muito o que dizer sem dar spoiler... então:

Nota 6, bastante justo.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Meme: Fila de livros não-lidos




Ok... lá vou eu passar vergonha em público... mas blog é um pouco pra isso, né? E ninguém me convidou para esse Meme, eu descobri que existia e resolvi participar! rsrsrsrs

Regrinhas:

1. Responda às perguntas abaixo.

Qual a quantidade de livros comprados/ganhados e não-lidos que você tem na fila atualmente?
Bom... sabe que eu não tenho a mínima ideia e tenho medo, muito medo mesmo de descobrir? É sério, eu leio muito, muito mesmo, mas por alguma razão tenho a sensação de não chegar nem na metade dos livros que eu tenho, e como eu tenho muitos livros, já viu né? Eu tenho certeza que são mais de 100.

Como ou por que motivo você chegou a essa quantidade?
Bom... coloque na lista uma compulsão por comprar livros (tanto em livrarias como pela internet - eu amo a Amazon!), pais que achavam legal eu gostar tanto de ler (depois que o meu antigo quarto ficou lotado de livros eles mudaram de ideia, mas aí eu já tinha meu próprio emprego e eles não conseguiam mais regular isso rsrsrsr hoje é o marido que sofre, coitado), gostar de uma quantidade absurdamente variada de assuntos, e o fato de eu achar que um dia eu dou conta (ilusão, eu sei, mas é tão bom pensar assim).

Você tenta se controlar para não comprar muito (e aumentar o tamanho da fila) ou não se importa com isso e compra quando tem oportunidade/dinheiro/vontade?Pois é...  isso às vezes é um problema, porque na maioria das vezes eu não me importo (eu acho que vou dar conta um dia, lembra?). O que me preocupa, na verdade, não é o tamanho da fila, é o espaço físico para guardar os livros. Volta e meia eu dou uma limpada na estante, mas, veja bem, se eu não consigo me controlar para comprar os livros sem me importar com a fila, como você acha que eu me sinto em me livrar deles? Pois é, sou possessiva. Isso sim é sério, porque tendo a manter meus livros, só me desfaço deles quando realmente não gosto ou sei que nunca vou parar para ler novamente (minha ilusão de que darei conta inclui releitura, pois é).

Nos últimos meses, a sua fila está tendendo a aumentar ou a diminuir?
Kkkkkkkkkkkk nos últimos meses??? Bom, tem só aumentado nos últimos anos!

Quantos livros em média você compra/ganha por mês?
Confesso que tenho medo de fazer essa conta. Sei que ano passado eu comprei uns 5 livros a mais do que eu li naquele ano (e eu li uns 30 livros), o que dá uns 3 livros por mês. Em compensação, esse ano estou enfiando o pé na jaca, nem chegamos em julho e já comprei mais livros do que no ano passado inteiro. É, estou precisando me controlar.
Agora, confesso que não tenho ganhado livros (apesar de eu sempre pedir no amigo-oculto de Natal da família, mas acho que não conta nesse caso). Tenho a impressão de que isso acontece porque as pessoas devem ter medo de comprar livros pra mim...

2. Link o blog que te enviou o meme.
Conheci o Meme aqui :-)

3. A Lia quer saber das suas respostas.
Deixe um comentário no post http://verbo-ler.com.br/2012/05/meme-fila-de-livros-nao-lidos/ do blog Verbo: ler, avisando que respondeu o meme, com o link pro seu post.


segunda-feira, 18 de junho de 2012

A Mulher do Viajante no Tempo



SPOILER FREE

Na verdade eu terminei esse livro do Desafio Literário semana passada, mas daí descobri que tinha um filme, então resolvi ver o filme antes de comentar o livro aqui.

Vamos começar pelo livro! Adorei! (minha sogra detestou, mas gosto não se discute rsrsrsrs) A autora, sabiamente, resolveu optar pela teoria de viagem do tempo em que não se pode mudar o que já aconteceu, o que facilita muito as coisas (e eu pessoalmente prefiro também, essa história de ficar mudando as coisas complica muito a narrativa e começa a dar possibilidade de linhas históricas paralelas ou alternativas que só quem trabalha bem com ficção científica faz ficar legal e mesmo assim dá margem a muito furo narrativo). Portanto, a história se desenrola com o ar de inevitabilidade das tragédias gregas (o que é legal, é clássico!), e a autora aproveita para realmente dar um ar de tragédia no final.

