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terça-feira, 1 de maio de 2012
A Mulher de Pedra
SPOILER FREE
Pois é... mais uma resenha atrasada... e dessa vez até o computador não ajudou, pois escrevi uma inteirinha e muito linda ontem, mas ele resolveu apagar tudo. Tudinho. Fazer o que?
Entonces, A Mulher de Pedra é o terceiro livro do quinteto islâmico do Tariq Ali, e até agora é o melhor livro que li dele. Apesar dos constantes erros da edição (sério, Record, vocês conseguiram se superar em trabalho porco), o livro é MARAVILHOSO!
Dessa vez a história se passa na Turquia na virada do século XIX para o século XX e conta as histórias e causos de uma família rica, que tem uma linda casa de campo nos arredores de Istambul. Essa casa é cercada por um jardim, onde há uma estátua/ruína de mulher, que ninguém sabe o que é ou de onde veio, mas para quem todos contam os seus segredos...
E essa mulher de pedra é a grande ideia do autor, porque, para variar, o livro é contado em primeira pessoa, pela filha mais nova do patriarca da família que é dona da casa, mas para entender como as pessoas realmente viviam nessa época não se pode limitar apenas ao seu testemunho, afinal as experiências são muito diferentes para a aristocracia e para os serviçais, e é aí que entra toda a graça da Mulher de Pedra!
Apesar de não ter nenhum momento de ação, o livro te prende, e você quer saber o que vai acontecer em seguida, ou então descobrir o que as personagens estão pensando... leitura de primeira categoria! Personagens maravilhosamente bem escritos e complexos... cada um é um lindo mosaico e juntos formam uma imagem bem interessante do que era o Império Otomano antes da primeira guerra mundial. Simplesmente imperdível.
Tariq Ali consegue um grande feito: você lê todo o livro quase sem se incomodar com os erros da edição desleixada da Record. Só digo uma coisa: ele merecia mais.
Nota 9,5 só por causa da edição.
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