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domingo, 26 de agosto de 2018

Please Don't Tell My Parents I Have A Nemesis



SPOILER FREE

Depois da experiência de sofrer para lembrar de todos personagens secundários no livro anterior, resolvi emendar a série até o final, já que eu tenho os livros.

Não tem nada de novo na história desse volume em si, o estilo continua o mesmo, a fofura continua a mesma. Porém, o final... tem um gancho muito muito muito chato. Confesso que fiquei surpresa, já li diversos livros do Richard Roberts e esse é o primeiro que ele resolveu fazer esse golpe baixo com o leitor. Nem entendi a razão, não é que esse livro em si tivesse tanta coisa para contar que realmente precisasse disso, ou que os fãs da série não fossem ler mais uma aventura. Se ele tivesse se organizado melhor na linha narrativa e não tivesse perdido tempo com momentos em que nada acontece de verdade... Enfim, achei desnecessário, chato e fora do comum para o autor. Espero que ele não pegue essa mania.

Apesar desse problema, a série em si continua muito legal de ler. Só não leia o quarto livro sem ter o quinto perto de você. Recomendado para todas as idades!

Nota 8.


sábado, 25 de agosto de 2018

Please Don't Tell My Parents I've Got Henchmen



SPOILER FREE

Esse é o terceiro livro da série do Richard Roberts "Please don't tell my parents", confesso que estava com saudades da Penny e já fazia tempo demais entre um livro e outro da série para uma leitura "saudável".

Na verdade, acho que deixei passar um pouco desse tempo. Li o último volume em 2015, fazendo um pouco mais de 3 anos entre um livro e outro, o equivalente a um pouco mais de 200 livros entre um volume e outro da série. Não foi uma boa ideia. Confesso que fiquei bastante perdida com diversos personagens secundários.

Claro que os personagens principais e a vilã mais carismática eu lembro bem e adorei revê-los, em compensação, os inúmeros personagens secundários entre os colegas de escola, mocinhos e vilões, ficou tudo uma grande confusão. Eu não lembrava nem do nome, nem dos poderes e nem do que tinha acontecido com eles. E a leitura de "Por favor não conte para os meus que eu tenho capangas" (em tradução livre minha) sofreu bastante com isso.

As histórias do Richard Roberts são absurdamente fofas, mas a escrita não é das melhores, tendendo a ser confusa. Some-se a isso o fato de que eu não lembrava quem era quem e você percebe a minha dificuldade em aproveitar plenamente a leitura.

Apesar dos problemas (meus e do autor), a leitura é divertida e Penny é irresistivelmente fofa. Tanto que já emendei com o quarto livro da série! (Não vou cometer o mesmo erro de novo). Nada como ler personagens crianças que realmente são crianças! Eu queria muito que o livro estivesse traduzido para o português... acho que seria um sucesso.

Nota 8.

Livros anteriores:

Please don't tell my parents I'm a super villain
Please don't tell my parents I blew up the moon

sábado, 18 de agosto de 2018

Morreste-me



SPOILER FREE

José Luís Peixoto é um autor que às vezes me agrada e às vezes não. Mas, como um espoente da literatura portuguesa ele sempre acaba voltando para a minha lista de leitura. 

Dessa vez ele retornou porque eu estava em casa no dia dos pais pensando no meu falecido pai e como gostaria de fazer alguma coisa com ele. Como ele foi co-responsável por minha paixão por livros e esse livro em específico fala sobre a perda do autor do seu pai, achei que era extremamente conveniente e adequado.

Morreste-me me deixou com o coração apertado e os olhos cheios de água durante toda a leitura, o que foi bem mais breve do talvez eu teria aguentado, logo, o fato do livro ser muito curtinho não é um ponto negativo. Claro que a descrição do autor da doença do seu próprio pai de alguma forma me lembrar o que aconteceu com o meu ajudou muito na identificação emocional, e acho que me fez apreciar ainda mais o texto.

No livro o autor simplesmente derrama nas páginas tudo o que ele sente com relação à morte do seu pai, num misto de poesia, prosa e memórias. José Luís Peixoto acertou em cheio na combinação desses elementos e na carga emocional do texto. O livro é lindo de morrer. E muito triste também.

Fiquei muito feliz com a minha escolha de momento para fazer essa leitura, e com a experiência também. Lerei mais coisas do autor com mais afinco depois desse livro.

