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segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Espada de Vidro - Glass Sword (Red Queen #2)


 

SPOILER FREE

Depois de sofrer com o primeiro livro da série Rainha Vermelha, resolvi ler o volume seguinte num misto de força do ódio com esperança de que poderia melhorar. Além de que, ainda estamos em setembro, e o Desafio Literário Popoca 2021 ainda está rolando com o tema de líderes autoritários.

A boa notícia é que consegui terminar de ler Espada de Vidro, como ficou a tradução em português pela Editora Seguinte. A má notícia é que não melhora.

A cabeça da protagonista, Mare Barrow, que é onde a história realmente se passa, é uma bagunça. Ela continua tão perdida quanto no primeiro volume, não só no que está ocorrendo a sua volta, mas também sobre os seus próprios sentimentos. Personagens contraditórios podem ser interessantes, mas existe limite.

A ambientação da história fica mais interessante e complexa, mas ainda falta coesão e coerência. Fico sempre triste quando vejo uma boa ambientação sendo desperdiçada com um enredo fraco.

O enredo dessa continuação é basicamente Mare fugindo do agora rei Maven, junto com o herdeiro do trono em desgraça, Cal. Eles se aliam à organização Red Dawn, incluindo Kilorn, pra completar o quadrado amoroso da série, enquanto eles procuram por mais pessoas de sangue vermelho com poderes. 

Parece algo cheio de aventura e adrenalina, né? Na realidade nem é. A narrativa é lenta e repetitiva, seguindo os moldes do primeiro livro. Um número grande de personagens acaba sendo apresentado nessa busca, mas nenhum deles é realmente interessante ou marcante. Os poderes são... algo que lembra super heróis de quadrinhos no sentido ruim da coisa.

Achei a leitura tão arrastada que precisei ler dois outros livros no meio de Espada de Vidro para conseguir chegar até o final. Que sim, teve adrenalina e um gancho, como eu esperava, mas ainda assim era previsível. É preciso dizer que a previsibilidade do enredo não anima.

Mas a série Rainha Vermelha fez muito sucesso, o que não entendo como aconteceu, então, farei um esforço pra chegar no final. Vai que melhora? E, se não melhorar, poderei falar mal com propriedade.

Nota 5.

domingo, 5 de setembro de 2021

Anton (Chicago Blaze #1)


 

SPOILER FREE

Em tempos sombrios precisamos de coisas para nos distrair e quem me segue sabe que eu faço uso de literatura erótica pra isso. Então, foi procurando puro escapismo que peguei meu primeiro livro da autora americana Brenda Rothert, que tinha boas resenhas e um interesse romântico de Hockey, só porque meu marido joga.

O enredo me chamou atenção, porque traz algo incomum para histórias desse tipo envolvendo esportistas, nosso personagem principal, Anton, é celibatário ao invés do clichê pegador, e isso porque ele é apaixonado pela esposa de um colega de equipe, a bela e recatada do lar Mia. Fiquei curiosa para saber como a autora iria pegar essa premissa e transformar num romance que não tinha resenhas negativas por questões de traição. (sim, livros com traição costumam gerar resenhas negativas, quem diria?)

Apesar da premissa não seguir o clichê mais comum, para fazer essa história funcionar, Brenda acaba fazendo uso de todos os demais clichês que você puder imaginar. Com direito a personagens unidimensionais bem básicos. O malvado do enredo é feito para ser odiado sem a menor dúvida, e nada dele se redime, o que tem lá os seus problemas internos na história. A mocinha, coitada, é daquelas que por mais que a autora tente justificar sua apatia, é tratada como capacho e vira um joguete entre os machos alfa.

Menos mal que o machismo óbvio presente no enredo não é apontado como romântico, o que já é muito melhor que muita coisa por aí. Alguns temas mais sensíveis não são tratados de qualquer jeito, e nem possuem solução mágica, o que achei positivo.

Mas, é aquilo, isso é suficiente para o livro ser mediano, e não o torna particularmente bom.

Apesar disso, a leitura é tranquila e não me fez revirar os olhos, tendo até mesmo algumas passagens particularmente gostosas de ler. O interessante é que a maioria dessas passagens não tinha a ver com o romance em si, o que torna o livro um pouco mais complexo do que a média do estilo.

Somando tudo, é um livro okay. Para quem quer ler cenas picantes, não é o melhor que tem por aí, mas se você quer apenas escapismo, e um vilão pra xingar por diversas gerações, é uma boa indicação.

Nota 7.

Time of Uncertainty: Poems for Domestic Isolation


SPOILER FREE

Com um dos temas do Desafio Literário Popoca sendo poesia, consegui retomar em parte minhas leituras poéticas, e depois de mais de um ano de pandemia, confesso que comprei esse livro por causa do título.

Eu estava animada para ler mais poemas sobre a quarentena, depois de uma linda experiência com Regresso a casa, do português José Luís Peixoto. Infelizmente a poetisa norte americana Stephanie Van Hassel não tem a mesma grandeza.

Primeiro, o título do livro engana, apesar de Time of Uncertainty: Poems for Domestic Isolation trazer um ou dois poemas sobre quarentena, a maior parte dos textos é sobre família e maternidade, sem o contexto de pandemia. Segundo, os poemas são interessantes, mas não exatamente brilhantes.

Com exceção de uma ou outra poesia realmente incrível, o trabalho de Stephanie Van Hassel é mediano. Vale a leitura para quem curte ler poesias de forma geral, e para quem gosta dos temas tratados pela autora, mas não chama atenção por si só. 

Nota 7.