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sábado, 31 de agosto de 2019

How to Claim an Undead Soul (The Beginner's Guide to Necromancy #2)



SPOILER FREE

Depois de um primeiro volume com um pano de fundo muito interessante, mas uma execução e uma narrativa que deixaram a desejar, acabei por ler o segundo livro da série The Beginner's Guide to Necromancy (ainda sem tradução para o português).

Dessa vez Grier precisa rever seu estilo de vida por ter sido reinstituída aos seus títulos e fortuna originais, o que agora inclui o título de Dama Woolworth, visto que ela é agora a mais velha da sua linhagem depois da morte da sua mãe adotiva. Nesse período, o seu trabalho como guia turística de assombrações em Savannah é uma das coisas que a ajudam a manter o pé no chão. Porém, algo estranho tem destruído as assombrações da cidade, e agora até o seu trabalho está tornando a sua vida fora dos padrões que ela busca para se recentralizar.

Para piorar a situação, ela agora precisa conviver com o seu primo por adoção, Linus, que está encarregado de ensiná-la tudo sobre necromancia. E isso ao mesmo tempo que Boaz, o vizinho de porta que ela ama desde criancinha, dá sinais de que finalmente está interessado nela.

Entre todos os papeis que ela precisa se encaixar, as ameaças que ainda a perseguem do livro anterior, e as novas ameaças que ela ainda não conhece, Grier tem história para manga pra contar.

Os problemas continuam sendo os mesmos do volume anterior, você tem uma história e personagens com potencial, mas com uma realização bem mais ou menos e com uma quantidade grande demais de clichês envolvidos. Como hoje em dia a quantidade de livros tipo young adult de qualidade é razoável, e considerando que o livro foi lançado em 2017, The Beginner's Guide to Necromancy deixa muito a desejar e fica bem abaixo da média esperada.

A relação de Grier e Boaz é uma das coisas mais desconjuntadas da série. Dá para ver de muito longe o que vai acontecer, fora que Boaz é o tipo de personagem masculino que dá raiva e que eu detesto ver com a personagem principal quando ela está num arco de crescimento e empoderamento pessoal. Mulher nenhuma merece ficar com esse tipo de macho.

Nota 5.

How to Save an Undead Life (The Beginner's Guide to Necromancy #1)



SPOILER FREE

Nada como pegar uma série young adult de fantasia para esquecer um pouco a realidade. E mesmo quando a série traz personagens traumatizados e cheios de problema, ainda assim a leitura é mais leve que o jornal do dia. Vivemos numa época tensa.

A autora americana Hailey Edwards traz na série The Beginner's Guide to Necromancy (ainda sem tradução para o português) a história da necromante Grier, que acabou de sair de uma prisão sobrenatural por ter sido julgada culpada pela morte da sua mãe adotiva. Claro que parece que o julgamento foi injusto, senão ela não seria a heroína da história, visto que sua mãe adotiva era maravilhosa, mas também é claro que todos acreditam na sua culpa e isso faz dela uma figura muito mal vista na sua sociedade secreta e de vida noturna.

Nesse primeiro volume o lance é que somos oficialmente apresentados ao mundo dos necromantes, que parecem humanos, mas fazem magia a partir do seu próprio sangue. Eles são chamados assim por seu poder de trazer os mortos de volta à vida, na forma de vampiros. Sim, isso mesmo. Esquece tudo o que você conhece de vampiro, Hailey reimaginou a coisa toda. 

Para os tradicionalistas isso pode ser um problema, não vou negar, e acho importante avisar logo para evitar decepções gratuitas. Mas, de forma geral, o mundo imaginado pela autora ficou interessante e bem redondo.

Os necromantes são divididos em classes, como os indianos, onde os de classe mais baixa simplesmente têm menos poder associado ao uso do seu sangue, e os de classe mais alta são realmente poderosos em termos de magia. Existem as exceções, claro, mas como boa trama com esse tipo de tema, a questão da classe leva também à discussão as questões dos preconceitos, e essa sim é a parte mais interessante desse lado da história.

Enfim, nesse primeiro livro, Hailey traz a história da saída da Grier da prisão e suas dificuldades de se encaixar novamente nessa sociedade que a abandonou. Além disso, ela descobre fatos sobre o seu passado e sua família que ela nem imaginava. Tudo isso enquanto ela tenta se reaproximar dos seus amigos pré-prisão, que depois de cinco anos sem ver, muitas vezes parecem ser outras pessoas.

