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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
Northanger Abbey
SPOILER FREE
E chegamos em fevereiro! E a primeira leitura do mês foi um clássico romance, de acordo com um dos desafios literários que estou seguindo esse ano (são tantos que é fácil me perder).
Conheci Jane Austen, quer dizer, comecei a ler sua obra, por conta do Desafio Literário, e fiquei tão surpresa com o que li (confesso que eu imaginava que seria chato) que nem pensei duas vezes em ler mais um livro seu esse ano. Agora, "Northanger Abbey" é uma obra um pouco fora do padrão da autora, primeiro por ser um dos seus primeiros livros, escrito entre 1798 e 1799, quando ela era bem novinha, porém ele só foi publicado depois da sua morte em 1817. E isso porque a editora que havia comprado os direitos da obra simplesmente não a publicou, o que é no mínimo curioso.
Talvez por isso tudo, "Northanger Abbey" tem uma pegada diferente, pois Jane Austen sempre usa um humor interessante para criticar a sociedade de sua época, mas nessa obra isso fica tão forte e salta tanto aos olhos que o livro mais parece uma paródia. Além de parodiar (e sacanear) o estilo literário gótico, Jane Austen aproveita para fazer uma defesa apaixonada dos romances, que na época eram considerados literatura de segunda categoria, e coincidentemente tinham muita presença de autores femininos. Nunca imaginei que eu fosse rir tanto com um livro clássico.
A história é contada na terceira pessoa por uma narradora/escritora, e traz como personagem principal a inocente Catherine, a quarta filha (e a menina mais velha) dentre 10 irmãos. Depois de passar seus primeiros 17 anos na casa dos pais, e sem conhecer nada além do interior onde nasceu, ela vai passar algumas semanas em Bath com um casal amigo da família, e a partir daí o mundo se abre para ela, e Catherine se mete em confusão atrás de confusão, protegida apenas pela sua boa intenção e coração puro.
Uma história simples, mas contada de forma primorosa, e apesar de ser previsível, você se diverte do início ao fim.
Nota 9.
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