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segunda-feira, 22 de junho de 2015

O Legado de Arn



SPOILER FREE

Então, um dos temas para junho nos meus desafios literários é ler uma continuação. Essa, em específico, foi uma que eu descobri por acaso numa das minhas visitas a livrarias em que acabei comprando algo que eu não estava planejando (tipo, quase todas, mas enfim). Isso porque eu li a trilogia original "As Cruzadas", e apesar de ser independente dessa trilogia, "O Legado de Arn" é uma espécie de continuação, onde descobrimos a história do seu neto, Birger Jarl, que é apenas o cara que fundou a Suécia.

Eu lembro que a trilogia original deixou algumas marcas, pois apesar de fazer muitos anos que eu a li, lembro de algumas sensações. A primeira é que eu me diverti muito lendo, lembro que a história em si era muito cativante e interessante. A segunda, é que Arn é um personagem que me soou muito perfeito, e isso eu só vim a entender lendo essa continuação. A terceira, é que lembro vividamente da sensação da história ser muito melhor do que a escrita do autor.

E a continuação foi uma grande sensação de déjà vu. Realmente me diverti muito lendo, a história do neto de Arn também é cativante. Descobri que o personagem histórico de Arn é considerado uma espécie de Santo na Suécia, o que explicou o excesso de perfeccionismo. Por fim, a história continuou muito melhor do que a escrita do autor.

O grande problema de Jan Guillou é que o seu trabalho é extremamente inconstante. Parece que ele não consegue se decidir: vai usar narrador em primeira pessoa? Vai usar narrador em terceira? É um romance histórico ou livro de história? Colocar detalhes demais ou de menos? Enfim, o livro parece uma montanha russa de estilos literários, com diversas passagens que parecem ter sido escritas às pressas ou de qualquer jeito.

O que salva é que a história que ele tem para contar é extremamente interessante, cheia de intrigas, batalhas, reis subindo e caindo, casamentos políticos, negociações com outras nações e com a Igreja... e tudo isso em uma região em que, confesso, eu não sabia absolutamente nada sobre. Sério, quem conhece a história da Suécia ou da Noruega? Ou da Dinamarca? Aqui no Brasil, nunca estudamos nada sobre esses países, só os seus nomes e capitais (se tanto!). E se você gosta das olimpíadas de inverno você aprende alguns nomes comuns por lá, mas fora isso... nada. Então, um livro que traz a história de como a Suécia se formou, como estruturou a sua monarquia e como se manteve independente de outros países da região, com direito a uma aula sobre a cultura nórdica é algo sensacional e que chama muita atenção. Apesar da escrita mais ou menos.

Nota 7.



Um comentário:

  1. Poxa, fiquei interessada... não tanto pelo livro em si, já que as críticas que fizestes são coisas que normalmente me dão nos nervos... mas a parte da história.

    Vou tentar encontrar alguma coisa sobre o período para ler, mesmo que seja não-ficção, Fiquei agora bastante curiosa.

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