Bravo.

Nota 10.


quinta-feira, 16 de agosto de 2018

The Djinn Falls in Love and Other Stories



SPOILER FREE

Essa é uma das coletâneas de contos mais interessante, diversificada e específica ao mesmo tempo que eu já encontrei.

É um livro que tem diversos contos centrados em gênios (do tipo árabe, daquele tipicamente da lâmpada na imaginação ocidental). Os autores são absurdamente variados, tem diversos árabes, claro, mas tem autores ocidentais e de outras etnias orientais também.

Isso significa que a variação da compreensão do que são gênios e o que eles são capazes de fazer também varia enormemente! Tem histórias mais realistas, outras bem estilo fantasia, tem poesia, tem romance, mistério e questões sociais. Nesse sentido, a quantidade de contos em mundos pós-apocalípticos me deixou extremamente surpresa. De onde esse monte de autor tirou a mesma ideia? Claro que as formas são diferentes, mas mesmo assim! Não é a toa que moda existe em tudo quanto é lugar. Está aí uma prova!

De forma geral, a média da qualidade dos contos é muito boa. Eu fiquei positivamente surpresa, porque normalmente um livro desse gênero é a maior montanha russa entre contos maravilhosos e coisas difíceis de chegar até o final. Mas "The Djinn Falls in Love" é uma coletânea muito bem escolhida, com todos os contos minimamente bons e outros simplesmente maravilhosos. Diversos autores me chamaram a atenção e eu ainda vou dar uma pesquisada para descobrir outros trabalhos deles, porque acho que vai valer a pena.

Claro que o fato de que todas as histórias têm gênios foi positivo para mim também, a louca da cultura árabe que sou, não tinha como não gostar. Certamente o tema traz uma pegada minimamente oriental para todas as histórias, independentemente do autor ser ou não árabe. Inclusive, muitos dos autores árabes me surpreenderam por trazerem propostas fora do que poderia ser considerado clássico ou esperado. De forma geral, o trabalho deles é simplesmente contemporâneo com uma pitada árabe.

Infelizmente o livro ainda não foi traduzido para o português, mas é possível encontrar versões eletrônicas em inglês (mesmo em lojas brasileiras) por um preço acessível.

Também é preciso apontar que muito da propaganda do livro fica em cima do nome do Neil Gaiman, mas fiquem avisados, o conto dele que aparece aqui é só um pedaço do livro American Gods (Deuses Americanos), inclusive o pedaço em questão já apareceu também na série de TV. Não comprem o livro só por isso.

Nota 9.

The Assassin's Blade - A lâmina da assassina



SPOILER FREE

Então, esse é um livro de novelas da mesma autora de Trono de Vidro. Eu já sabia que ele existia fazia tempo, mas demorei para conseguir comprar em promoção, então, estou lendo depois do, não sei bem, sexto livro?

Enfim, são diversas histórias que de alguma forma são mencionadas nos livros originais da série Trono de Vidro, mas todas elas acontecem antes do primeiro livro. A leitura não fica comprometida com relação à ordem, dá para ler tranquilamente entre qualquer outro livro ou até mesmo antes do primeiro. O interessante de ter lido no momento que eu li é que de alguma forma as novelas apresentam com alguns personagens no último livro que li, e eu gostei de vê-los novamente sob outro ângulo e em outro momento da saga da personagem principal.

Em compensação, lê-lo depois de você descobrir algumas coisas nos volumes seguintes quer dizer que o seu coração fica super apertado, porque obviamente você já sabe o que vai acontecer. Para mim isso não fez diferença em termos de ficar chateada com spoiler ou algo do gênero, as histórias em si não dependem inteiramente das coisas não ditas para serem interessantes ou emocionantes.

O fato da autora ter escrito essas novelas depois de pelo menos os dois primeiros livros também quer dizer que a qualidade do seu texto está melhor do que no início da série, o que é muito positivo para essa coletânea.

Dentro do conjunto da saga, a leitura é válida, acrescenta profundidade à personagem principal, é divertida e bem escrita. Mas não deixa de ser um livro para os fãs da série. Não faz sentido ler só esse livro e ele não é uma boa propaganda para o primeiro volume de Trono de Vidro, visto que o estilo é melhor e não é no mesmo formato de romance.

