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quarta-feira, 10 de maio de 2017

Fortunately the milk - Felizmente o Leite


    There was only orange juice in the fridge. Nothing else that you could put on cereal, unless you think that ketchup oy mayonneise or picle juice would be nice on your Toastios, which I do not, and neither did my little sister, although she has eaten come pretty weird things in her day, like mushrooms in chocolate.
    "No milk," said my sister.
    "Nope," I said, looking behind the jam in the fridge, just in case. "None at all."

SPOILER FREE

Esse é um dos últimos livros infanto-juvenil do Neil Gaiman, aquele autor britânico que faz tanto sucesso que as pessoas acham que é americano, e cujo excelente livro "American Gods" acabou de virar série de TV.

Neil Gaiman é um autor versátil, escreve para todas as faixas etárias, e passeia por diversos estilos (quadrinhos, contos, romances, palestras), e consegue ir bem em todos eles. Coisa rara e que precisa ser mencionada.

Em "Felizmente o Leite" ele nos apresenta um pai que ficou incumbido de cuidar dos filhos durante uma viagem da mãe, e, claro, ele deixou o leite acabar e agora as crianças querem que ele compre mais para poderem tomar café da manhã. Quando ele retorna, ele tem uma história fantástica para contar aos filhos e justificar o quanto ele demorou fora de casa.

Digamos que essa é a versão Gaiman de uma história de pescador, daquelas cheias de monstros espaciais, piratas, dinossauros e até viagem no tempo, e eu juro que consigo visualizar o Neil contando essa história para os próprios filhos. E para completar, o livro é belissimamente ilustrado.


Não é tão incrível nem tão marcante quanto outras obras do autor, como "Coraline" ou "Graveyard Book", mas é gostoso demais de ler. O tipo de livro que te deixa sorrindo no final.

Ah, e a identidade do estegossauro que está na capa do livro simplesmente me arrebatou. Muito representativo e relevante nos dias de hoje. Neil Gaiman é um dos melhores autores contemporâneos, simples assim. Espero acompanhar suas obras por muitas décadas ainda.

Nota 10.

Hemingway Didn't Say That: The Truth Behind Familiar Quotations







"Good artists copy; great artists steal"
- Pablo Picasso - X
Esse é um livro que comprei por pura curiosidade. Trata-se de um um livro onde o autor investiga a autoria de citações famosas (especialmente na internet) para verificar se a autoria e a citação estão corretas. Vale citar que o autor possui um site onde ele publica suas investigações também, chamado Quote Investigator.

A parte mais interessante está no início do livro, onde Garson explica não só a razão das suas investigações, mas também o que ele descobriu ao longo delas, isto é, como uma citação se altera ao longo do tempo, e como se colocam como seus autores pessoas que muitas vezes não tem nada a ver com o texto "original".

O resultado é um livro que após as análises realmente interessantes, é bastante curioso e cheio de anedotas, mas que não dá para ler por muito tempo seguido por ser um tanto quanto repetitivo. Excelente para ler naqueles intervalos curtos ao longo do dia em que você não quer pegar um romance porque sabe que vai ter que parar no meio.

Se lido em doses homeopáticas é uma excelente leitura, mais do que isso, definitivamente não é para qualquer um.

Nota 8.




A teus pés

vacilo da vocação

Precisaria trabalhar - afundar -
- como você - saudades loucas -
nesta arte - ininterrupta
de pintar -

A poesia não - telegráfica - ocasional -
me deixa sola - solta -
a mercê do impossível -
- do real.


SPOILER FREE

Mais um livro de poesia! E, nossa, esse foi difícil. O comprei porque era de uma autora mulher, brasileira e foi homenageada numa FLIP da vida.

Aí se vê que nada disso é garantia de coisa boa.

Acho que foi o livro de poesia mais chato, insosso e sem razão de existir que já li na minha vida. Na verdade eu nem classificaria boa parte dos textos nesse livro de poesia.

Ana Cristina escreve em fluxo de pensamento, e ela não é exatamente uma pessoa que segue um fluxo que faça sentido. Tudo bem, é arte, não precisa fazer exatamente um sentido nem ter um objetivo. Mas num texto um mínimo de coerência é necessário para se conseguir que o leitor sinta alguma coisa, senão não se sente nada, não se percebe nada e o que a autora diz realmente é nada.

Detestei tanto que nem sei mais o que dizer. Um horror.

Nota 2 (porque eu curti o poema que coloquei lá em cima, é o único que sobreviveu)

The Tiny Book of Tiny Stories: Volume 2



SPOILER FREE

Esse é um livro que me foi sugerido por um site meio filosófico, que nem sempre tenho tempo de ler, infelizmente, chamado Brain Pickings. E apesar do nome do autor dizer um ator famoso, mas lá com os seus problemas artísticos, o livro na verdade é de um coletivo de artistas, esse sim "organizado" pelo tal ator.

E apesar da capa com jeito de livro infantil, o conteúdo é puramente artístico, composto de imagens com uma ou duas frases agregadas que trazem reflexões, contam histórias ou só são bonitas de ver.


É o tipo de livro leve, rápido e sensível que pode ser apreciado por qualquer pessoa de qualquer idade. E foi mais interessante do que eu imaginava que seria, mais gostoso e mais leve. Em outras palavras, uma agradável surpresa. Ainda bem que sigo as recomendações desse site, realmente valem a pena. (e fica dica)

Infelizmente comecei pelo volume dois porque o volume um ainda não existe para kindle. Mas pelo menos eu já tenho o volume três para aquele momento em que eu precisar de uma injeção de ânimo e beleza.

A versão eletrônica é melhor apreciada em tablet (ou pelo menos um celular com uma tela legal), e vale a pena conferir o tamanho das páginas no aplicativo para melhor observar os desenhos e as palavras, mas para quem curte um livro de papel, sugiro fortemente as versões físicas, que possuem uma capa dura lindíssima.

Nota 9,5.