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terça-feira, 31 de dezembro de 2019

The Legend of Holly Claus



SPOILER FREE

Nem sempre é fácil de se encontrar livros novos para ler com o tema natalino, afinal, existem os clássicos que já li e os diversos livros açucarados que não pretendo ler. Para fechar o Desafio Literário Popoca, consegui desencavar The Legend of Holly Claus, ainda sem tradução para o português.

Confesso que fiquei surpresa com o tamanho do livro, que só percebi durante a leitura por motivos de Kindle. O livro de Brittney Ryan tem quase 500 páginas! Mas é um dos mais infantis que li esse ano. O que me parece bastante contraproducente, afinal, não é um livro de contos para crianças, e sim uma única história bem longa.

The Legend of Holly Claus é fofo, como não podia deixar de ser a história da filha do Papai Noel, que sim, se chama Holly Claus no livro. Todos os detalhes da história são feitos para ter aquela cara de conto de Natal onde os mocinhos são bondosos, lindos, perfeitos, generosos e inteligentes e os vilões são feios e maus até o último fio de cabelo.

É uma boa história para crianças até 8 anos, com o problema dela durar quase 500 páginas. Umas 10 páginas têm ilustrações bonitas e cheias de detalhes e brilhos, mas ainda sobram muitas páginas.

Se a história em si fosse bastante variada e cheia de pequenos contos interessantes no meio, talvez funcionasse bem, mas não é o caso. Foi uma leitura muito difícil pra mim, confesso. Precisei tomar doses cavalares de insulina para lidar com o excesso de açúcar, com o agravante do livro parecer não terminar nunca.

Brittney Ryan não publicou mais nada, apenas algumas versões diferentes dessa história. Pelo o que pesquisei, o sonho da vida dela era publicar esse livro, e ela vive de rodar os EUA falando de Holly Claus e se vestindo de princesa natalina. É um trabalho digno, claro, mas essa fixação da autora transparece muito no texto.

Não recomendo a não ser que o leitor tenha uma grande paixão por tudo que seja natalino, que saiba os nomes de todas as renas do Papai Noel e seja familiarizado com as lendas. Para crianças, vai depender muito do fôlego para histórias compridas e do amor pelo Natal também.

Nota 6.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Landline - Ligações



SPOILER FREE


Dezembro é sempre um mês complicado, com um excesso de coisas para fazer e prazos meio loucos. Nesse sentido, Landline, Ligações em português, é um livro natalino (a história se passa nos dias antes do Natal e parte do drama é por causa da festividade) com um clima bastante realista.

Rainbow Rowell é uma autora americana bastante conhecida por alguns livros young adult, Eleanor & Park e Fangirl são bons exemplos de seus bestsellers desse tipo, que a levaram a ser convidada para a nova série de quadrinhos Runaways da Marvel, e também por livros LGBT, Carry On e Wayward Son, o que faz sentido com o nome da autora. Mas ela também escreve romances como Ligações (Landline) e Anexos (Attachments), voltados para o público adulto.

Ligações traz a história de Georgie McCool, e antes que você se pergunte, sim, rola piadas com o nome, que tem tido problemas matrimoniais com Neal, seu marido e pai das suas duas filhas. O drama se desenrola porque os dois haviam combinado de passar o Natal com a família de Neal em Omaha, mas Georgie acabou de receber uma proposta de trabalho dessas que só acontecem uma vez na vida, e seu melhor amigo Seth a convence a não ir na viagem.

Para justificar o nome do livro, durante a semana antes do Natal, Georgie resolve ficar na casa da sua mãe, onde ela descobre que seu antigo telefone fixo é capaz de telefonar para o telefone fixo de Neal da época que eles ainda não eram casados.

Durante boa parte do livro eu me senti muito dividida. Por um lado, a leitura é deliciosa e muito divertida. Por outro, o relacionamento de Georgie, Neal e Seth não é lá exatamente saudável. Pelo menos a questão insalubre deles não é mostrada como algo romântico, ponto para Rainbow. Mas mesmo assim me senti culpada por gostar da leitura.

Ligações não é perfeito, claro, mas, dentro dos livros de tema de Natal é um dos mais realistas (em termos de pessoas, não do telefone mágico) que já li. Não é para todos os leitores, porque rola uma dose um tanto exagerada de drama, apesar de não ser adolescente. Pelo menos o drama faz sentido, afinal, estamos falando de um casal com problemas que não quer largar o osso.

Considerando os pontos positivos e negativos do livro, considerei uma boa leitura, e como primeiro volume que leio da autora, me deixou com vontade de conhecer mais do seu trabalho, que parece ser bastante eclético!

Nota 9 com uma dose de culpa.


domingo, 8 de dezembro de 2019

Imaginaires



SPOILER FREE

Estou fechando bem o ano em termos de poesia, pois adoro o trabalho do francês Jacques Prévert. Sua obra é bastante variada, com muitos temas diferentes, e além das poesias ele também tem uma grande quantidade de colagens.

Imaginaires é um livro mais voltado para suas obras visuais do que suas poesias, mas muitos trabalhos na verdade são conjuntos, o texto e a imagem se apoiam, trazendo uma versatilidade muito interessante.

