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domingo, 22 de outubro de 2017

The Witches of New York

     In the dusky haze of evening a ruddy-cheeked newsboy strode along Fifth Avenue proclaiming the future: "The great Egyptian obelisk is about to land on our shores! The Brooklyn Bridge set to become the Eighth Wonder of the World! Broadway soon to glow with electric light!" In his wake, a crippled man shuffled, spouting prophecies of his own: "God's judgement is upon us! The end of the world is nigh!"
     New York had become a city of astonishments. Wonders and marvels came so frequent and fast, a day without spectacle was cause for concern.
    Men involved themselves with the business of making miracles. Men in starched collars and suits, men in wool caps and dirty boots. From courtrooms to boardrooms to the newsrooms of Park Row; from dockyards to scaffolds to Mr. Roebling's Great Bridge - every man to a one had a head full os schemes: to erect a monument to genius, to become a wizard of invention, to discover the unknown. They set their sights on greatness while setting their watches to the noontime drop of the Western Union Time Ball. Their dreams no longer came to them via stardust and angel's wings, but by tug, train, and telegraph. Sleep lost all meaning now that Time was in man's grasp.

SPOILER FREE

Para o tema de outubro, que obviamente é o Halloween, nada como ler uma história sobre bruxas! E que surpresa maravilhosa foi descobrir a autora americana Amy McKay.

"As bruxas de Nova Iorque" (numa tradução livre minha, o livro ainda não foi lançado em português) é uma graça de livro sobre 3 bruxas de origens muito diferentes, mas que acabam por se encontrar na Nova Iorque do final do século XIX. E eu digo uma graça porque as bruxas são mesmo o máximo e, de um jeito peculiar, muito fofas. Inclusive, passei a gostar mais de corvos por conta do "bichinho de estimação" de uma delas.

Claro que por se tratar de uma história envolvendo mulheres poderosas no final do século XIX, o livro precisa tratar de alguns assuntos espinhosos, como a forma como mulheres eram vistas, com o encarceramento de mulheres em clínicas psiquiátricas pelos motivos mais fúteis, perseguições religiosas e o movimento sufragista. Então, apesar de ser fantasia, o livro tem um pé bastante firme na história, o que torna a leitura muito mais interessante (e um tanto quanto pesada).

A autora faz um retrato bastante fiel da época, e a única magia que realmente aparece com força é o contato com os espíritos, o que torna o livro bastante realista dependendo do que você acredita. Além disso, o livro tem muita representatividade, com personagens homossexuais, de etnias menos comuns, como ciganos e egípcios, o que dá direito a pontos extras.

Outro detalhe que eu adorei é que os capítulos são marcados por datas, que são divididas por fases da lua, e eles sempre abrem com passagens de outros livros, com trechos de jornal (mesmo que fictícios) que relatam acontecimentos em paralelo à história mas que marcam o que está ocorrendo na cidade e também trechos do Grimoire de uma das bruxas. E cada capítulo tem subcapítulos, que são narrados em diferentes vozes, alternando entre os diversos personagens da história, o que não se limita apenas as 3 bruxas principais.

É um livro muito bem escrito, gostoso de ler e que quando você percebe já acabou e apesar da história não terminar exatamente com um gancho, deixa gostinho de quero mais. Espero que a autora escreva mais sobre essas personagens e sobre esse mundo mágico que ela criou. Preciso de mais livros assim para ler.

Nota 10.

Orientalismo

 On a visit to Beirut during the terrible civil war of 1975-1976 a Frech journalist wrote regretifully of the gutted downtown area that "it had once seemed to belong to... the Orient of Chateaubriand and Nerval." He was right about the place, of course, especially so far as a European was concerned. The Orient was almost a European invention, and had been since antiquity a place of romance, exotic beings, haunting memories and ladscapes, remarkable experiences. Now it was disappearing; in a sense it had happened, its time was over. Perhaps it seemed irrelevant that Orientals themselves had something at stake in the process, that even in the time of Chateaubriand and Nerval Orientals had lived there, and that now it was they who were suffering; the main thing for the European representation of the Orient and its contemporary fate, both which had a privileged communal significance for the journalist and his French readers.

