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quarta-feira, 27 de abril de 2011

O ladrão de raios

SPOILER FREE



Eis um livro que eu não pretendia ler, tinha ouvido falar tão mal do filme, que já tinha deixado o livro de lado. Mas então um amigo meu, bem versado em mitologia, me disse que o livro era legal, justamente porque seguia a mitologia grega! Era a última coisa que eu esperava ouvir, e, obviamente, me deixou super curiosa!
Na mesma semana comprei a coleção toda numa promoção (sério, estou começando a me sentir ridícula com essa história de promoções... mas o que posso fazer? Elas me perseguem! Ou eu as procuro, difícil dizer...).

E depois de Hell, eu queria algo mais leve. Olhei para o livro... marcado lá do meio pro final pelo noivo (que o lê enquanto espera que eu me arrume)... era feriadão... não resisti. Li em 2 dias nos intervalos de uma boa arrumação na casa. O noivo deve ter ficado chateado... terminou o livro 2 dias depois também. Ele não esperava por esse ataque surpresa.

Mas, voltando ao livro. Realmente surpreende, muita mitologia (grande quantidade mesmo) muito bem adaptada ao mundo moderno! Americanóide? Sem dúvida. Mas na literatura isso não me incomoda tanto. E como também não prega a hegemonia como sendo resultado de superioridade... fiquei na boa. Inclusive, a entrada para o mundo inferior está muito bem localizada! Adorei!

E, gente, como fiquei feliz em ver Hades bem definido! Isso é tão raro... as pessoas teimam em confundir mitologia grega com cristianismo! E Rick Riordan foge perfeitamente bem dessa armadilha, o que por si só é um grande feito!

E a história prende! Não dá nem para respirar! É uma aventura emendada na outra, uma loucura recheada de mitos e monstros! É tanto mito que você se pergunta de onde ele vai tirar mais coisa para mais 4 livros!

Mas... como nada é perfeito... a comparação com Harry Potter é inevitável, e a cópia beira o escandaloso. Se J.K.Rowling quisesse processar, provavelmente ganharia. Ficou faltando só a cicatriz na testa. O resto está todo lá, são 3 amigos: 2 meninos, uma menina. A menina é sabichona e inteligente, o herói é, bem, herói, atrapalhado e não sabe nada do mundo "paralelo" ao qual pertence, e o outro menino é o alívio cômico e companheiro leal. Confusões com os pais? Sim. Inimigo fraco tentando retornar? Sim. Escola mágica dividida em casas? Sim. Mundo paralelo disfarçado? Sim. Professor legal que faz valer a pena a escola? Sim. O noivo que é expert em HP poderia dizer muito mais, eu vou parar por aqui, senão vai ficar longo... muito longo.

Outro ponto negativo é a leve sensação de ser tratado como leitor estúpido. Sério, com todas as dicas e deixas absurdamente óbvias, como ninguém nem desconfia quem é o pai do moleque? Até quem não conhece mitologia descobre em no máximo 3 capítulos! Tantas soluções possíveis para retardar a confirmação da paternidade... e o autor fica com "ninguém sabe nem desconfia"? Lamentável.

E ainda não engoli a história de Athena ter filhos. Não passa na garganta. Sério.

Descontando esses pontos, é uma leitura muito agradável e dinâmica. Difícil de parar. É que nem pipoca, você sabe que não é lá grande coisa, mas é gostoso e você não pára de comer até acabar.

Nota 8

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