O resultado final é uma história de fantasia com um excelente potencial, mas que a execução deixa a desejar. Hailey Edwards não escreve particularmente mal, mas ela também não escreve bem. Mas o pior, na minha opinião, é que ela faz uso de uma quantidade pouco saudável de clichês, chegando ao ponto de você descobrir tudo o que vai acontecer com muita antecedência, o que é chato.

Um dos clichês é o par romântico de Grier, que é apaixonada desde criancinha pelo seu vizinho de classe baixa. Claro que ele é um pegador desde sempre e ela é virgem. Como eu disse, uma quantidade pouco saudável de clichês.

Confesso que decidi ler os livros seguintes da série muito mais porque eu já os tinha na biblioteca do kindle do que por animação.

Nota 5.

sábado, 17 de agosto de 2019

Sweep of the Blade (Innkeeper Chronicles #4)



SPOILER FREE

E finalmente cheguei no último livro publicado da série Innkeeper Chronicles! Dessa vez o casal que escreve sob o pseudônimo de Ilona Andrews resolveu trocar a personagem que narra a história.

Maud, a irmã recém resgatada de Dina, é quem relata a continuação da série. Nesse volume, ela resolve aceitar o convite do vampiro Arland de retornar com ele para seu planeta natal. Dessa forma ela se vê envolvida numa trama entre clãs de vampiros rivais que podem acabar derrubando Arland, e ela e sua filha junto.

Maud como narradora tem mais emoção que Dina, mas não necessariamente ela faz muito sentido. Além de ser um tanto quanto repetitiva e angustiada demais. Sua voz muitas vezes parece adolescente demais para o meu gosto e para a sua própria história também. Relevando isso, a trama em Sweep of the Blade é bastante interessante.

O problema é que ela causa uma pausa no enredo de fundo da série, e eu estava ansiosa para ver o que iria acontecer e como a história iria continuar. Em outras palavras, fiquei chateada com a mudança de narradora e de andamento da série, por mais que tenha gostado de conhecer mais sobre Maud.

Isso tudo me deixou num conflito interno sobre como avaliar o livro, porque apesar dele em si ser legal de ler, ele me pareceu um episódio barriga na série. Uma coisa é isso acontecer numa série de televisão, outra coisa numa série de livros em que sai um volume por ano. 

Por conta disso, nota 7,5.


One Fell Sweep (Innkeeper Chronicles #3)



SPOILER FREE

No terceiro livro da série Innkeeper Chronicles, o casal de americano/russa, sob o pseudônimo Ilona Andrews, traz mais uma aventura de Dina, a innkeeper de Gertrude Hunt. Dessa vez ela acaba por aceitar receber uma raça perseguida pelas galáxias por um clã de assassinos, numa busca de procurarem um local seguro para se esconderem dos seus inimigos.

O problema começa a acontecer quando o clã descobre que Dina está recebendo membros da raça perseguida. Mas agora Dina tem outros membros no Inn que podem ajudá-la a contornar essa situação, como sua irmã recém encontrada, o vampiro Arland, o lobisomem Sean, sua cadelinha Beast e a hóspede vitalícia Caledenia.

A questão da falta de emoção e vitalidade da narração infelizmente continua, mas é preciso dizer que ficou reduzida nesse volume. Além disso, o enredo mais abrangente que carrega a série se torna mais importante e interessante aqui. Esse livro me deixou muitíssimo animada para continuar a ler a série, o único problema é que só tem mais um livro publicado depois desse, e pelo andar da carruagem ele não será o último, o que quer dizer que eu em algum momento terei que esperar pelos próximos volumes serem publicados.

Já mencionei que detesto ler séries ainda em publicação porque detesto esperar entre um livro e outro? 

Considerando todos os fatores, 7,5.


domingo, 11 de agosto de 2019

Sweep in Peace (Innkeeper Chronicles #2)



SPOILER FREE

O segundo livro da série Innkeeper Chronicles não é tão bom quanto o primeiro. Não só o livro acaba mantendo os problemas do volume anterior, mas tem a sua própria gama de questões.

