Espaço para eu escrever sobre o que eu leio... Com espaço também para falar sobre autores que eu gosto e que eu não gosto... porque falar dos outros é fácil!!!
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terça-feira, 13 de setembro de 2016
Zen pencils
SPOILER FREE
Estava um dia sem o meu kindle em mãos e querendo ler alguma coisa, e resolvi ver no celular o que eu tinha de livros que seriam melhor visualizados em cores e, claro, pensei nessa pérola.
Zen Pencils na verdade é o nome do site do cartunista Gavin Aung Than, que vive na Austrália, onde ele publica tirinhas baseadas em citações inspiracionais de diversos autores. Lá você encontra todos os seus trabalhos desde 2012 até hoje, e esse livro é na verdade uma coletânea muito bem escolhida desse trabalho.
O trabalho de Gavin é muito interessante, e sua história também, após trabalhar oito anos com design gráfico, ele resolveu correr atrás da sua verdadeira paixão: fazer quadrinhos. E o tema que ele decidiu perseguir foi justamente o que o motivou a mudar de vida, citações que ele sempre gostou de ler. O interessante é que ele é capaz de transformar essas citações em histórias visuais, sendo que às vezes ele usa personagens que podem ser relacionados a quem escreveu a citação.
Aliás, os personagens de suas tirinhas são um show à parte, pois ele dá uma verdadeira aula de representatividade com eles, e diversas vezes você pode seguir a história de um determinado personagem em mais de uma tirinha, o que é muito legal.
Para quem curte quadrinhos é um prato cheio, e para quem curte citações também fica a dica de uma coletânea extremamente original. Infelizmente o livro ainda não foi traduzido do inglês...
Nota 10.
sexta-feira, 9 de setembro de 2016
The color purple - A cor púrpura
SPOILER FREE
No mês do meu aniversário, por uma dessas coincidências da vida, o tema do Desafio Literário é um livro lançado no ano em que você nasceu. Em outras palavras, catem no google e descubram a minha idade!
Enfim, acabei por escolher o romance/filme oscarizado "A cor púrpura" por diversos motivos. O primeiro é que eu já o tinha no meu kindle (ainda lotado, claro, mas está dando para respirar, nem acredito), o segundo é que estou dando preferência a leituras de livros escritos por ou mulheres ou não-brancos ou não-americanos. E Alice Walker se encaixa em duas dessas categorias.
Hora da confissão: não sei precisar exatamente o porquê, mas sempre imaginei que esse livro seria chato, ou focado demais em sofrimento desnecessário dos personagens, e fiquei muito feliz em me descobrir redondamente enganada em todos esses aspectos. Tem sofrimento, claro, mas não é o ponto principal da história, nem o foco maior dos narradores, visto que o livro é escrito em cartas "trocadas" entre duas personagens.
Também fiquei satisfeita em ver que o livro não se restringe ao racismo no sul dos EUA, mas também à questão de gênero, especialmente do machismo na comunidade negra, e também na de orientação sexual. E no tema preconceito o livro também trata de outros ramos menos explorados, como o preconceito entre os negros, os africanos e americanos, no relacionamento entre missionários cristãos e os nativos africanos.
Não é a toa que o livro é um best-seller, as personagens são simplesmente cativantes e lindamente construídas, coisa de dar gosto de ler, Celie, Nettie e Shug são divinas, maravilhosas e lindas. Não sei como ficou a tradução para o português, mas a escrita de Celie, com todos os seus erros, é de uma graciosidade incrível. De tirar o chapéu para Alice Walker.
Nota 10.
segunda-feira, 5 de setembro de 2016
Just one night
SPOILER FREE
Finalmente o final da saga que começa com "Apenas um dia", é recontada pela outra parte em "Apenas um ano", e, numa grande jogada para ganhar uma graninha extra, termina em "Just one night" (ainda sem título em português).
Eu fiquei muito chateada com a existência desse mini livro, como expliquei aqui, mas, como não consegui resistir, acabei comprando e lendo. E aí, fiquei mais chateada ainda.
Não sei porquê eu esperava algo diferente do que eu encontrei (açúcar em quantidade para deixar um continente inteiro diabético), mas era o que queria, e, claro, não foi isso que achei.
Talvez porque o primeiro livro tenha me surpreendido, e fiquei na esperança que Allyson e Willem fossem mais interessantes, ou, pelo menos, menos clichês...
