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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

As Frias Flores de Abril

SPOILER FREE

Entrei em contato com a obra de Ismail Kadaré há muitos anos, antes mesmo do fatídico filme brasileiro (que por sinal, detesto!), e sua literatura triste me encanta. Quase dá vontade de conhecer a Albânia. Quase.

As frias flores de abril (será que ele tem um problema com esse mês?) é um livro muito interessante, mas estranho. A história simplesmente não é importante. Nada realmente acontece até quase o final do livro. E mesmo assim, o que acontece também não é o que importa. Esquisito, né?

Mas o que o autor realmente traz à tona com a história, ou falta dela, é a sensação. É isso que ele me passou: a sensação de se viver num país que acabou de sair de uma ditadura comunista (sem julgamentos, por favor). De certa forma, acabei por me lembrar de outro livro desse ano, Versos Satânicos, pois assim como Rushdie, Kadaré aqui também se utiliza das histórias paralelas. Falando nessas histórias paralelas, novamente o autor prima pelas sensações com elas, pois nunca vi descrições de sonhos tão maravilhosas. Sério, você realmente se sente num sonho! E ele consegue fazer isso mais de uma vez! Merecia um Nobel só por isso.

Nota 9,5 porque sim.

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