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domingo, 7 de agosto de 2011

Cidade da Penumbra


Pois é, finalmente terminei o livro deprê. Na verdade terminei o livro há uns 10 dias, mas ainda não sabia o que dizer aqui. Na verdade ainda não sei bem o que dizer sobre o livro, mas já estava passando do limite rsrsrsrs

Vamos lá, o livro conta uma história de detetive numa sociedade futurista absurdamente plausível e horrorosa de se viver (por isso achei muito deprê), tudo recheado com muita violência, um texto que te deixa meio perdido (atordoado talvez seja melhor) e algumas coisas que simplesmente não fazem sentido.

E daí? Bom... fora a narrativa meio lenta e sem nexo (talvez seja um problema de tradução... mas nesse caso eu duvido), o livro é marcante simplesmente pela plausibilidade (isso existe?) do futuro que descreve. A evolução dos celulares para rastreadores é simplesmente nauseante de tão possível (minha sogra e amiga Angela Lemos vai adorar essa parte), assim como a evolução das cirurgias plásticas, de Hollywood e, pelo visto, dos direitos. Sério, entrei em choque quando vi no jornal essa semana que querem incluir o direito de ser feliz na nossa constituição, vi os direitos do livro pularem das páginas... "Com a Clair-Monde, a felicidade não é mais uma utopia."... um lugar onde todos tem direito a beleza, juventude, felicidade... mas onde tudo isso tem um preço absurdamente caro, e no fundo ninguém é feliz. Eu disse que o livro era deprê?

Outro ponto marcante do livro é a dificuldade de entender o que está acontecendo. Primeiro eu achei que o problema era meu, ou do fato de eu ler demais no metrô, mas andei olhando outras resenhas e até agora não achei ninguém que tenha entendido o livro rsrsrsrs


Mas, talvez não seja esse o objetivo da autora... eu fiquei muito mais interessada pelo contexto da história do que pela história em si, que é como essa sociedade maluca funciona e como ela é cheia de coisas absurdamente inaceitáveis, mas que existem hoje também: abusos sexuais (incluindo pedofilia), drogas pesadas, violência, fome, pessoas sendo escravizadas e utilizadas em experimentos... só coisa "leve".


Para quem curte histórias meio psicodélicas ou futuristas à lá 1984, ou então curta livros deprês, é um prato cheio. Para os demais mortais sugiro ler outra coisa.


Nota 7 porque sou boazinha