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quarta-feira, 10 de maio de 2017

A teus pés

vacilo da vocação

Precisaria trabalhar - afundar -
- como você - saudades loucas -
nesta arte - ininterrupta
de pintar -

A poesia não - telegráfica - ocasional -
me deixa sola - solta -
a mercê do impossível -
- do real.


SPOILER FREE

Mais um livro de poesia! E, nossa, esse foi difícil. O comprei porque era de uma autora mulher, brasileira e foi homenageada numa FLIP da vida.

Aí se vê que nada disso é garantia de coisa boa.

Acho que foi o livro de poesia mais chato, insosso e sem razão de existir que já li na minha vida. Na verdade eu nem classificaria boa parte dos textos nesse livro de poesia.

Ana Cristina escreve em fluxo de pensamento, e ela não é exatamente uma pessoa que segue um fluxo que faça sentido. Tudo bem, é arte, não precisa fazer exatamente um sentido nem ter um objetivo. Mas num texto um mínimo de coerência é necessário para se conseguir que o leitor sinta alguma coisa, senão não se sente nada, não se percebe nada e o que a autora diz realmente é nada.

Detestei tanto que nem sei mais o que dizer. Um horror.

Nota 2 (porque eu curti o poema que coloquei lá em cima, é o único que sobreviveu)

2 comentários:

  1. exato. acabei de ler e, sendo o único, talvez não seja assim tão intimista nos outros, pode ser só um momento dela, nao sei. todos os oq fazem poesia tem um lado vaidoso, quer transformar o poema em uma outra voz, não só para ser lida e ouvida por outros (mesmo que não compreendida) mas acima de tudo por ela mesma; o problema da Ana é que essa "voz" é pessoal demais, rápida demais, realmente metade do livro não faz sentido (pra nós).

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    Respostas
    1. Obrigada Gustavo! Me sinto menos pior por alguém concordar comigo, sério! Detesto fazer resenhas tão negativas como essa.

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