SPOILER FREE
Na minha corrida para esvaziar o meu kindle (é um esforço muito sincero que estou fazendo), resolvi apelar até para livros mais curtos sobre Wicca. Esse em especial é muito fofinho e é uma leitura interessante até para quem não é praticante, mas se interessa pelo assunto.
"The Witch's Broom" é uma espécie de coletânea de lendas, folclore e receitas de feitiços relacionados com vassouras. Ele trata desde o uso de vassouras e derivados ao longo da história da humanidade, até as diversas formas como a bruxaria moderna faz uso desse instrumento tão característico e antigo. Até as bruxas da Disney e Harry Potter são mencionados. Eu gostei particularmente das passagens escritas por outros autores contemporâneos de bruxaria, onde eles contam como fazem uso de vassouras nas suas práticas espirituais, o que se vê são práticas muito individuais e variadas em relatos bem honestos, eu curti.
Em alguns momentos a coisa fica um pouco clichê demais, e a autora parece estufar o livro de informações absolutamente desnecessárias (fica muito na cara que é enrolação para deixar o livro mais longo), o que é de revirar os olhos. Em outros a leitura pode ser meio maçante, se feita como eu fiz, lendo tudo de uma vez, mas isso porque o livro tem um capítulo específico só para rituais utilizando-se vassouras, e bom, é um capítulo mais voltado para consulta do que para ler de uma sentada só, já que o livro possui os rituais completos, que tem diversas partes absolutamente iguais em todos eles. Pessoalmente eu gostei muito, mas eu curto ritual Wicca, então minha opinião é muito tendenciosa.
No geral, o livro é bonitinho e tem coisas interessantes no meio. Mas não é uma leitura imperdível ou imprescindível. Para quem curte o assunto é legal porque concentra bastante informação sobre um tópico que normalmente não é muito trabalhado.
Nota 7,5.
Espaço para eu escrever sobre o que eu leio... Com espaço também para falar sobre autores que eu gosto e que eu não gosto... porque falar dos outros é fácil!!!
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quarta-feira, 9 de março de 2016
quinta-feira, 3 de março de 2016
If I stay - Se eu ficar
SPOILER FREE
Como eu mencionei em outro post, estou com um problema de espaço/memória no meu kindle, por isso estou enlouquecida lendo tudo o que parece ser curtinho para esvaziar o aparelho e poder baixar alguns livros que ainda pretendo ler até o final do desafio literário desse ano. Por isso, assim que terminei o livro anterior, fui dar uma olhada no que eu tinha no início da minha lista de obras no kindle (a lista está tão grande que é difícil navegar por ela, uma vergonha), e quando passei por esse título pensei "taí um livro que tenho curiosidade de ler, já que o filme é tão bonitinho", e como ele parecia curtinho, foi ele mesmo.
E sim, o livro é muito pequeno. Fiquei surpresa quando cheguei no final, sabe aquela sensação de "já"? Pois é.
E o livro é realmente bonitinho, que nem o filme, só que bem melhor, claro. As diferenças entre um e outro é que o livro é fofo, apesar dos exageros inerentes de uma história dramática com adolescentes, enquanto o filme é piegas e mostra um relacionamento não muito saudável entre Mia, a personagem principal, e Adam.
A história em si é a típica armadilha: adolescente talentosa e com grande potencial artístico musical sofre um acidente de carro com a sua família e entra em coma, enquanto isso sua mente/espírito/o-que-quer-que-você-queira-interpretar continua presente e pode observar o que está acontecendo a sua volta. Intercale as situações no hospital/ambulância/etc com passagens do seu passado em forma de memórias, com direito a um relacionamento conturbado com outro adolescente músico, e você tem "Se eu ficar".
Vou confessar que o livro acabou me surpreendendo, tendo visto o filme, eu esperava algo bem mais meloso e com relacionamentos insalubres, e como não tem nada disso, superou as minhas expectativas. Dentro das premissas e do seu público alvo, e até muito bom. E, claro, tem uma continuação, que eu ainda não tenho, e só vou comprar se/quando entrar em promoção, lógico!
Mas não é nenhum suprassumo literário, nem nenhuma obra prima, e também não tem nada de novo.
Por isso, nota 8,5.
quarta-feira, 2 de março de 2016
The five stages of Andrew Brawley
SPOILER FREE
Então, estou numa situação meio bizarra. O meu kindle não tem mais espaço para livros. E como eu não quero deletar livros que ainda não li (senão eu sei que ficarão eternamente esquecidos na nuvem), comecei um projeto de tentar ler o maior número possível de livros no kindle, para tentar esvazia-lo e conseguir colocar nele o que ainda pretendo ler esse ano (nem que seja um livro só de cada tema, porque a situação é crítica).
Explicada a situação, esse livro eu comprei numa promoção (óbvio, eu quase não compro mais livros sem ser assim) e estava dando sopa no kindle, além de parecer curto (a pressa é inimiga dos livros grandes). Então, ele magicamente furou a fila e comecei a lê-lo. E não me arrependo nem de uma vírgula.
"The five stages od Andrew Brawley" é uma história lindíssima sobre um adolescente que mora escondido dentro de um hospital depois de perder toda a família. Claro, o livro tem o seu lado "armadilha", afinal é uma história de um garoto num processo de luto, e que fez amizades com pacientes e funcionários do hospital, o que é uma receita infalível para deixar os olhos marejados.
Mas sem levar o lado dramático de uma narrativa como essa em consideração, já que nada disso é levado ao exagero, o texto é realmente muito bem escrito, a voz de Andrew como narrador em primeira pessoa é tão bem feita que você simplesmente mergulha na sua história. E para colocar a cerejinha no bolo, o livro tem intercalado entre os seus capítulos os quadrinhos que o Andrew criou sobre um personagem muito interessante, chamado Paciente F. Como não amar uma coisa dessas?
E para melhorar ainda mais o meu conceito sobre esse livro, ele foge dos padrões ao colocar Andrew como um adolescente homossexual, e bem resolvido com isso. Em outras palavras, a única coisa que é influenciada por isso na história é o sexo do seu interesse romântico. É muito amor num livro só.
Super recomendado!
Nota 10.
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