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sexta-feira, 3 de julho de 2009

Os Fuzileiros de Sharpe


SPOILER FREE

Nem acredito. Terminei de ler os fuzileiros. Achei que não fosse conseguir. Explico: percebi que Sharpe é um personagem de fases, boas e ruins. Ele alterna entre momentos de melancolia/tristeza/chatice com ser fodão. Infelizmente, nesse livro ele está numa fase ruim.

A primeira parte da trama se arrasta nesse sentido. As batalhas se sucedem umas as outras, mas nada faz o pobre Sharpe sair do torpor de uma fase particularmente ruim. Sério, dá raiva do personagem. E ela só parece ficar ainda pior porque surge um novo personagem que é particularmente interessante, lembrando demais o Sharpe do primeiro livro. Assim, fica difícil pro coitado competir, né?

Fora isso, a leitura é bem suavizada pela quantidade de batalhas sendo travadas, o que dá uma dinâmica bem interessante, e ajuda muito a conseguir passar pela fase complicada do soldado, com menos traumas do que seria possível se não tivesse tanta coisa acontecendo na história. Outro ponto forte do livro, que ajuda muito é a quantidade de personagens cinzentos. Apesar de ainda ter aqueles que são bonzinhos e malzinhos, tem muitos personagens mais redondos, que chamam a atenção na trama.

Fora isso, a estrutura da narrativa segue o melhor estilo do autor, com toques sobrenaturais/religiosos que não são nem comprovados nem refutados, o que é muito interessante. As batalhas são maravilhosamente descritas, como sempre. O chato é que dessa vez, Bernard Cornwell não se utiliza de tantos fatos históricos assim... eu fiquei vidrada com a última batalha do livro e fiquei triste quando descobri nas notas que ela não existiu. Uma pena. Mas ao mesmo tempo uma mostra do que o autor é capaz. Dessa vez, ao invés de contar algo baseado em fatos históricos, ele criou uma nova história que retrata alegoricamente os sentimentos e fatos da época. Ponto pro Bernard Cornwell.

Nota 8

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