SPOILER FREE

Finalmente tomei vergonha na cara e li Orientalismo, essa obra marcante do palestino Edward Said que aponta tantos julgamentos e preconceitos hoje considerados absurdos, mas que até bem pouco tempo atrás eram algo absolutamente normal.

É verdade que Orientalismo não foi a primeira obra que aborda esse assunto (nem será a última), mas sua importância está no fato de ser um dos estudos mais completos sobre a questão quando se trata do Oriente e por ter sido escrita por um árabe, ainda por cima palestino, e escrito para um público ocidental. Repercussões a parte (o próprio autor tem um prefácio escrito para a edição de aniversário de 25 anos do livro que trata sobre isso), o livro é com certeza uma leitura obrigatória para todos que querem estudar o Oriente Médio e também outras regiões ou povos que são estudados de um ponto de vista euro centrista.

Mas quem quer que venha a ler Orientalismo, fique avisado, o livro é pesado de ler. E não apenas por ser um trabalho intelectual pesado que envolve citações de inúmeros autores e análise dos textos citados, mas também porque o assunto em si não é leve. Ler a forma como outros povos foram e ainda são tratados em estudos de acadêmicos europeus, americanos ou simplesmente brancos, é um exercício de autocontrole. É tanto preconceito, julgamentos sem fundamento algum e generalizações que você não sabe se chora, joga o livro/kindle longe, amaldiçoa os autores em questão ou simplesmente se enche de raiva.

E isso se arrasta por todo o livro de Edward Said, autor analisado nenhum se salva, uns poucos são só menos piores, e se você acha que a entrada do século XX traz alguma melhora significativa, pense de novo, as mudanças positivas só chegarão com um pouco mais de força depois da publicação de Orientalismo, em 1978. E se você acha que a mudança de centro de poder da Europa/Inglaterra para os Estados Unidos pode ter trazido algo de novo ou positivo, pense de novo. O pior é que independentemente da época ou lugar, os estudos produzidos dessa forma foram usados para justificar ações políticas ou para escolhe-las.

É desolador e deprimente mesmo. E para me deixar mais animada, claro que vi paralelos com a questão dos negros, das mulheres e dos latino americanos de forma geral. Num mundo onde o Trump foi eleito, esse tipo de leitura deveria ser obrigatória, para ver se as pessoas acordam para a sua própria ignorância. Como o próprio Edward Said aponta, enquanto não formos mais humanistas estamos fadados a repetir esse tipo de erro, e enquanto isso acontecer não haverá entendimento, respeito e paz.

A nota só não será máxima porque a edição que eu li não tinha bibliografia, e eu fiquei muito zangada por isso.

Nota 9.

Tails of Wonder and Imagination

     What is it about cats? Why do they lend themselves to fiction so easily? There have been numerous anthologies of cat stories, several of them multi-volume series. There is no other animal about which writers from all genres seem to be obsessed. Mystery, horror, science fiction, and fantasy stories have been written about cats.
     It's possible that felines, thought to be domesticated by happenstance rather them intent, are considered more mysterious, and thus more interesting to write about than other animals. Canines are pretty up front about their feelings - they're considered to be loyal, obedient, and cheerful. Dogs, the oldest domesticated animal, have anthropomorphized themselves - become more like people. Cats have done very little of that. They are still strangers in the house. The cat does what it wants and goes its own way, which conjures up the darker images of willfulness, self-interest, and mystery.

SPOILER FREE

Então, esse foi o livro que escolhi para o desafio literário de agosto, que consistia em ler um conto por dia. Só que por ser um livro comprado no kindle, eu não tinha a menor ideia de que ele tinha mais de 600 páginas!Resultado: demorei muito mais do que o esperado para ler, ainda mais porque li no esquema um conto por dia antes de dormir. O que também não foi lá muito certinho, porque alguns contos na verdade eram mais novelas ou romances do que contos, de tão grandes.