Nota 8.

domingo, 12 de agosto de 2018

Taking the Heat by Victoria Dahl



SPOILER FREE

Esse foi o último livro do meu detox de férias!

E ele também foi a razão de eu jogar a toalha e dar um basta na leitura desse gênero por um certo tempo. Preciso de um descanso!

Sobre o livro: jornalista que trabalha na coluna de conselhos do jornal local da sua cidade do interior, se sentindo derrotada depois de uma estadia de pouco sucesso em Nova Iorque, entra em pânico com as novas oportunidades profissionais que o seu chefe surpreendentemente legal e moderno resolve dar a ela. Enquanto isso, moço rico, que resolveu estudar biblioteconomia porque sim, se muda para a cidade para fazer um projeto de um ano na biblioteca local e fazer turismo de aventura enquanto se prepara psicologicamente para assumir a empresa da família, o que no fundo ele não quer fazer (explicação no início da frase).

Resolvi ler o livro porque achei a história dos dois personagens promissora e um tanto quanto diferente. Não é comum bibliotecários homens, né? (eu só conheço um)

A parte positiva do livro é que ele não está na primeira pessoa! Ponto positivo pela raridade no gênero. Outra coisa positiva é que os diálogos são absurdamente divertidos, Verônica é uma das personagens mais engraçadas que já vi. Maravilhosa.

Porém... sempre tem um porém... ela é virgem. Tem 27 anos e é virgem. E boa parte das cenas picantes se desenvolvem com esse tema. Veja bem, nada contra virgens, eu conheço pessoas que chegaram nessa idade virgens! Mas o gênero do livro é PICANTE. Acho chatérrimo uma cena dessas em que o cara fica dando uma de professor de sexo. Isso não é sexy. A personagem podia ser virgem e isso não ser o tema principal de todas as cenas! Qual é o problema, por que essa fixação?

Entre os positivos e negativos, o livro é divertido de ler e Verônica é muito interessante de ver se desenvolvendo ao longo da narrativa. Vale a leitura.


Nota 8.

The Catch (The Player # 2)



SPOILER FREE

Essa é a continuação do livro The Player, e o meu terceiro livro de detox das férias.

Como eu disse na resenha do livro anterior, o final é um gancho maldito que vai levar a autora para um inferno especial de autores que fazem ganchos maldosos. E como eu também disse na mesma resenha, eu não imaginava a razão para o gancho por causa do gênero, que costuma ser de histórias mais curtas. E confesso que não fiquei surpresa quando a história realmente terminou no primeiro terço do livro.

Teria sido lindo se a autora tivesse terminado aí e feito tudo num único volume. Mas, não, resolveu ser gananciosa.

Tudo o que vem depois do término natural da história do primeiro livro é ruim. Não se salva nada. As cenas picantes ficam menos interessantes e depois somem (aliás, isso me parece uma tendência nesse tipo de livro que eu não consigo entender), todo o drama que rola é absolutamente forçado e exagerado, os personagens simplesmente param de fazer sentido. É um horror. Passei o resto do livro correndo para terminar o meu sofrimento.

Não pretendo ler mais nada da autora.

Nota 5.

The Player (The Player, #1)



SPOILER FREE

Nada como aproveitar as férias lendo coisas para esvaziar completamente a cabeça... foram 5 livros desse gênero no meu detox de férias!

O gênero que eu quero dizer aqui é literatura erótica, ou mais precisamente chicklit com cenas picantes.

No caso, The Player é o primeiro livro de uma duologia. Esse detalhe é muito importante, porque você precisa começar o livro sabendo que o final é um gancho que nocauteia qualquer leitor de ódio. Não entendo a necessidade de autores de fazer isso, ainda mais num livro desse gênero, onde normalmente as histórias não são longas o suficiente para durar mais de um livro.

A ideia geral é que a personagem principal é fisioterapeuta e ela trabalha com jogadores de baseball. Acho que foi um erro da minha parte na escolha do tipo de atleta para ler esse tipo de história, eu não entendo NADA de baseball, todas as alusões às posições dos jogadores e os tipos de movimento que eles precisam fazer não diz nada pra mim. Daí, pelo gênero e título você já entende o que vai acontecer, não é necessário spoiler.

No geral, as cenas picantes são boas, o drama de fundo poderia ser mais envolvente se eu entendesse do esporte, mas no geral não é lá essas coisas todas, parecendo muito exagerado em alguns momentos. Os personagens não são lá essa Brastemp, mas é passável, nada que irrite a primeira vista por motivos óbvios de inconsistência.

