Pesquisar este blog

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Os Fuzileiros de Sharpe II

Agora COM SPOILER!!!


Bom... como eu já havia colocado no post anterior, nesse livro Sharpe não está numa boa fase. Ele está carrancudo demais e grosseiro demais. Tanto que ele passa a narrativa inteira percebendo os erros que comete ao lidar com as pessoas. É triste. Muito triste mesmo de ler.

Para piorar a situação do pobre coitado, que não consegue se controlar, aparecem duas figuras interessantes: Harper e Blas Vivar. O primeiro é um fuzileiro que é uma cópia do Sharpe do primeiro volume: um cara forte, valente e muito bom de briga, e que ainda por cima é adorado por todo o regimento. O segundo é um major espanhol que é retratado como um líder perfeito.

Não tem como o nosso herói competir com eles, né? As únicas vezes que ele supera um dois dois são: a luta pelo comando dos fuzileiros, onde Sharpe dá uma surra em Harper e assim ganha o seu respeito; quando Sharpe salva a pele do major na subida do caminho de Santiago; quando Sharpe consegue começar a invasão da cidade de Santiago de Compostela; e quando ele finalmente percebe o que os franceses estavam realmente tramando (segundos antes deles se revelarem, o que não foi tão útil assim, diga-se de passagem). Reparou que ele só consegue superar os outros quando se trata de uma luta? Pois é, no resto, ele fica no chinelo.

Além de não conseguir manter direito a posição de líder dos fuzileiros, Sharpe ainda perde a mocinha da história pro major Vivar. E dessa forma, ele vira alvo de chacota de seus homens (pelas costas é claro). Ai, ai... que saudade do livro anterior...

Com relação aos vilões, bom... dessa vez eles são dois: o irmão do major Blas e um francês cujo nome exato me escapa... acho que é De Lenclin ou algo do gênero (já estou quase no final do livro seguinte! Não dá pra lembrar o nome de todo o mundo!).

O espanhol é um personagem muito chatinho... ele é simplesmente um cara ruim, ou pelo menos é retratado apenas dessa forma. Porém, o francês é bem mais interessante... ele lembra muitíssimo o vilão do livro anterior... isto é, um cara que tem boas maneiras, é simpático, mas no fundo no fundo, é um filho da puta. Mas ele pelo menos acredita no que faz, diferentemente de outros vilões que já apareceram na série até agora, que eram simplesmente maldosos.

A DEVASTAÇÃO DE SHARPE

Agora, como eu não consigo me conter, vou começar uma análise do livro seguinte da série.

Ok, depois daquela fase horrorosa, Sharpe parece que está se recuperando. Ele e o Harper viraram quase amigos e vários homens do regimento admiram e confiam muito no nosso soldado. Parece outra pessoa... impressionante... ele voltou a ser aquele personagem que você aprende a admirar lendo a série. De todos os livros, acho que esse é o que ele mais sofre em termos de desvantagem nas lutas e quantidade de batalhas que ele tem que travar apenas para conseguir sobreviver. Mas óbvio que ele consegue (afinal esse pode ser o último livro lançado em português, mas a série é bem maior).

Pra variar ele tem um novo vilão a enfrentar, que dessa vez é inglês (de novo lembra o vilão de A Presa de Sharpe, só que com outro nome). É interessante ver como esse vilão demora a se demonstrar realmente como o malvadão da vez, pois no início os seus objetivos são muito dúbios. Porém, no último terço do livro ele se revela como alguém totalmente sem escrúpulos. Parece que ele vai perdendo a tonalidade cinza inicial e vai ficando cada vez mais malévolo. Muito estranho... vamos ver o que acontece com ele até o final.

Ah, outros fuzileiros que foram apenas mencionados no livro anterior, aqui ganham um pouco mais de destaque, o que também tem sido interessante... e graças a Deus, a mocinha da vez não começa de cara apaixonada pelo Sharpe. Apesar dela ter se "casado" com o vilão, ainda não sei onde isso vai dar... até a próxima semana eu devo saber.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe sua opinião/crítica/comentário: