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quarta-feira, 23 de setembro de 2015

The Mortal Instruments (Série) - Os instrumentos mortais



SPOILER FREE

Então, vou tratar da série completa (seis livros no total) em um só post, simplesmente porque não quero me estender e não há a menor necessidade de prolongar o assunto. Os livros já fazem isso sozinhos e eu não estou a fim de ajudar.

A série escrita por Cassandra Clare, e com a qual ela ganhou rios de dinheiro é composta pelos seguintes volumes:

- City of Bones (Cidade dos Ossos)
- City of Ashes (Cidade das Cinzas)
- City of Glass (Cidade de Vidro)
- City of Fallen Angels (Cidade dos Anjos Caídos)
- City of Lost Souls (Cidade das Almas Perdidas)
- City of Heavenly Fire (Cidade do Fogo Celestial)

A série é do mesmo estilo de Twilight (romance meloso adolescente misturado com fantasia, e nesse caso com mais ação), com um detalhe que pessoalmente eu achei extremamente divertido, que é o fato do casal principal tratar de um tema tabu: incesto. Agora imagina um texto de romance adolescente, daqueles mal escritos, que trata de um assunto desse tipo como se fosse algo leve e tranquilo. Hilário, não é mesmo? Pois bem, foi o que me manteve lendo a série até o final do terceiro volume.

Digo isso porque a série de Cassandra Clare não é apenas mal escrita, como o mundo que ela criou é um balaio de gatos de religiões (com um peso desproporcional para o cristianismo, claro) tão grande, que é possivelmente ofensivo para muita gente. Mas eu prefiro não me prolongar nesse assunto, porque dá alergia.

Voltando ao casal principal, o desenvolvimento dos personagens sofre de um problema muito comum em livros românticos para adolescentes, algo que em inglês se chama de "instalove", que é quando um casal se conhece e se apaixona instantaneamente (ao nível de querer casar e ter filhos). Só que nesse caso a coisa é levada ao extremo, pois em menos de uma semana (no primeiro livro) eles se conhecem de uma forma que é como se se conhecessem há anos. Uma coisa muito estranha e que me deixa muito apreensiva sobre o que essa geração acha que é aceitável num relacionamento.

Além disso, o livro sofre do "problema Twilight", que inclui não só descrições repetitivas sobre a beleza do interesse romântico da mocinha que é narradora do livro, mas também aquela enrolação sem fim em torno do envolvimento do casal principal. Quando eu digo enrolação, em "Instrumentos Mortais" isso é levado realmente ao extremo, toda a hora acontece alguma coisa que posterga ou impede o enredo de andar. Algo me diz que foi para fazer a história durar mais livros e a autora ganhar mais dinheiro.

E digo isso porque ela não faz isso apenas com o enredo envolvendo o romance do casal, mas também com relação ao vilão e ao enredo geral da história. As reviravoltas e as artimanhas para manter a história rolando chegam a ser vergonhosas, porque diversas vezes não fazem sentido.

Então, depois do terceiro livro, a única coisa que me manteve lendo a série foi a determinação de ler até o final só para poder falar mal com propriedade. Confesso que não sei se valeu a pena, porque falar mal dessa série é que nem bater em cachorro morto. No final só fiquei com a sensação de que perdi o meu tempo, porque a graça das bizarrices foi se perdendo no meio do caminho. O pior é que ainda tem gancho para uma nova série (que eu tenho certeza que se ainda não existe, a autora vai escrever!).

Séries como essa me deixam deprimida e sem esperanças na humanidade...

Nota 2.

Um comentário:

  1. Putz! Eu li os três primeiros livros na época em que eles foram lançados em inglês e fiquei tão cansada quanto você... história chatinha pacas... protagonistas sem sal nenhum... depois fui descobrir que a autora tinha começado como ficwriter e a série era uma releitura de uma fanfic que ela escrevera com Draco Malfoy como protagonista.

    Deu de bad boys, não?

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