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quarta-feira, 14 de abril de 2010

Stardust

SPOILER FREE

Lembra do quase ditado "o livro é sempre melhor do que o filme"? Pois é, ainda estou por conhecer a exceção à regra. Eu já tinha achado o filme muito bom (apesar de Coraline ser bem melhor), mas ler o livro e perceber todas as adaptações feitas para a telona foi uma experiência realmente interessante. As adaptações realmente fazem sentido, principalmente por conta da escolha dos atores, mas deixaram a história bem mais infantil que o original, o que pode ter sido feito também para agradar (isto é, não desagradar) os adultos, pois o final do livro não é muito ortodoxo, e não é a toa que eu adoro o Neil Gaiman!

Mudanças de enredo e novos personagens à parte, o livro é bom, mas não é o melhor que já li do autor, nem o segundo melhor. A história flui bem, tem detalhes adoráveis, é bem construída... mas falta alguma coisa que não sei bem o que é. Talvez seja a forma meio corrida demais dos últimos capítulos, que dão uma sensação de impaciência... não tenho certeza.

Mas a leitura é agradável e especialmente indicada para fãs.

Nota 8,5.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Meu tio

SPOILER FREE

Esse livro eu li por sugestão materna, e por curiosidade, afinal não é sempre que você encontra um livro baseado num filme (francês, diga-se de passagem), normalmente a ordem é inversa. Pois bem, resolvi lê-lo de forma bem despretenciosa, porque filmes adaptados de livros costumam ser piores que o livro original, imagine um livro adaptado de um filme...

Me surpreendi. Mas não é o tipo de literatura para qualquer um, é preciso entrar e entender o "clima", pois é uma história infantil feita para adultos lerem. E o mais engraçado é que realmente parece uma história saída de um filme francês! E parando para pensar, talvez só os franceses mesmo fossem parar para fazer um livro baseado num filme, americanos certamente fariam um jogo, ingleses... bom, acho que eles iriam beber num pub e só.

Mas voltando ao livro, ele é leve e despretencioso mesmo, dá para ler de uma vez só, e a leitura quase dura o mesmo que um filme. Eu me senti voltando algumas décadas no tempo e vendo como uma criança da época pensava (algo entre anos 40 e 50) e se divertia (ou não), mais precisamente lembrei de histórias da infância do meu pai, o que achei bem legal, pois deu um ar de veracidade à história. Não vou tentar falar especificamente do autor, pois é meio confuso... afinal quem é o "verdadeiro" autor desse livro: quem escreveu o livro, quem escreveu o roteiro ou quem dirigiu o filme? Confuso demais para mim. Como o autor da versão literária não é exatamente famoso nesse campo, acho que posso me abster tranquilamente.

Nota 9

terça-feira, 6 de abril de 2010

Como falar dos livros que não lemos

Esse foi um livro que me fisgou pelo título, passei por ele numa livraria e parei imediatamente para dar uma olhada. Obviamente saí com ele debaixo do braço, pois como um professor de literatura francês pode escrever sobre a não-leitura? Fiquei intrigadíssima.

Antes mesmo de começar a lê-lo comentei sobre ele com algumas pessoas, que ficaram horrorizadas com a ideia, o que achei bastante divertido. Até eu mesma olhava a matéria com preconceito, mas a curiosidade era maior e resolvi ler o livro, dando uma chance para essa história de não-leitura.

Me surpreendi. Primeiro porque o livro é praticamente sobre filosofia, segundo porque descobri tabus que estavam na minha frente e que eu nunca tinha percebido ou pensado ativamente sobre eles, e terceiro, porque me descobri como não-leitora.

Recomendo muitíssimo a qualquer um, tanto para os que gostam de ler e o têm como hábito, pois certamente aprofunda o entendimento e o relacionamento com os livros, quanto para os que não gostam, pois certamente dará algumas justificativas interessantes para não ler mais nada.