Enfim, acabei não curtindo. Mas entendo o porquê de fazer sucesso e porque a autora acabou por lançar o livro. Eu só imagino o tamanho da pressão dos fãs, e, claro, ela fez exatamente a vontade deles, o que é compreensível.
Mas não me caiu bem, por isso a nota lá no final. Entretanto, não considero descartar livros futuros da Gayle Forman por causa disso, e ainda quero ler a continuação de "Se eu ficar". Mas quem sabe o que outras obras dela vão me fazer pensar, talvez isso mude.
Nota 6.
Nota para a saga: 7.
Just one year - Apenas um ano
SPOILER FREE
Então, essa é a continuação de "Apenas um dia", que eu precisei ler assim que terminei o primeiro livro, porque o final era muito legal, mas quando descobri que existia uma continuação a curiosidade venceu.
Aí, a desinformada aqui descobriu que "Apenas um ano" não é uma continuação. Não, senhores. Lembra quando a autora de Twilight resolveu reescrever a história pelo ponto de vista do rapaz do casal principal? Pois é, isso define esse livro.
Mas, ao contrário da autora de Crepúsculo, Gayle Forman sabe escrever, e como, nesse caso, os dois personagens realmente têm histórias separadas e distintas, a coisa fica interessante e não um repeteco da mesma lenga-lenga.
O que me surpreendeu na versão de Willem da história é que ela é mais água com açúcar do que a versão da Allyson, o que é adorável por um certo lado, mas chato por outro. Foi interessante descobrir o passado desse personagem que tanto inspira mistério no primeiro livro, e ele tem lá o seu charme, mas eu, pessoalmente, acho o excesso de açúcar irritante. Mas o enredo tem coisas boas, gostei particularmente do relacionamento do Willem com a sua família, e amei as viagens que ele faz ao longo da história.
Porém, confesso que fiquei chateada com o final. Afinal de contas, não custava nada ir mais um pouquinho além daquele ponto na narrativa, porque foi isso que me fez ler esse livro em primeiro lugar. E sabe o que me chateou ainda mais? Descobrir que a autora depois de repetir o mesmo final em dois livros, ao invés de bater o pé e dizer "esse é o final e ponto", resolveu ganhar uma grana extra com um livro mais curtinho (chamado de novela), lançado como "Just one night", que conta exatamente aquilo que ficou todo o mundo doido pra saber. Tenho certeza que deixei a orelha da autora vermelha.
Mas comprei o maldito livro, porque não sou de ferro.
Nota 7.
quinta-feira, 1 de setembro de 2016
Just one day - Apenas um dia
SPOILER FREE
Então, ainda numa tentativa aparentemente fútil (mas eu não vou desistir) de esvaziar o meu kindle (até porque tem livros para baixar que eu queria ler ainda esse ano), e tendo ainda alguns dias sobrando no final de agosto, antes de mergulhar no tema de setembro do desafio literário, resolvi apelar.
"Just one day" é mais um livro com jeitão água com açúcar da Gayle Forman, de quem já resenhei outro best-seller aqui. Deu uma sensação muito engraçada ao ler esse livro, pois me senti igual ao ler o livro anterior dela, só que com outra história.
O que quero dizer é: o livro promete ser um grande dramalhão adolescente, o típico livro adolescente-água-com-açucar-por-favor-me-dê-insulina, mas ele te pega de surpresa ao tratar de coisas muito mais interessantes (e importantes) do que o amor-instâneo-tipo-romeu-e-julieta-que-as-pessoas-acham-que é-romântico-mas-é-só-trágico.
Enfim, "Apenas um dia" (título da tradução para o português) traz a história de uma adolescente norte-americana que está terminando a escola e indo para a faculdade, de presente ela ganhou uma viagem para a Europa dos seus pais. No final dessa viagem ela tem uns dias para ficar junto com a família de uma amiga em Londres e acaba por conhecer um rapaz que a convida para passar um dia em Paris. Após uns ajustes com a tal amiga, ela simplesmente vai. Claro, dá confusão, e ela passa mais da metade do livro tentando arrumar a própria cabeça. E é aí que o livro surpreende.
Se você conseguir sobreviver ao dia em Paris e o que acontece imediatamente depois, a leitura vai valer a pena, por isso, soque muitas almofadas, se o seu livro for físico pode bater com ele na mesa ou joga-lo contra a parede, coloque a raiva pra fora e siga em frente, respire fundo, porque melhora.
Nota 8.
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