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quinta-feira, 22 de maio de 2014

O Pequeno Príncipe



Então... meu nome é Laura e eu sou viciada em livros, mas eu nunca tinha lido "O Pequeno Príncipe".

A grande vergonha admitida, vou passar adiante. Pois é, como eu comentei no último post, os temas dos desafios literários desse mês são livros que ganhei de presente, romance contemporâneo e um clássico europeu não inglês. Adivinha onde entrou nosso francês tão adorado? :-)

Para pegar menos mal por conta da vergonha de nunca ter lido esse clássico, resolvi pelo menos ler no original em francês (era o mínimo para compensar, né?). E fazia algum tempo que eu tinha conseguido essa versão aí em cima com as aquarelas originais do autor. Aparentemente, o livro foi publicado pela primeira vez nos EUA por conta da Guerra, e quando finalmente foi publicado na França, os desenhos sofreram algumas adaptações, e desde então ele foi publicado com as aquarelas adaptadas. Só no final dos anos 90 ou início dos anos 2000 (não lembro ao certo) que foi feito um trabalho de recuperação do trabalho original para uma nova edição, e foi essa que eu comprei, claro.

Mas ao ler o livro você percebe rapidamente porque ele é um clássico. É pura poesia! Tudo é lindo e/ou fofo, uma coisa realmente apaixonante. Não sei se eu teria gostado tanto dele quando criança (meu gosto era diferente, claro), mas hoje eu simplesmente achei o máximo, e é mesmo. Saint-Exupéry foi em gênio, não existe outra explicação. Ainda não li mais nada dele, mas confesso que fiquei com vontade. Mais livros para minha lista sem fim...

Vou evitar me alongar muito, porque clássico que é clássico dispensa apresentações, né?

Nota 10.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Fim


SPOILER FREE

E finalmente chegamos nos temas de maio para os meus Desafios Literários! Esse mês preciso ler romances contemporâneos, livros que ganhei de presente e algum clássico europeu que não seja inglês.

Dentro desses temas, o primeiro a sair da estante foi um livro menorzinho, porque a ideia era levá-lo comigo numa viagem a São Paulo que não previa muito tempo disponível para leitura (tiro e queda, só abri o volume no voo de volta). Esse livro eu ganhei no último Natal, presente da minha mãe, sempre cuidadosa em comprar livros que eu não tenha (tarefa difícil, eu sei). Para não arriscar ela comprou um lançamento de final de ano da atriz Fernanda Torres, um livro que tem recebido críticas muito positivas.

Apesar de não ter sido a época mais propícia para ler algum livro com o teor de "Fim", a autora me surpreendeu muito positivamente, porque o livro é muito bem escrito! Ele vem dividido em 5 partes, cada uma com o nome de um dos 5 personagens masculinos principais, que são amigos durante quase toda a vida. Dentro de cada parte você encontra diversos capítulos sobre o personagem título, sendo que os narradores variam entre os amigos, as mulheres (ex, amantes, de toda a vida, enfim, é variado) e alguns penetras no círculo de amizade. Dessa forma, o livro é uma grande colcha de retalhos com estilos de narrativa diferentes, onde tudo se encaixa dentro de diversas perspectivas sobre o dia a dia de 5 casais de amigos desde a juventude vivida no Rio de Janeiro da década de 60 (aproximadamente) até praticamente a morte.

As histórias são extremamente pitorescas, e talvez um pouco clichés, mas são contadas de forma tão divertida e variada, com tantos encontros, desencontros e mal entendidos, que a leitura flui de forma muito leve e rápida. Para um livro pequeno, há um certo excesso de personagens, o que confunde um pouco, e é necessário um certo esforço para acompanhar quem é casado com quem, quem se separou ou morreu, porque a história não é contada de forma linear e as relações entre os narradores e o personagem título nem sempre são óbvias, o que atrapalha ainda mais. Mas se isso não for um problema para você o livro é simplesmente delicioso.

Para um livro de estréia (corrijam-me se eu estiver errada nessa informação), achei fabuloso e muito acima da média. Dentro do que já li de literatura nacional ele também vai bem, apesar do excesso de nomes envolvidos na trama. Faltou talvez alguma surpresa, pois não há nada de surpreendente na estória, mas quem disse que isso é essencial, né?

Nota 9.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

O Caçador de Pipas



SPOILER FREE

E depois de alguns anos fugindo desse livro, uma prima minha me emprestou (ele ainda foi lido em abril, mês dos livros emprestados) e resolvi finalmente encarar o best-seller.

Tinham me falado tanto de como esse livro é pesado que eu esperava algo muito pior do que o apresentado. Para pessoas mais sensíveis realmente a história pode ser chocante, mas, não sei, acho que já li tanta coisa complicada e ruim que não fiquei assustada (não sei se isso é bom, mas foi o que aconteceu). Não que diminua a gravidade da história, mas não achei nenhuma grande novidade.

Aliás, esse é um dos problemas do livro, é muito cheio de clichés. Outro problema é que a história não evolui, o personagem principal lida com o seu trauma de infância e sua culpa exatamente da mesma forma ao longo de quase toda a narrativa, o que além de ser chato, evidencia um personagem superficial, o que é fatal num livro onde todo o objetivo parece ser contar a sua evolução (com a história do Afeganistão como pano de fundo apenas). Eu esperava mais, muito mais.

Por conta disso, o livro passa uma sensação de repetição, é sempre a mesma ladainha, sem grandes floreios literários que poderiam tornar a coisa poética ao invés de chata. A leitura se torna lenta, e o que me fez continuar foi mais a curiosidade sobre como a história do Afeganistão se desenrolaria e o que o personagem teria para contar sobre isso do que sobre o seu drama pessoal. Achei uma pena, porque o enredo tinha muito potencial.

Nota 7.