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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

O Sultão das Rosas


SPOILER FREE

Depois de ler o livro de contos da Yasmin há mais de 3 anos, confesso que minhas expectativas foram quase na lua com relação ao seu primeiro romance. Nota mental: diminuir sempre as expectativas, nunca dá certo.

Enfim, novamente tive a honra de participar do lançamento do livro da Yasmin Anukit, e dessa vez consegui ler o livro bem mais rápido do que da última vez. Mas infelizmente, como mencionei anteriormente, minhas expectativas eram um pouco altas.

Os textos dessa estudiosa do mundo oriental são sempre muito poéticos, e cheios de informações místicas, então para aqueles que curtem esse tipo de leitura, é um prato cheio. Pessoalmente, eu curto esse tipo de texto também, e as mensagens da autora são lindas e inspiradoras, como sempre. O meu problema foi que eu esperava um romance histórico, e me deparei com uma fábula histórica. Confesso que meu cérebro deu nó com as informações truncadas e isso tornou a minha leitura muito menos agradável do que eu esperava. Como eu disse, foi um problema de expectativa.

O livro de Yasmin Anukit é baseado em alguns fatos históricos e as descrições dos locais são muito acuradas, porém a forma como a história se desenrola não me convenceu como possível na época retratada, por isso vejo a sua obra mais como uma fábula. Visto desse ponto de vista, o livro não só convence como também fica muito mais bonito e rico. O meu problema foi lutar contra esse ponto de vista durante a leitura, um grande erro da minha parte.

Caso vocês decidam ler esse livro e mergulhar no mar de informações místicas sobre as religiões orientais, a Virgem Maria, Maria Madalena e o Conde de Saint Germain, lembrem que se trata de uma fábula e sejam felizes.

O livro retrata a viagem de 3 mulheres francesas à Istambul, no século XVIII, e conforme os fatos se desenrolam, Yasmin nos mostra o mundo oculto dos Haréns, das odaliscas, dos ciganos turcos e da política. Tudo regado de misticismo e informações preciosas.

Nota 7 por conta da confusão na minha cabeça.

8 comentários:

  1. "Posso acreditar em tudo, desde que seja incrível."

    Oscar Wilde

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  2. "Fábula histórica" é algo que não existe! Trata-se de um romance de época, e como diz a Introdução, narra "uma aventura imaginária ambientada na Turquia setecentista", isto é, no século XVIII.
    Yasmin Anukit

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  3. O gênero fantasia não existia até pouco tempo... tenho certeza que Oscar Wilde adoraria muito do que foi escrito depois da sua época :-)

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  4. Fantasia sempre existiu como gênero, em si mesmo, ou inserida na literatura clássica universal. Consiste exatamente na essência das fábulas, famosas, como gênero, desde a Antiguidade, sendo a mais célebre, "Eros e Psiquê" de Apuleio. A fantasia, além disso, sempre integrou a literatura clássica, desde Homero, passando por Shakespeare ( A meadsummer night's dream e tantas outras peças teatrais) Cerrvantes ( D. Quixote de la Mancha) pela literatura de Gesta, os contos de fada dos séculos XVII e XVIII, os, romances graálicos medievais, a literatura cavalheiresca, dita "do maravilhoso" até as famosas fábulas e La Fontaine, no século XVIII. Isso para usar apenas poucos exemplos e sem mencionar a litratura oriental.

    Tá bom pra você? Yasmin Anukit

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    Respostas
    1. Mas como gênero literário, sendo utilizado com esse termo? É bem recente :-)

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    2. Inclusive o termo passou a ser usado depois da publicação de "O senhor dos Anéis" de Tolkien (que é até hoje uma espécie de marco para quem escreve fantasia hoje em dia), antes disso os casos que você menciona eram classificados como "literatura universal ou clássica" ou "mitologia" ou "literatura infantil" (no caso dos contos de fadas por exemplo) :-)

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  5. Comentário sobre a fantasia: de Yasmin Anukit

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  6. Em meu livro "O Sultão das rosas", cuja narrativa consiste num romance de época e numa aventura imaginária, a ficção se mescla à realidade histórica, no momento em que referências à Maria, Maria Madalena e ao Conde de Saint-Germain aparecem de modo revelador, isto é, aportando conteúdos normalmente desconhecidos. Quanto à Maria, fala sobre sua residência em Éfeso (Turquia) e os fatos disso decorrentes. Quanto à Maria Madalena, expõe parte da Tradição Provençal, muito desconhecida no Ocidente, mas integrante da cultura francesa. Já, o Conde de Saint-Germain, um dos personagens, é verídico: uma figura histórica extraordinária que existiu na época e cujas características são evocadas no decorrer da leitura. Ele se insere em meio à narrativa trazendo à tona verdades secretas, de forma sutil. Através dos personagens, é possível reconhecer Saint-Germain em parte do muito que ele representou na história oculta de seu tempo. Yasmin Anukit

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