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sábado, 29 de setembro de 2012

Anansi Boys


SPOILER FREE

Esse mês do Desafio Literário acabou sendo totalmente dedicado ao Neil Gaiman, mas isso é porque o maridão adora esse autor, e estava esperando já há algum tempo que eu lesse American Gods e Anansi Boys, e como, por sorte, ambos os livros são baseados em mitologia, eles eram perfeitos para o mês de setembro (o tema era mitologia universal).

Apesar do maridão não ter gostado muito de Anansi Boys, confesso que eu adorei. Acho que o li muito mais rápido do que American Gods, pois a história desce mais leve. Claro que já ter conhecido o personagem Anansi (que é um deus aranha africano) em American Gods deixa a leitura de Anansi Boys bem mais interessante também (então fica a sugestão de ordem de leitura), mas apesar do personagem ser o mesmo, as histórias são completamente diferentes.

Mas o ritmo desse livro não é tão bom, lá pelo meio dele concordo que fica um pouco esquisito, e se você não fizer um esforço para passar da parte meio chata/lenta/"mas, hein?" o leitor corre o risco de querer abandonar a leitura, o que é uma pena, pois o final é muito interessante. Se Anansi for mesmo o deus de todas as histórias, ele certamente abençoou Neil Gaiman, pois só assim para conseguir fechar uma história tão maluca e cheia de pontas como essa. Numa mistura muito doida de mitologia, bruxaria, drama familiar, história policial e romance, o autor desvenda a saga dos filhos do deus Anansi, que de uma forma ou de outra acabam puxando ao pai e só se metem em enrascada, por mais que façam de tudo para evitar. E apesar de Fat Charlie e Spider serem aparentemente opostos um do outro em todos os sentidos, eles acabam descobrindo que têm muito mais em comum do que imaginam. E eu confesso que gostei mais de Fat Charlie o livro inteiro.

Apesar de parecer complicado, a história e a leitura são bem leves, e a superficialidade com que alguns personagens e assuntos são tratados não chega a comprometer o livro, dando até um ar mais descontraído para ele. Mas não é uma obra prima. É um livro legal e uma boa leitura, mas American Gods está anos-luz na frente. Lembre-se disso ao pegá-lo para ler e não se decepcionar.

Nota 8.

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