Daí o livro começa te prendendo, com uma história muito interessante e altamente inusitada de um homem que viaja no tempo e portanto conhece a sua esposa antes mesmo deles se conhecerem, gerando situações no mínimo bizarras. E nesse quesito, bizarrices temporais, o livro é ótimo! São tantos momentos inusitados que você fica tonto! E a autora não se perde! O que ela consegue fazer é contar a história de forma que as diversas lacunas vão sendo preenchidas conforme o personagem principal vai viajando pelo tempo.

E conforme ele não só descobre o passado, ele também desvenda o seu próprio futuro (ah, sim, ele não viaja só para trás), e aí se instala o verdadeiro clima de tragédia grega: o drama anunciado e inevitável. Conforme o livro vai chegando no fim, a contagem regressiva para o desastre se desenrola e eu fui ficando cada vez mais tensa e angustiada. Nesse momento cheguei a detestar o livro, porque estava me deixando de mau humor. O final é triste demais, e você sabe qual é por antecedência, vai dando um aperto no coração... é terrível! Terminei o livro num misto de alívio e tristeza.

E daí fui ver o filme. Bom, confesso que eu já sabia que não podia ser grande coisa, afinal adaptar 600 páginas para um filme de 1:45h não pode dar muito certo. Mas eu não esperava que fosse tão ruim. Tudo o que funciona no livro por conta da construção lenta das personagens acaba por não ter tempo de ser apresentada no filme, daí fica difícil comprar o relacionamento entre elas. Em outras palavras filme se mostra superficial e eu não consegui entrar no clima. Achei algumas adaptações ruins (no filme a personagem da Clare se mostra muito manipuladora em comparação com o livro), e a escolha do elenco fraca. Para um filme que para te fazer comprar a ideia de romance se limita apenas à química entre os atores principais, deveriam ter escolhido alguém mais expressivo que o Eric Bana (apesar de eu ter gostado da escolha visual). E a coitada da Rachel McAdams parece perdida em cena. Fiquei até com pena. E o trabalho de envelhecimento dos personagens está péssimo para um filme que conta uma história de viagens no tempo.

Enfim, para o livro nota 9, já para o filme... melhor ficar quieta, apenas sugiro que leiam o livro e fiquem longe do filme.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Flatland


SPOILER FREE

Eis um livro que eu li só porque sim! Nada a ver com Desafio Literário e sem ser nenhuma indicação! Mentira, foi a Amazon que me indicou rsrsrs

Mas é sério, quando a li a descrição do livro fiquei muito curiosa! Dizia que era sobre um quadrado que vivia num mundo de duas dimensões que depois viajava para mundos com outras dimensões (1, 3 ou 4) e que o seu autor tinha criado uma aventura matemática! Como é que eu, formada em estatística, poderia resistir a essa tentação???

Óbvio que não resisti, comprei o livro (2 míseros dólares), e li avidamente! E morri de raiva.

Não que o livro, na parte da aventura não seja legal! É. Bem interessante, o autor foi bem realista no que aconteceria no mundo proposto por ele e ficou bacana. A parte da matemática está bem explorada, tem desenhos feitos pelo autor e tudo.

Mas a construção social que ele criou... me deu raiva. Muita raiva. Mas veja bem, eu entendo que o autor era inglês e viveu no século XIX, e que isso implica em uma visão MUITO LIMITADA e hierárquica e preconceituosa da sociedade. Mas isso não torna o que ele escreveu menos pior. Fiquei PASSADA com a forma como ele vê as mulheres e as classes sociais. Quase larguei o livro antes da história realmente começar.

O caso é tão feio que o prefácio do editor vem DEFENDENDO o autor! Ah, sim, porque o editor achou que as pessoas não fossem compreender a resposta do autor à crítica de que ele não gosta de mulheres. Fala sério. Pois é.

Como diversão puramente matemática é legalzinho, como aventura é razoável. Como um todo, eu não gostei.

Nota 3. (e estou sendo bondosa)