Os personagens são basicamente os mesmos, com algumas adições bastante interessantes, mas infelizmente Dina continua como narradora, o que deixa as coisas um tanto quanto sem graça. Para piorar a situação, toda a situação romântica do primeiro livro, que me pareceu bastante previsível mas pelo menos não tinha muita importância no enredo, então não incomodava, aqui toma uma parte mais central da história. E pior, Dina está mais envolvida nessas relações, logo ela fala demais sobre o assunto.

A questão agora é que Dina precisa levar mais hóspedes para o Inn Gertrude Hunter, e quando um Arbitrator solicita que o hotel seja utilizado para uma negociação de paz entre 3 raças envolvidas numa guerra há gerações, ela acaba por aceitar, apesar de saber que vai ser problema na certa.

Coisas pequenas a parte por conta desse enredo principal, o problema do romance óbvio e desnecessário numa série como essa, pelo menos o enredo principal que liga os livros da série acaba por andar. Você descobre mais sobre o passado de Dina, sobre seus irmãos e sobre como eles têm vivido, apesar de não aparecerem nos livros. A história por trás de tudo é a busca de Dina pelos seus pais, um casal de innkeepers que desapareceu misteriosamente juntamente com o seu Inn.

Pretendo continuar lendo avidamente a série, porque apesar dos problemas a leitura é bem leve e os mistérios são instigantes. O mundo onde se passa todo o enredo também é muito bem construído e acaba por ajudar a relevar os problemas.

Nota 7,5.

A Casa, a Escuridão



SPOILER FREE

Mais um livro de poesia do português José Luiz Peixoto! O que me deixa triste é saber que não tenho mais livros de poesia não lidos dele.

Minha única experiência de livro de romance dele não foi lá muito positiva, mas adorei tudo o que li dele de poesia. E A Casa, a Escuridão não foi exceção.

Vale demais a leitura, o livro ficou cheio dos marcadores que uso para marcar as poesias que gosto e facilitar encontra-las depois. Claro que também uso isso para ver o quanto o livro me agradou, visto que só leio poesias pela manhã e sempre alternando o livro ao longo da semana.

Por causa dos livros de poesia de José Luiz Peixoto vou acabar me aventurando novamente em ler um romance dele.

Nota 9,5.


sábado, 10 de agosto de 2019

Clean Sweep (Innkeeper Chronicles #1)



SPOILER FREE

Na atual situação, estou lendo muito como forma de escapismo, e para isso nada melhor que livros de fantasia young adult! E a dupla de autores (um casal, uma russa e um americano) que compõe Ilona Andrews tem uma lista de livros que se encaixam nessa categoria.

Clean Sweep é o primeiro livro da série Innkeeper Chronicles, que até agora teve 4 volumes publicados. Aqui são apresentados alguns dos principais personagens da série, Dina, a Innkeeper, que além de ser uma personagem interessante por si só, acaba nos apresentado o universo onde se passa o enredo, que, vou confessar, é dos mais interessantes que vi nos últimos anos. Temos também Sean, um ex militar que também é um lobisomem, Arland, um vampiro que é chefe militar do seu clã, Caledenia, uma aristocrata que ainda não descobri que tipo de criatura é, Beast, a cachorrinha de estimação de Dina, que não é apenas um Shi Tzu e Gertrude Hunt, o Inn onde Dina trabalha.

O livro traz a história de como Dina começa a perceber que uma criatura que não pertence ao planeta terra tem rondado a cidadezinha texana onde fica Gertrude Hunt. Depois de estimular Sean a tomar algum tipo de atitude com relação a isso, os dois juntos com Arland precisam dar um jeito na situação antes que o Inn seja exposto e todos sejam mortos.

A história em si é bastante interessante e o mundo criado para Innkeeper Chronicles é uma mistura de fantasia com ficção científica, com direito a viagens intergaláticas, portais, naves espaciais e diversas raças alienígenas, tudo com um toque de magia.

Apesar de todos os pontos positivos que existem em Clean Sweep, preciso dizer que o livro tem um problema. Ele é bem escrito, não cai naquela onda de livros em que a escrita atrapalha uma história legal, o problema é que ele não é bem escrito o suficiente. Falta um quê no livro para dar aquele brilho que a história super interessante que ele tem merece. A forma como a narradora, Dina, fala é um tanto sem graça, falta vitalidade e força, ficando tudo meio mais ou menos por causa disso.

