SPOILER FREE
Nem sempre é fácil de se encontrar livros novos para ler com o tema natalino, afinal, existem os clássicos que já li e os diversos livros açucarados que não pretendo ler. Para fechar o Desafio Literário Popoca, consegui desencavar The Legend of Holly Claus, ainda sem tradução para o português.
Confesso que fiquei surpresa com o tamanho do livro, que só percebi durante a leitura por motivos de Kindle. O livro de Brittney Ryan tem quase 500 páginas! Mas é um dos mais infantis que li esse ano. O que me parece bastante contraproducente, afinal, não é um livro de contos para crianças, e sim uma única história bem longa.
The Legend of Holly Claus é fofo, como não podia deixar de ser a história da filha do Papai Noel, que sim, se chama Holly Claus no livro. Todos os detalhes da história são feitos para ter aquela cara de conto de Natal onde os mocinhos são bondosos, lindos, perfeitos, generosos e inteligentes e os vilões são feios e maus até o último fio de cabelo.
É uma boa história para crianças até 8 anos, com o problema dela durar quase 500 páginas. Umas 10 páginas têm ilustrações bonitas e cheias de detalhes e brilhos, mas ainda sobram muitas páginas.
Se a história em si fosse bastante variada e cheia de pequenos contos interessantes no meio, talvez funcionasse bem, mas não é o caso. Foi uma leitura muito difícil pra mim, confesso. Precisei tomar doses cavalares de insulina para lidar com o excesso de açúcar, com o agravante do livro parecer não terminar nunca.
Brittney Ryan não publicou mais nada, apenas algumas versões diferentes dessa história. Pelo o que pesquisei, o sonho da vida dela era publicar esse livro, e ela vive de rodar os EUA falando de Holly Claus e se vestindo de princesa natalina. É um trabalho digno, claro, mas essa fixação da autora transparece muito no texto.
Não recomendo a não ser que o leitor tenha uma grande paixão por tudo que seja natalino, que saiba os nomes de todas as renas do Papai Noel e seja familiarizado com as lendas. Para crianças, vai depender muito do fôlego para histórias compridas e do amor pelo Natal também.
Nota 6.
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