Mas voltando ao livro de Pierre Bayard, ele é muito interessante, não só porque fala de coisas pouco comuns (ele cita outros autores que já trataram do tema, então não é novidade), mas porque ele organiza bem as ideias em torno de assunto tão polêmico, chegando a defender a não-leitura (sem preconceitos pessoal, é preciso primeiro entender o que é a não-leitura para entender o que o autor realmente defende). Não só ele introduz conceitos interessantíssimos, como dá exemplos muito próximos para facilitar a compreensão, usando filmes, livros e ensaios, alguns até bem conhecidos.

Em alguns momentos eu achei o livro meio árido, um pouco complicado demais, principalmente no final, quando ele junta todos os conceitos previamente expostos para fazer a sua defesa, mas tenho certeza de que isso foi devido a uma limitação minha (ou porque eu gosto de ler no metrô, e por isso fica tudo meio picadinho, o que dificulta leituras mais complexas mesmo).

Para quem leu o livro, respondo: não, não me fez voltar atrás ou repensar meu vício, eu gosto de ler!

Vai para a lista de livros recomendados.

Nota 9,5

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Eldest, Brisingr e atrasos

Nossa! São tantos livros que estou atrasadérrima nos posts. Vou tentar adiantar falando de Eldest e de Brisingr de uma vez só:

SPOILER FREE

Vamos começar pelo início/meio. Eldest é um livro completamente diferente de Eragon. O autor começa a explorar outras estruturas e formas narrativas, deixando a leitura mais dinâmica, o que é ótimo. Mas, sério, a história é meio arrastada, o que segura mesmo é o suspense que ele consegue manter ao narrar histórias paralelas. Os personagens continuam interessantes e mais profundos do que eu esperava. O universo que Paolini criou é mesmo interessante, mas o livro só engata mesmo no final, com grandes revelações que fazem você pular direto para o livro seguinte.

O livro seguinte, Brisingr é bem mais interessante, apesar de ter um quê de novela mexicana misturada com scooby-doo na história. Agora, confesso que fiquei chateada, não pelo livro, que é bem legal, tão bom ou melhor que o primeiro e, sem dúvida, melhor que o segundo, mas por ele não ser o último da série. E claro que, como não fiz a devida pesquisa, eu não tinha idéia disso, e fiquei muito chateada por ter comprado os três livros num lindo box promocional... e o quarto livro ainda nem foi lançado. Que diabos vou fazer com o box agora??? Surtos à parte, valeu o esforço de carregar o peso e ler o mostro inteiro.

Eldest - Nota 7,5
Brisingr - Nota 9


E agora porque eu não vou resistir:

SPOILER SPOILER SPOILER SPOILER SPOILER SPOILER

Eldest

Reclamações:
Porque diabos o treinamento tem que ser tão chato?
Excesso de drama em cima da dor do Eragon... ok, entendi o ponto... precisa mesmo repetir?
Simplesmente não consigo gostar do Roran, por mais phoda que ele seja.

Elogios:
Amei a cerimônia dos elfos. Ótima idéia, saída muito boa para o problema físico de Eragon, descrições deliciosas!
Genial o problema entre Saphira e Glaedr, apesar de esperado dada a situação de últimos da espécie.
Estou gostando das descrições de Paolini para batalhas, esse autor tem futuro!

Brisingr

Reclamações:
Eldunari? Ok... para mim parece uma desculpa inventada em cima da hora para conseguir explicar o poder de Galbatorix.
Brom? Sério? Paolini viu novela mexicana demais quando menino.
Continuo não conseguindo gostar do Roran. Ele é chato.

Elogios:
Nasuada, isso é que é ser mulher de fibra! Amei amei amei amei!
Eragon subiu no meu respeito pelo o que ele fez com o Sloan. Quero ver o que vai ser dele no próximo livro.
Já falei que Paolini está descrevendo bem batalhas? A luta com os Ra'Zac está ótima! A nova batalha contra Murtagh também... até gostei dos homens que não sentem dor, ficou interessante. Ainda tem a batalha para tomar uma cidade e a morte dos mestres... tudo lindo.
Ah... e tem Elva... virei fã dessa menina. Nota 10!