Não me impede de continuar lendo a série, de jeito nenhum, já tenho todos os livros lançados, mas, vai me fazer pensar duas vezes antes de pegar outra série dos autores para ler.

Nota 9 pela originalidade.

Hot Asset (21 Wall Street #1) by Lauren Layne



SPOILER FREE

Depois da minha primeira experiência com a autora Lauren Layne, e considerando o estado atual da realidade, achei que realmente era hora de tentar mais um livro dela. 

Dessa vez temos a história de Ian e Lara. Ian é um broker milionário de Wall Street, Lara trabalha para o órgão do governo americano que fiscaliza Wall Street. Apesar de estarem em times opostos, a atração entre eles é irresistível! Excelente premissa, não é?

O problema é que em Hot Asset todo o machismo que ela já havia mostrado em Irresistibly Yours (Oxford #1) retorna com força total e sem absolutamente nada de contrapartida. A pobre Lara é retratada como uma mulher sem força nenhuma e zero profissionalismo. Já o Ian é um cara que dá ódio mortal e não entendo o que a pobre Lara vê nele.

Dessa vez nem as cenas de sexo salvam, porque elas dependem das limitações da Lara, aumentando a dose de machismo do livro.

É um grande desastre. Não pretendo ler mais nada da autora depois disso.

Nota 2.



Wonder Woman: Warbringer (DC Icons #1) - Mulher Maravilha: Sementes da Guerra



SPOILER FREE

Como todos minimamente por dentro hoje em dia sabem, as grandes editoras de quadrinhos não fazem mais apenas quadrinhos. Seguindo nessas novas fronteiras, a DC Comics começou a publicar em 2017 uma série de 4 livros estrelando suas principais personagens e trazendo como escritores grandes nomes da literatura young adult da atualidade. 

Mulher Maravilha: Sementes da Guerra é o primeiro livro dessa série e é escrito pela israelita naturalizada americana Leigh Bardugo, famosa pelas séries Grisha, Six of Crows e Nikolai

Por ser o primeiro livro de uma série, Sementes da Guerra é uma história de origem. Ok, todos estão carecas de ver versões da história de origem da Mulher Maravilha. Mas tenham uma certa paciência, a versão de Leigh Bardugo tem os seus méritos e a história de origem da princesa Diana está muito boa nesse livro. Toda a mitologia utilizada para criar as amazonas está muito legal, e apesar de novamente termos uma espécie de missão de resgate de uma pessoa perdida na ilha como motivador para Diana ir para o mundo dos homens, pelo menos o resgatado é uma mulher.

Alia Keralis está sendo perseguida, mas se recusa a aceitar que isso é verdade e não consegue entender o porquê das tragédias que ocorrem a sua volta. Sua visita a Temiscira, apesar de curta, começa a quebrar sua forte descrença em algumas coisas, mas nada se compara com a jovem que a ajuda, Diana, que simplesmente não pode existir nos padrões da realidade normal.

Usando isso como premissa e uma boa dose de mitologia grega, Leigh Bardugo cria uma história cativante e cheia de adrenalina e até mais da metade do livro eu estava cantando louvores a sua capacidade narrativa e a tudo que ela montou para Mulher Maravilha.

Mas aí, a autora caiu nas armadilhas dos clichês e me pareceu um tanto preguiçosa para criar plot twists diferentes. Comecei a sentir como se tivesse lendo o mesmo capítulo várias vezes, porque os problemas e as resoluções eram sempre os mesmos.

O resultado ficou um pouco conflituoso. Por um lado temos um trabalho muito interessante para o passado e as explicações de como funciona o mundo das amazonas, por outro temos um arco narrativo preguiçoso e repetitivo.

Por isso, nota 7,5.


Promethea - Book One


 
SPOILER FREE

O autor Alan Moore é um dos grandes do mundo dos quadrinhos e isso simplesmente transparece em uma das suas obras primas, Promethea. Mais uma indicação de amigos de livros, que eu agradeço sempre que posso, Promethea é uma das Graphic Novels mais interessantes e complexas que já tive o prazer de ler.