É um livro que eu indico apenas para quem curte o gênero, ele não tem absolutamente nada de especial.

Nota 7 pelo esforço.

Love Machine



SPOILER FREE

Esse foi o meu quarto livro de detox das férias! Viva os chicklits picantes!

Eu confesso que eu tinha grandes esperanças com ele, ainda mais depois das leituras anteriores, mas infelizmente ele não atingiu minhas expectativas.

Explico. O blurb do livro fala sobre uma mulher que recruta o seu melhor amigo para dar uma chacoalhada na sua vida sexual, pois a princípio ela anda na seca e ele é um garanhão. Parece promissor, né? Achei a ideia ótima e com muita possibilidade de grandes momentos e diversão.

Porém... sempre tem um porém... o problema é que ao invés de focar na secura da personagem, a autora resolveu focar na sua "falta de experiência". Entre aspas porque pelo menos Keaton não é virgem, mas o texto bem que poderia ter sido escrito para uma virgem estilo primeira vez tudo. Se fosse primeira vez para coisas pouco "ortodoxas" seria muito interessante, mas não é o caso, as cenas picantes são bem básicas. Confesso que eu ando sem paciência para esse tipo de personagem. Não entendo o apelo erótico disso, a não ser que o leitor seja virgem, ou machista.

Poderia ter salvação se os personagens fossem mais fofos, ou a história deles fosse mais interessante, mas também não é o caso. As duas coisas são apenas medianas. Pelo menos não é ruim, mas isso não quer dizer que é bom. A única coisa realmente boa é que a história é contada na perspectiva de ambos os personagens, o que torna a leitura mais dinâmica e divertida.

É uma leitura passável para quem gosta do gênero.

Nota 7,5.

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

The Accidental Harem



SPOILER FREE

Passei as duas últimas semanas de férias, e por causa disso resolvi dar uma pausa em tudo o que eu estava lendo para esvaziar a cabeça e só me divertir. Daí a escolha por esse livro. E os próximos quatro...

A história da compra desse livro é a seguinte: eu descobri que existe esse estilo "reverse harem" (ou harém reverso em português) na literatura erótica americana por acaso, e desde então volta e meia eu dou uma olhada nos livros desse estilo. Puro guilt pleasure. O problema é que me parece que 99% dos livros desse estilo se passam em mundos sobrenaturais ou de fantasia, e eu acho isso exagerado demais, não dá, não precisa disso tudo. Além de que me parece logo de cara que o texto vai ser ruim (preconceito meu, eu sei). Daí, num dia com muito tempo livre (férias!!!) eu fiquei um tempão procurando algo desse gênero que fosse num mundo normal.

Acabei de reparar que não expliquei o que é harém reverso, mas acho que é autoexplicativo o suficiente.

Levando tudo isso em consideração, "The Accidental Harem" me surpreendeu muito positivamente. Primeiro porque as cenas que me interessam nesse tipo de leitura eram em média muito boas, e no caso desse livro parte delas realmente incluem o lance do harém reverso (para quem não gosta aviso que não tem ação entre os homens, pode ler tranquila, para quem gosta, sinto muito, aqui você não vai achar). Segundo, por incrível que pareça os personagens eram razoavelmente bem desenvolvidos e faziam sentido! Tudo bem que rolam uns clichês do gênero: um cowboy, um militar, um milionário... mas eles em si são interessantes e as reações fazem sentido na história. Até parece que a autora fez um trabalho sério no assunto! (Não querendo desmerecer de forma genérica os autores do gênero, mas a média é muito ruim, "50 tons de cinza" está aí para provar isso).

Mas nem tudo é perfeito. A autora não conseguiu se segurar e escorregou em alguns momentos porque achou que precisava em algum momento mencionar o título e o gênero dentro do texto. São dois momentos muito tristes.

Além disso, algumas das cenas picantes tem um jeitão que beira a violência que não me agrada. E para não dizer que deixei algum defeito de fora, o último homem a entrar no harém parece que foi inserido de qualquer jeito na história (piada infame proposital) só para aumentar o número. Pareceu preguiça.

Mas no geral o livro é sensacional, me diverti demais na leitura e ele me deu esperanças para continuar lendo coisas nesse gênero.

Nota 8.