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segunda-feira, 18 de junho de 2012

A Mulher do Viajante no Tempo



SPOILER FREE

Na verdade eu terminei esse livro do Desafio Literário semana passada, mas daí descobri que tinha um filme, então resolvi ver o filme antes de comentar o livro aqui.

Vamos começar pelo livro! Adorei! (minha sogra detestou, mas gosto não se discute rsrsrsrs) A autora, sabiamente, resolveu optar pela teoria de viagem do tempo em que não se pode mudar o que já aconteceu, o que facilita muito as coisas (e eu pessoalmente prefiro também, essa história de ficar mudando as coisas complica muito a narrativa e começa a dar possibilidade de linhas históricas paralelas ou alternativas que só quem trabalha bem com ficção científica faz ficar legal e mesmo assim dá margem a muito furo narrativo). Portanto, a história se desenrola com o ar de inevitabilidade das tragédias gregas (o que é legal, é clássico!), e a autora aproveita para realmente dar um ar de tragédia no final.

Daí o livro começa te prendendo, com uma história muito interessante e altamente inusitada de um homem que viaja no tempo e portanto conhece a sua esposa antes mesmo deles se conhecerem, gerando situações no mínimo bizarras. E nesse quesito, bizarrices temporais, o livro é ótimo! São tantos momentos inusitados que você fica tonto! E a autora não se perde! O que ela consegue fazer é contar a história de forma que as diversas lacunas vão sendo preenchidas conforme o personagem principal vai viajando pelo tempo.

E conforme ele não só descobre o passado, ele também desvenda o seu próprio futuro (ah, sim, ele não viaja só para trás), e aí se instala o verdadeiro clima de tragédia grega: o drama anunciado e inevitável. Conforme o livro vai chegando no fim, a contagem regressiva para o desastre se desenrola e eu fui ficando cada vez mais tensa e angustiada. Nesse momento cheguei a detestar o livro, porque estava me deixando de mau humor. O final é triste demais, e você sabe qual é por antecedência, vai dando um aperto no coração... é terrível! Terminei o livro num misto de alívio e tristeza.

E daí fui ver o filme. Bom, confesso que eu já sabia que não podia ser grande coisa, afinal adaptar 600 páginas para um filme de 1:45h não pode dar muito certo. Mas eu não esperava que fosse tão ruim. Tudo o que funciona no livro por conta da construção lenta das personagens acaba por não ter tempo de ser apresentada no filme, daí fica difícil comprar o relacionamento entre elas. Em outras palavras filme se mostra superficial e eu não consegui entrar no clima. Achei algumas adaptações ruins (no filme a personagem da Clare se mostra muito manipuladora em comparação com o livro), e a escolha do elenco fraca. Para um filme que para te fazer comprar a ideia de romance se limita apenas à química entre os atores principais, deveriam ter escolhido alguém mais expressivo que o Eric Bana (apesar de eu ter gostado da escolha visual). E a coitada da Rachel McAdams parece perdida em cena. Fiquei até com pena. E o trabalho de envelhecimento dos personagens está péssimo para um filme que conta uma história de viagens no tempo.

Enfim, para o livro nota 9, já para o filme... melhor ficar quieta, apenas sugiro que leiam o livro e fiquem longe do filme.

9 comentários:

  1. Eu também gostei muito do livro assim que terminei de ler, fiz até uma resenha com nota máxima. Mas depois de uma semana fui pensando no enredo todo e vendo que era meio doentio! Sobre os criados, concordo contigo, acho que tem a ver mesmo. A Clare é um pouco vitoriana mesmo, não é? Bom conhecer teu blog!

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    1. Oi Sharon! Fico feliz de te ver por aqui :-) também adorei o seu blog!
      Pois é... o enredo é realmente envolvente, e se você parar para refletir depois não é dos mais saudáveis... mas Lolita também é doentio e é um clássico, não é mesmo?
      Mas como não é o tipo de livro que você termina querendo aquela história para você, não fico preocupada rsrsrsrsrs
      Quanto aos criados, a família toda da Clare é vitoriana, e isso eu achei bem retratado no filme. Você já sabe que o lance ali é fora dos padrões só pela descrição da casa e dos jardins dos Abshire, os criados são só um colorido a mais rsrsrsrs
      Beijos!

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  2. Laurinha, este livro deve ser bem legal mesmo!!! Sempre adorei viagens no tempo. E realmente, sem poder mudar a história fica mais legal. Tava querendo ler "Não me abandone jamais", que também é bem triste. Mas aí penso que vou ficar muito para baixo. rs
    Beijinhos

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    1. Oi Ritcha! (se não podia chamar assim, desculpe, viu? rsrsrsrs)
      Ah, você vai amar esse livro! É triste, vero, mas achei que valia a pena. Depois você assiste uma comédia e tá tudo bem kkkkkkkkkk
      Quer emprestado?
      Beijos!

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  3. Imagina, Ritcha é meu segundo nome! Mentira, é Cammarota! rs Nada, eu assino meus textos com meu nome no blog... É só pra não escancarar. rs
    Ah, eu queria sim. Mais pra frente. Tô lendo "A Cama na Varanda" há um século. E tõ gostando. Acho que vc gostaria bastante tb.
    Beijos

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  4. Quando o li, senti-me impactada. Eu gostei!

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  5. Sempre quis muito ler esse livro. O enredo me instiga bastante.
    Adorei seu blog.

    Beijos, Izabela :)

    Caderno de Resenhas

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  6. Laura, adorei o livro e senti a mesma sensação de angústia que você: o final é triste e você sofre com ele antes do fim. No mais gostei muito do livro e confesso que nunca tive curiosidade com o filme

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    1. Não está perdendo nada... continue longe do filme :-)

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