Alan Moore traz como ambientação um mundo atual alternativo, futurista e distópico, onde uma estudante de mitologia acaba por encontrar informações ao longo da história sobre uma personagem mitológica chamada Promethea. Na busca de mais informações para um trabalho da faculdade, ela acaba por descobrir que o mundo da imaginação é mais real do que imaginário, e que Promethea é um dos seres que habita esse mundo que consegue sair dele e meio que incorporar em pessoas com a imaginação muito poderosa.



Em termos de simbolismo e de detalhes gráficos, Promethea é um show à parte. A quantidade de informação utilizada para fazer toda a história e as imagens da Graphic Novel é simplesmente um desbunde. Vale a leitura só por isso. Mas soma-se a isso todo o posicionamento que Alan Moore coloca sobre a importância da imaginação e o poder das histórias e você tem um prato cheio para quem gosta de ler.

Minha única questão com Promethea é justamente gráfica, apesar de ser um dos pontos fortes a beleza das ilustrações. Eu entendo que uma das fontes para o trabalho visual em Promethea são as pinups, mas, veja bem, a personagem principal é uma mulher que possui uma capacidade incrível de imaginação (por isso ela se torna Promethea) e ela imagina uma guerreira celestial imbatível. As encarnações anteriores, pelo menos parte delas é imaginada por mulheres. Mas todas, absolutamente todas as encarnações de Promethea tem jeito de terem sido criadas por homens.


Talvez o problema esteja no fato do escritor e de todos os ilustradores serem homens. Talvez eu tenha criado uma visão mais crítica depois de ler quadrinhos escritos e ilustrados por mulheres. 

Mas o fato que Promethea tem cara de ter sido criada e ilustrada por homens é real. E isso é um problema quando as personagens principais são mulheres.

Só por isso, nota 9.

Under the Lights



SPOILER FREE

Depois do primeiro livro da série Daylight Falls ser bem mediano, confesso que me surpreendi com a autora Dahlia Adler em Under the Lights.

Com todos os cliclês em Behind the Scenes, eu não esperava que a personagem Vanessa fosse lésbica, e que o tema em Under the Lights fosse justamente essa descoberta. O livro realmente tem os clichês que isso traz porque Vanessa é a atriz principal de uma novela adolescente, Daylight Falls, e isso obviamente cria problemas para que ela assuma a sua orientação sexual publicamente. 

Mas Dahlia Adler se mostra bastante hábil ao lidar com o tema, e preciso dizer que gostei muito do resultado final no livro e como o enredo e as personagens acabam por trabalhar a questão da descoberta da sexualidade, do preconceito e da coragem de se assumir. Recomendo muito a leitura nesse sentido.

Claro que o livro não é perfeito. Rola um certo excesso de clichês e de drama adolescente que preciso dizer que atrapalharam a minha leitura. Apesar disso, o produto final é acima da média.

Nota 8,5.

Behind the scenes



SPOILER FREE

Então, o final de julho foi um inferno, mas as leituras andaram numa velocidade que tive dificuldade de acompanhar, e por isso acho que nunca estive tão atrasada em minhas resenhas na minha vida. Confesso que está rolando uma sensação de como era mesmo esse livro? Até que minha memória acorda e faz ah sim!

Então, Behind the Scenes traz a história de Ally Duncan, uma menina comum que é amiga de uma estrela da televisão, Vanessa. Ally sempre tentou se manter distante do mundo meio fantasioso da melhor amiga, até que problemas familiares a fazem aceitar ser assistente dela para poder juntar dinheiro. Daí ela passa a frequentar o set de filmagem da nova novela teen do momento, Daylight Falls. Até aí nada muito diferente do que sua história com Vanessa já não a tenha preparado para lidar, até ela conhecer melhor Liam, o par romântico de Vanessa na novela.

Não que o livro seja ruim. Ele é bem escrito e a história é fofa. Mas, ele é lotado dos clichês esperados e não tem nada que o torne exatamente original. Ele escapa mais ou menos dos clichês complicados relacionados a machismo, mas isso hoje em dia é o básico para um livro lançado em 2014.

O problema de Behind the Scenes é que ele é só mais um num oceano de livros infantojuvenis sem nada que o faça ser diferente ou imperdível.

Nota 7,5.