Fora o pequeno problema de organização, a seleção de obras de histórias relacionadas a felinos de Ellen Datlow é de tirar o chapéu. Entre autores maravilhosos e famosos, como Neil Gaiman, Stephen King, Susanna Clarke e outros, as histórias são em sua maioria fabulosas, com poucas ficando como medianas. Além disso, o livro é exatamente o que a organizadora promete: extremamente variado. Tem ficção científica, terror, fantasia, história de detetive, contos sobre o dia a dia (tem até um que realmente é baseado em fatos reais), mitologia... enfim, variedade é que não falta.

Portanto, é um livro que não se cansa de ler, e como a média de qualidade dos trabalhos é muito alta, também não dá vontade de pular nada no caminho. São 39 histórias que realmente valem a pena ler. Ficarei de olho para outros livros organizados pela Ellen, ela tem bom gosto!

Nota 10!

A Sombra do Amado: Poemas de Rûmî

O que fazer, se não me reconheço?
Não sou cristão, judeu ou muçulmano.

Se já não sou do Ocidente ou do Oriente,
não sou das minas, da terra ou do céu.

Não sou feito de terra, água, ar ou fogo;
não sou do Empíreo, do Ser ou da Essência.

Nem da China, da Índia ou Saxônia,
da Bulgária, do Iraque ou Khorasan.

Não sou do paraíso ou deste mundo,
não sou de Adão e Eva, nem do Hades.

O meu lugar é sempre o não-lugar,
não sou do corpo, da alma, sou do Amado.

O mundo é apenas Um, venci o Dois.
Sigo a cantar e a buscar sempre o Um.

"Primeiro e último, de dentro e fora,
eu canto e reconheço aquele que É."

Ébrio de amor, não sei de céu e terra.
Não passo do mais puro libertino.

Se houver passado um dia em minha vida
sem ti, eu desse dia me arrependo.

Se pudesse passar um só instante
contigo, eu dançaria nos dois mundos.

Shams de Tabriz, vou ébrio pelo mundo
e beijo com meus lábios a loucura.
 SPOILER FREE

Rumi é um dos meus poetas favoritos, então a escolha do livro me foi muito óbvia. Inclusive, tenho vários livros e traduções diferentes do poeta sufi persa. E foi muito emocionante para mim visitar o seu túmulo no interior da Turquia (pena que hoje em dia não indico mais essa viagem para ninguém, a coisa está estranha no Oriente Médio).

Dito isso, não sei explicar o que o tradutor fez, pois confesso que não gostei do livro. A escolha dos poemas (que na verdade são pedaços de obras mais longas) não ficou bom, a escolha das palavras também não, e as notas sobre cada poema simplesmente não me tocaram. Rumi era para ser pura emoção religiosa, entrega sem limite, e sem delimitação de crença, muito na linha do Kabir. Mas nessa tradução ficou muito sem graça.

O mais triste é que pouco depois de terminar esse livro, comprei outro do Rumi, e quando cheguei em casa percebi que era o mesmo tradutor. Espero que os anos entre uma tradução e outra tenham trazido um pouco mais de conhecimento, sensibilidade e profundidade ao seu trabalho.

Nota 5.

[poemas escolhidos]

Idades

No início,
eu queria um instante.
A flor.

Depois,
nem a eternidade me bastava.
E desejava a vertigem
do incêndio partilhado.
O fruto.

Agora,
quero apenas
o que havia antes de haver vida.
A semente.
 
SPOILER FREE

Fiquei surpresa ao descobrir esse livro na estante de livros de poesia, eu confesso que não tinha a menor ideia de que Mia Couto escrevia poesia. Como gostei do outro livro que li dele, nem pensei muito, resolvi levar pra casa.

Foi então que descobri que gosto do Mia Couto como poeta. Sua poesia é muito terrosa, cheia de alusões a natureza e a família, tanto os antepassados quanto os filhos. E seguindo essa linha, ele faz uso de palavras simples, mas sempre cheias de significado pela forma como ele as usa. Seus poemas também costumam ser bem curtos e, definitivamente, uma delícia de ler.

