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terça-feira, 31 de maio de 2016

Heir of Fire - Herdeira do Fogo



SPOILER FREE

Terceiro livro da saga "Throne of Glass", e até agora o melhor dos 3 volumes! Como ainda estamos em maio, e a resenha ainda não atrasou, continuo no tema muito necessário do desafio literário de "livros escritos por mulheres". E para coroar o tema ainda temos uma fantasia com uma protagonista maravilhosa, forte e guerreira até a pontinha dos lindos cabelos.

Como já falei nas resenhas anteriores (aqui e aqui), a qualidade do trabalho da Sarah J. Maas vai melhorando a cada livro, e esse em particular é um divisor de águas. Enquanto nos livros anteriores toda a narrativa seguia a protagonista Celaena que nem cachorro pidão, agora a história se divide em três arcos distintos que vão sendo alternados ao longo do livro, o que deixa a história bem mais dinâmica e o desespero ao ter de parar de ler no meio muito maior.

Dessa vez vamos seguir a continuação da saga do desenvolvimento da protagonista para algo além de assassina, redescobrindo o seu passado e sua família, para então conseguir abraçar o seu destino, enquanto os amigos que ela deixou para trás se encontram no meio de uma nova trama e precisam se virar sozinhos para evitar as armadilhas que estão sendo armadas. E num novo arco, começamos a acompanhar a história de uma bruxa, Manon, de uma raça até então pouco explorada nos livros, que apesar de ser má até a última gota do seu ser,  consegue ser tão cativante que você se sente obrigada a torcer por ela de alguma forma.

Até agora (estou quase em 1/3 do livro seguinte), esse é o meu livro favorito da série. É o livro que me deu uma vontade enorme de ver essa história no cinema ou na TV, porque seria muito legal uma protagonista dessas com uma história dessas numa mídia mais mainstream. Precisamos muito de mais histórias como essa.

Nota 9,5!

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Crown of Midnight - Coroa da Meia-Noite



SPOILER FREE

Então, esse é o livro seguinte a "Throne of Glass", que eu comecei a ler no exato momento em que terminei o livro anterior porque, bem, eu PRECISAVA saber o que aconteceria depois com a protagonista feminina-guerreira maravilhosa criada pela Sarah. Como ainda estamos em maio, resolvi que continuar na leitura da saga era bastante apropriado, já que o tema é livros escritos por mulheres, e quando vejo uma história de fantasia e aventura tão boa com uma personagem feminina e escrita por uma autora, o meu coração aquece de amor e orgulho.

Seguindo a trama de "Trono de Vidro", continuamos a acompanhar a história de Celaena Sardothien, a assassina com um passado misterioso e que, apesar de tentar esconder a todo custo, possui um grande coração. Eu vou tentar evitar conta o final do livro anterior, mas bem, se a história continua, dá para imaginar o final, não é mesmo? Agora, ela está metida num outro tipo de trama, rebeldes se organizam por todos os cantos do reino para tentar derrubar o rei tirano, e Celaena precisará se posicionar de uma forma ou de outra, tanto para seguir o que ela acha certo, mas também para proteger os seus novos amigos. Mas quem serão os seus amigos de verdade? Mais mistérios!

Como mencionei na resenha anterior, a escrita de Sarah J. Maas não é nenhum primor literário, a história prende muito mais do que a qualidade do texto, mas já nesse volume dá para perceber uma melhora no trabalho da escritora. Mas o forte ainda é o enredo, que consegue surpreender mesmo quando você acha que já desvendou os mistérios e sabe exatamente o que vai acontecer. Tudo bem, algumas coisas você realmente consegue prever, mas Sarah consegue te surpreender mesmo assim, nem que seja nos detalhes, o que deixa a leitura muito divertida.

O único fraco do livro, na minha opinião, é o lado amoroso da história. Me incomoda um pouco todo o problema com os apaixonados pela protagonista, apesar dela ter os seus rompantes de "eu não preciso de ninguém", que são muito legais, me deixa um pouco triste essa necessidade de ter que ter um envolvimento romântico. Será que precisava mesmo? Meio desnecessário.