Apesar do volume ser curtinho, o conteúdo é bastante vasto. Tem seus altos e baixos, claro, mas de forma geral apreciei bastante. Confesso que não é meu livro favorito do francês, mas isso não quer dizer que não seja bom. Vale a leitura, especialmente para quem curte coisas fora do padrão.

Nota 8.

A Year With Rumi by Rumi



SPOILER FREE

O poeta persa Rumi é um dos marcos da literatura mundial, tendo influenciado gerações de escritores, não apenas poetas. Quem acompanha o blog sabe que eu curto o autor também.

Esse foi meu primeiro livro do Rumi com tradução para o inglês e no formato Kindle. E posso dizer que curti a experiência. De forma geral, a tradução ficou bem interessante, e a seleção feita pelo Coleman Barks foi bem feita, tem muita coisa muito boa.

Por ser uma seleção para durar um ano inteiro, ela é um tanto longa, mas eu não fiz o proposto, que era ler um por dia, dependendo do dia, claro que li mais de uma poesia. Mesmo assim, o livro durou alguns meses na minha mão, até porque poesia não é para ser lida aos montes de uma vez.

O livro também tem uma introdução e um posfácio bem interessantes, que também valem a leitura.

De forma geral, eu sempre indico a leitura de Rumi, exceto quando a tradução é realmente ruim, infelizmente esses casos existem. Mas, não é esse o caso, pode pegar esse volume e se fartar sem medo!

Nota 10.

domingo, 1 de dezembro de 2019

Didn't Stay in Vegas



SPOILER FREE

Quem frequenta o blog sabe que eu curto uma literatura erótica para dar aquela desconectada na realidade. Afinal, estamos num período muito complicado, e às vezes tudo o que precisamos é nos distrair.

Ultimamente tenho pensado em dar uma variada dentro do estilo. Andei lendo uns reverse harens, por exemplo. Mas, mesmo esses são bem hétero normativos, então resolvi experimentar literatura erótica lésbica. Comprei alguns livros, e comecei por Didn't Stay in Vegas.

A autora, Chelsea M. Cameron, traz a história de duas melhores amigas, que acordam depois de uma noitada em Vegas casadas uma com a outra. E a partir daí se desenrola um drama muito muito muito chato.

Meu problema com Didn't Stay in Vegas é que a premissa não combina com o desenrolar do enredo. As duas melhores amigas são lésbicas, mas o seu relacionamento e a forma como a história anda não parece em nada com isso. Parece muito mais a história de uma hétero que se descobre lésbica ou bi. Simplesmente não faz sentido. As cenas de sexo então mais parecem adolescentes fazendo pela primeira vez e não duas mulheres experientes que pensam em fazer uma segunda faculdade.

Não sei se a autora é lésbica, mas se fosse para adivinhar eu diria que não é. 

E o final? Gente, que coisa terrível de mal escrita. Parece que a autora não sabia mais para onde levar a história, perdeu a paciência e resolveu escrever qualquer coisa às pressas.

Não recomendo.

Nota 4.

Calor



SPOILER FREE

Viviane Mosé é uma celebridade da internet, com diversos discursos maravilhosos sobre educação e belíssimas declamações de suas poesias. Foi por causa dos seus vídeos declamando que comecei a comprar seus livros.

Calor é o segundo livro da autora que pego para ler. Infelizmente, eu poderia fazer aqui exatamente a mesma resenha do outro livro, Desato. Calor tem boas poesias, mas entre os bons poemas tem muita coisa sem graça. Talvez seja algo do momento, não tenho conseguido me conectar com os seus textos. 

Até porque, de forma geral, o trabalho de Viviane é interessante, e ela definitivamente escreve bem. Não é a toa que ela tem tantos livros publicados.

Mas não foi dessa vez que acertei.

Nota 7,5.

How to Kiss an Undead Bride: The Epilogues (The Beginner's Guide to Necromancy #7)



SPOILER FREE

Depois de ler o sexto livro da série The Beginner's Guide to Necromancy eu tinha certeza que ela tinha acabado. Ledo engano. Poucas semanas depois descobri que a autora Hailey Edwards lançou mais uma continuação, How to Kiss an Undead Bride: The Epilogues. Agora, se esse não for mesmo o último livro eu vou ficar ainda mais chateada.

A questão é que a série podia ter terminado no sexto livro, esse aqui cheira a pura forma de ganhar dinheiro com fãs da série. 

O que surpreende é que, na verdade, esse sétimo volume é bom. Talvez porque a série em si realmente acabou, e Hailey não se sente obrigada a seguir a fórmula dos livros anteriores,  How to Kiss an Undead Bride: The Epilogues é melhor que os precedentes. A história sai dos moldes, finalmente Linus ganha voz, apesar dela não ser nenhuma maravilha, e finalmente outras personagens ganham mais destaque, tornando o enredo bem mais interessante.

Esse livro até me deu vontade de ler os spin offs, mas não vou ler, já me avisaram que não vale a pena e tenho outros livros na fila, que só aumenta, claro.

De qualquer forma, é um fechamento digno para a série, e como a autora mostrou melhorias, espero ler outras séries dela no futuro. De preferência uma que não tenha nada a ver com essa.

Nota 7,5.