Como não conheço muito dos outros livros do autor, não posso afirmar com certeza que mesmo quem não curtiu o sua prosa deveria experimentar sua poesia, mas para quem gosta de poesia, certamente é um prato cheio. O livro ficou lotado de marcações minhas. Espero encontrar outros livros de poesia dele por aí.

Nota 10.

Collected Poems - 1909-1962

A Dedication to my Wife

To whom I owe the leaping delight
That quickens my senses in our wakingtime
And the rhythm that governs the repose of our sleepingtime,
        The breathing in unison

Of lovers whose bodies smell of each other
Who think the same thoughts without need of speech
And babble the same speech without need of meaning.

No peevish winter wind shall chill
No sullen tropic sun shall wither
The roses in the rose-garden which is ours and ours only

But this dedication is for others to read:
These are private words addressed to you in public.


SPOILER FREE

Mais um livro de poesia da leva que terminei no início de outubro! O hábito de ler poesia todos os dias de manhã tem esses efeitos... além de outros muito agradáveis, como começar o dia bem.

T.S.Eliot é um autor americano que morou boa parte de sua vida fora dos Estados Unidos, e que ganhou o prêmio Nobel de literatura em 1948. Infelizmente essa coletânea não possui toda a sua obra, e eu fiquei babando por causa disso... mas ao mesmo tempo ela mostra o crescimento do autor, o que é muito legal de perceber.

Boa parte dos poemas iniciais desse livro mostram um autor querendo mostrar o seu conhecimento intelectual, o que para mim soou um tanto quanto arrogante, depois ele se aprofunda mais na questão religiosa, que perpassa por toda a obra, o que de vez em quando me incomoda e de vez em quando eu gosto. Lá pela metade do livro fiquei com a sensação que ele finalmente se achou, e aí sai de baixo, o trabalho de Eliot é realmente de cair o queixo, ele não ganhou o Nobel a toa, mesmo. Meus poemas favoritos dele infelizmente são absurdamente longos, divididos em partes diferentes mas que tratam do mesmo tema, e por isso era complicado de colocar algum como exemplo em cima dessa resenha.

Agora vou precisar procurar outras coisas dele, como seus romances e peças (alguns pedaços de peças estão até nesse livro, e eu curti), para ver suas outras facetas. Virei fã.

Nota 9.

The Bees

Bees

Here are my bees,
brazen, blurs on paper,
besotted; buzzwords, dancing
their flawless, airy maps.

Been deep, my poet bees,
in the parts of flowers,
in daffodil, thistle, rose, even
the golden lotus; so glide
gilded, glad, golden, thus -

wise - and know of us:
how your scent pervades
my shadowed, busy heart,
and honey is art.


SPOILER FREE

Há algumas semanas (estou atrasada nas resenhas, para variar um pouco) eu terminei vários livros de poesia num só dia, porque, bem, o hábito de ler vários livros diferentes ao longo da semana é uma consequência de ler um pouco de poesia todos os dias de manhã e uma hora os livros acabam, e a probabilidade de acabarem juntos não é exatamente pequena. Aliás, super recomendo fazer isso, o dia começa sempre muito melhor.

The Bees é um livro que achei meio perdido na Livraria Cultura do Centro do Rio, que também recomendo como lugar para visitar e fuxicar livros. Nunca tinha ouvido falar da autora, mas a edição era tão bonita, e ela era premiada, e o livro não estava caro, então, acabei voltando pra casa com ele. E não me arrependi. Carol Ann Duffy foi premiada com razão.

A única coisa que me deixou meio passada no seu trabalho nesse livro em particular (ainda não li outros, então não vou generalizar) é a quantidade de referências inglesas (especialmente a lugares) que eu não consegui acompanhar. Tipo, elas estavam lá, faziam parte da poesia e da obra, mas para mim não acrescentam nada, o que achei uma pena, tenho certeza que eu teria gostado muito mais do livro se pudesse pescar essas coisas.