Nota 9!

Throne of Glass - Trono de Vidro



SPOILER FREE

Como eu mencionei anteriormente, maio é o mês dos livros escritos por mulheres, e depois de dois volumes no estilo "chick lit" eu precisava de algo diferente, mas ainda mais leve de ler, logo, resolvi seguir o conselho de duas amigas e ler o primeiro livro da saga "Throne of Glass", que foi lançada em português com o título "Trono de Vidro".

E não é que as minhas amigas tinham razão? O livro (e a saga) é extremamente viciante, daqueles que fazem você virar a noite lendo, ser mal educada com quem te interrompa a leitura e decidir ficar em casa só para terminar o livro. Tudo isso por conta da protagonista, que é uma personagem feminina dessas extremamente fortes e marcantes, e que definitivamente foge do estereótipo das personagens menininhas e princesas. Pessoalmente, a achei mais interessante do que a protagonista de Hunger Games, o que mostra de que tipo de patamar estou falando.

Mas além disso, a história em si é muito envolvente, com diversos outros personagens ricos e interessantes, uma trama política devidamente complexa e uma história de mundo dignamente mitológica, estilo Senhor dos Anéis (só que menos, calma, a autora tinha 16 anos quando desenvolveu esse primeiro livro, vamos manter as devidas proporções).

Aliás, esse foi um ponto que me surpreendeu demais, a idade da autora! A sua capacidade de escrita é fenomenal para a sua idade, e nos livros seguintes (já vou adiantando) só melhora. Pois apesar do enredo ser muito interessante e prender o leitor do início ao fim, a escrita nesse primeiro volume ainda é meio estranha e um tanto amadora mesmo, mas a história e a protagonista fazem o leitor ignorar o problema, que vai reduzindo nos livros seguintes da saga.

Só para atiçar a vontade de ler, a sinopse da Livraria Cultura: "Nas sombrias e sujas minas de sal de Endovier, uma jovem de 18 anos está cumprindo sua sentença. Celaena é uma assassina, e a melhor de Adarlan. Aprisionada e fraca, ela está quase perdendo as esperanças quando recebe uma proposta. Terá de volta sua liberdade se representar o príncipe de Adarlan em uma competição, lutando contra os mais habilidosos assassinos e larápios do reino. Endovier é uma sentença de morte, e cada duelo em Adarlan será para viver ou morrer. Mas se o preço é ser livre, ela está disposta a tudo."

Nota 9!

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Party girl



SPOILER FREE

Então, maio é o mês que só estou lendo obras escritas por mulheres. E como está sendo um mês bastante tenso e cheio de trabalhos pesados para entregar, resolvi que precisava ler apenas coisas leves.

Nesse sentido, "Party girl" caiu super bem, pois é um livro que parece ter vindo na onda de sucesso de "O diabo veste Prada", onde a mocinha que conta a história consegue um emprego dos sonhos, super cobiçado, mas no dia a dia percebe que está trabalhando numa sucursal do inferno e a sua chefe é o capeta encarnado. Só que ao invés de ser uma editora de revista feminina, é uma empresa de eventos. (aliás, ainda não li "O diabo veste Prada", ainda vou corrigir isso)

Nesse sentido, o livro é bem interessante, e a leitura é bem legal, só que... só que a personagem principal é uma mocinha do interior do Texas, e bem, ela não é exatamente um exemplo bacana, pois ela tem uns momentos de machismo explícito que me fez revirar os olhos. O desenvolvimento do interesse romântico também não foi tão legal quanto poderia ter sido, acho que a autora perdeu oportunidades no enredo para fazer coisas mais interessantes e menos clichês.

Mas de forma geral, a leitura é agradável e serviu muito bem a proposta de relaxar a cabeça sem revirar o estômago. O livro está numa média aceitável.

