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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Dracula


SPOILER FREE

Não sei se realmente precisa ser "spoiler free", mas como as pessoas leem muitos livros sobre vampiros mas não necessariamente o-grande-clássico-que-começou-tudo acho que ainda é válido. 

Drácula foi uma releitura! Resolvi pegar para reler por dois motivos, o primeiro é que ele é todo escrito em forma de cartas e de diários escritos pelos personagens, o que o classifica no tema do desafio literário de janeiro. Segundo porque no início do ano fiz o maridão parar para assistir o filme Dracula do Coppola, que é um clássico também, e claro, fiquei com vontade  de reler o livro, até para fazer a obrigatória comparação entre os dois :-)

Pois então, Dracula de Bram Stoker é realmente tão sensacional quanto eu lembrava. Com um ritmo extremamente rápido para um livro escrito no século XIX, e com uma história muito envolvente e bem escrita, é a receita perfeita para um sucesso que atravessa gerações e que inspirou diversos outros clássicos, além de abrir as portas para a literatura supernatural.

A única coisa que me incomodou, foi que eu resolvi ler a versão original em inglês (claro!) e, além dela ter sido passada para o kindle por voluntários (o que gerou alguns problemas de formatação, que fazem parte dos livros gratuitos para kindle), o texto original é tão pomposo que precisei usar diversas vezes o dicionário (que sempre indicava que a palavra era de uso antigo) e ler mais devagar, pois as frases eram escritas de uma outra forma, que não se usa mais, logo não estou acostumada. É quase um Shakespeare, só que mais fácil porque a ortografia ainda é a mesma. Exceto quando Bram Stoker simula o sotaque de marinheiros, essas partes eu simplesmente desisti de entender tudo.

Para quem não sabe, o livro narra a história de Jonathan Harker, um advogado que viaja para a Transilvânia, para tratar de um cliente excêntrico, o Conde Drácula. O Conde está comprando uma propriedade na Inglaterra e logo Jonathan percebe que tem algo estranho com o velho aristocrata, perdendo a noção do que é real e do que é sua imaginação. Enquanto isso, sua noiva Mina o aguarda, trocando cartas com sua amiga Lucy, que adoece de forma repentina. Para descobrir que doença exótica que ela tem, onde ela perde imensas quantidades de sangue é chamado o médico e cientista Professor Abraham Van Helsing (outro personagem clássico!).

Caso você não tenha paciência para ler o livro, que é realmente um pouco longo, o filme de 1992 do Coppola é uma boa adaptação cinematográfica. A única parte inventada para o cinema é o relacionamento bizarro entre Mina e Drácula.

Nota 10 (para o livro!), como não podia deixar de ser.

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