Uma vantagem desse livro, é que as poesias variam muito, tem algumas que podem ser até lidas por crianças (fofíssimas), tem poesias bem deprês também que já não seriam adequadas, mas de uma forma ou de outra, Carol consegue fazer todas elas estarem conectadas com o tema abelhas. Gostei tanto que pretendo procurar outros livros da autora. O chato é que sei que dificilmente encontrarei livros físicos dela por aqui, terei de procurar na Amazon para kindle (que aliás, também já tem uma coleção legal de livros de poesia, inclusive já resenhei pelo menos um por aqui), e ler no kindle de manhã não é a mesma coisa que ler um livro físico, confesso que perde um pouco a magia. O ritual não é o mesmo...

Para fãs de poesia, fica a dia!

Nota 9.

domingo, 1 de outubro de 2017

Battle Hymn of the Tiger Mother - Grito de Guerra da Mãe-Tigre


A lot of people wonder how Chinese parents raise such stereotypically successful kids. They wonder what these parents do to produce so many math whizzes and music prodigies, what it's like inside the family, and whether they could do it too. Well, I can tell them, because I've done it. Here are some things my daughters, Sophia and Louisa, were never allowed to do:
  • attend a sleep over
  • have a playdate
  • be in a school play
  • complain about not been in a school play
  • watch TV or play computer games
  • choose their own extracurricular activities
  • get any grade less than an A
  • not be the #1 student in every subject except gym and drama
  • play any instrument other than the piano or violin
  • not play the piano or violin.

 SPOILER FREE

Já não lembro mais porque comprei esse livro na Amazon, mas o tema de setembro do Desafio Literário era ler um livro de um autor inédito, então como nunca tinha lido nada da Amy Chua, foi ela mesma. Durante a leitura descobri que ela escreveu outros livros sobre assuntos que me interessam (geopolítica) e eles já estão na minha wishlist da Amazon!

Mas "Grito de Guerra da Mãe-Tigre" é uma espécie de autobiografia, onde a autora faz uma descrição da sua decisão de criar suas filhas no formato chinês tradicional, sendo ela filha de chineses imigrantes nos Estados Unidos, e os sucessos e fracassos pessoais que ela teve seguindo esse modelo.

Confesso que minha primeira impressão foi terrível, no sentido "essa mulher é louca", "ela tortura suas próprias filhas", "que absurdo" e outras coisas nessa linha. Mas ao longo da narrativa fui percebendo que minha primeira impressão, de que Amy estava defendendo com unhas e dentes o modelo chinês de educação, estava um tanto quanto equivocada.

Amy Chua não pretende defender esse modelo, ela o descreve e mostra como pode dar certo e como pode dar errado, assim como todo e qualquer modelo de educação, e como é preciso adaptar de acordo com a criança sendo criada. Apesar de parecer uma mãe muito dura e rígida, seu amor por suas filhas é imenso, e o tipo de sacrifício que ela fez por elas deixa muitos pais no chinelo.

A parte mais assustadora do livro não tem nada a ver com a forma como ela decidiu criar as filhas (que nem é tão terrível quanto aparenta), e sim o posfácio, onde ela descreve o que aconteceu com ela e sua família após o lançamento do livro (o que eu tenho é uma 2ª ou 3ª edição). A descrição das suas entrevistas é muito pior do que qualquer coisa que ela tenha narrado que fez durante a educação das meninas. Mas também foi interessante ver a resposta positiva delas ao ataque feito à mãe, saindo em defesa do modelo em que foram criadas, o que também surgiu por parte de outras mães, que nem chinesas eram.

Educação é um tema espinhoso, sempre, não tem como escapar, assim como não tem uma única solução ou milagre, mas é sempre enriquecedor ver uma descrição tão honesta de uma mãe que foge do padrão da sociedade em que vive, ainda mais quando é feito de forma positiva e construtiva como Amy Chua consegue fazer.

Estou ansiosa por ler mais trabalhos da autora.

Nota 10.