Nota 7,5.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Dating the devil



SPOILER FREE

O tema do desafio literário desse mês é livros escritos por mulheres, então, como ainda estou no projeto (talvez já fracassado, estou começando a repensar) de limpar o meu kindle, e como eu realmente preciso ler algo bem leve e descontraído, resolvi apelar para "chick-lit"!

Eu costumo ser extremamente chata com esse tipo de livro, pois eles costumam ser muito machistas e retratar aqueles relacionamentos abusivos como se fossem românticos, então, posso dizer que "Dating the devil" passa no meu crivo. Não é, assim, a melhor coisa do gênero, e nem passa com louvor como algo absolutamente sensacional e livre desse tipo de problema, mas passa no crivo.

Dito isso, o livro é extremamente divertido, e eu fiquei bastante entretida com a história da Lucy, uma menina comum que mora em Nova Iorque e que, por acaso, começa a sair com o Diabo. Ele mesmo. O Belzebu. E é isso, o livro é divertido porque, bem, é o diabo em pessoa, sabe? E as situações são realmente engraçadas. Mas não tem nada demais além disso.

Agora, acrescente umas cenas picantes divertidas também, e você tem um livro curto, leve e descontraído. Exatamente o que eu estava procurando. Tem coisa melhor do que ler exatamente o que você estava precisando?

O único porém é que o final... bem, ele tem cara de gancho. Não é necessário ter uma continuação, veja bem, mas a possibilidade está lá. Se a autora resolver escrever uma continuação, dependendo da sinopse eu até compro e leio, mas... talvez não. Vamos ver o que ela vai fazer. Enquanto isso, estou debatendo comigo mesma se vale a pena ler o outro livro que ela escreveu, eu gostei do estilo, mas não curti muito a sinopse do outro livro. Como estou assoberbada de coisas pra ler, é algo que vai ficar para um futuro sem a menor previsão de acontecer. Tem muita coisa que parece ser mais interessante na lista.

Nota 8,5.

Zen e a Arte da Manutenção de Motocicletas



SPOILER FREE

Por conta de imprevistos, essa leitura acabou atrasando demais, ela era prevista para ser o segundo livro do mês passado, abril, do tema do Desafio Literário de "livros com títulos longos". Apesar do atraso, consegui terminar a leitura desse clássico americano dos anos 70.

O livro, para variar, não é ficção, é o relato de uma viagem de 17 dias que o autor fez de moto através de diversos estados nos EUA acompanhado do filho. Entremeado no relato ele conta uma "chautauqua" (que se refere a um movimento educacional existente nos EUA nos anos de 1920), onde ele relata o seu passado como professor de escrita inglesa e de estudioso de filosofia, além do desenvolvimento que realizou no seu conceito de "metafísica da qualidade". Ele acaba por relatar também como foi a sua recuperação após um surto psicótico que o levou a ser internado num hospital psiquiátrico, o que é interessante.

Apesar de ser uma leitura bastante instigante, o livro me pareceu muito datado. Ele exala anos 70 e coisas hippie, de forma que eu não curti muito. Mas as passagens sobre filosofia são bem interessantes quando não são maçantes. Pois esse é um dos problemas do texto, achei muito lento e talvez um pouco focado demais no desenvolvimento filosófico da coisa, de forma que a tal viagem é só um pano de fundo que está tão atrás que não diferença, nem muito sentido.

Mas apesar dos problemas, o autor realmente levanta alguns pontos interessantes, que apesar de terem perdido um pouco o frescor, ainda são relevantes nos dias de hoje, de alguma forma. E esses pontos tornam a leitura mais atraente. Fica bastante claro o porquê do sucesso estrondoso que a obra teve, quando do seu lançamento em 1974, mas, pessoalmente, não acho que seja tão relevante hoje em dia.

Depois descobri que o livro possui uma continuação, mas confesso que não me animo em ler.

Para quem curte livros filosóficos é uma leitura incrível, altamente recomendável, assim como para quem curte os anos 70.

Mas, para mim, nota 7,5.