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quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

As vantagens de ser invisível (The perks of being a wallflower)



SPOILER FREE

Ainda no tema livros em forma de cartas, para desintoxicar do primeiro livro do ano, resolvi ler o aclamado "as vantagens de ser invisível". E vou te dizer que o livro tem diversas razões para ter sido sucesso de crítica e de público.

Stephen Chbosky (como se lê isso?), em seu primeiro romance, traz a história de Charlie, um adolescente de 15 anos com dificuldades de se relacionar socialmente. O livro é todo feito de cartas escritas por Charlie para um "amigo", que na verdade ele não conhece, e justamente por isso é que ele resolve escrever para ele. O cuidado é tanto que ele avisa logo de cara que vai alterar os nomes de todos os envolvidos para que os mesmos não sejam reconhecidos. Eu mencionei o problema de relacionamento do personagem principal? Pois é. E nessas cartas Charlie fala sobre tudo, a escola, a família, seus amigos, sentimentos...

Um dos grandes trunfos do romance é justamente a forma como aos poucos Charlie vai se soltando e  se desenvolvendo, não só na sua forma de escrever, como também emocionalmente. É um dos protagonistas mais bonitos e bem construídos que já li na minha vida. Apesar das suas dificuldades sociais, Charlie é de uma sensibilidade tão grande que emociona o leitor. É simplesmente fantástico o trabalho do autor nesse sentido, a forma honesta como ele trabalha o seu protagonista, os demais personagens e a vida dos adolescentes. É tão sensacional que me peguei sorrindo para o livro diversas vezes.

Agora fiquei com muita vontade de ver o filme, não sei se vai ser tão bom quanto o livro, então, estou tentando controlar as minhas expectativas. Mas elas estão altas mesmo assim.

Nota 10!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Love, Rosie



SPOILER FREE

Começamos 2016 com o tema "livro em cartas". Depois de uma rápida pesquisada e criada uma lista de possíveis leituras, resolvi começar com o romance "Love, Rosie" (também foi editado com o título "Where rainbows end" e no Brasil como "Simplesmente acontece". Tudo porque em algum momento alguém falou bem para mim da autora e na Amazon, nesse momento, esse livro estava em promoção.

Quem me acompanha sabe que eu sou chata com histórias românticas. Tenho horror a livro machista ou que a história se baseia no simples fato de alguém não dizer algo que deveria dizer para outra pessoa.

Agora saiba que "Love, Rosie" é as duas coisas. Feito de uma lista de citações clichés e, óbvio, machistas/sexistas sobre o relacionamento entre homens e mulheres, com diversos personagens com a mesma característica, Cecilia Ahern traz a história de Rosie, a menina irlandesa que decide fazer uma escolha ruim e depois passa metade do livro reclamando da própria vida. Junte a isso o tempero de amor de jardim de infância (sério!) que dura a vida inteira (como se isso fosse romântico), e péssimas habilidades de comunicação entre ela e o tal amor. Agora deixe isso enrolar por 500 páginas e acrescente reviravoltas com direito a mais decisões ruins e sem sentido para tentar deixar palatável, e você tem a receita para "Love, Rosie".

Não entendo porque as pessoas acham esse tipo de história romântica. Ela não é nada romântica. Pessoas que não se comunicam não fazem bons casais, e sofrer calado não é romântico, nem prova de amor.

Não entendo porque as pessoas leem essas coisas, é simplesmente chato e torturante.

Não entendo como essas coisas viram best-seller, tem tanta coisa melhor por aí.

Espero que não seja um presságio para as leituras de 2016...

Nota 3.