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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Divergente


SPOILER FREE

Então, resolvi correr atrás de mais uma série que vai sair nos cinemas esse ano, e que uma amiga minha tinha dito que era divertida.

E descobri que nem sempre meus amigos têm razão quando me indicam livros. Acontece com todo o mundo, né?

Vamos por partes, Divergente é uma mistura de Hunger Games com Harry Potter, temos um futuro distópico, diversas facções que dividem a população e, claro, os pobres coitados que não pertencem a facção nenhuma e por isso vivem no meio do lixo. A parte Harry Potter fica muito por conta da forma como as pessoas são levadas a escolher uma determinada facção. Mas até aí, não há nada demais, afinal é reciclando que se cria coisas novas.

O problema de "Divergent" é que apesar da ideia ser bacana, ela não é bem desenvolvida, a história tem mais buraco do que queijo suíço. E não é algo discreto, é buraco do tipo "como assim? Não faz sentido!", e quando você repara não está mais mergulhado na história, e sim pensando nas diversas alternativas possíveis de consertar os problemas que vão surgindo um atrás do outro no livro. Isso quando você não é surpreendido por momentos de vergonha alheia no meio da história.

Esse último problema em específico é derivado do fato da história ser adolescente demais. Veja bem, eu curto histórias de adolescentes, mas tenho limites com relação ao excesso de drama e histeria que volta e meia aparecem nesse tipo de história. "Divergent" passou desses limites, e assim entrou para a minha lista de livros que eu tive vontade de jogar longe enquanto eu lia, e na lista dos livros em que eu tive vontade de bater no protagonista. Mas isso tudo faz um certo sentido quando você descobre que a autora desenhou o enredo da série enquanto era adolescente.

De qualquer forma, se eu estivesse com paciência ainda dava para fazer uma análise feminista em cima disso tudo, mas o resultado seria tão feio que pareceria surra em cachorro morto. Vou deixar para a próxima.

Apesar de tudo, o livro é minimamente divertido se você conseguir desligar o cérebro enquanto lê, e o trailer do filme promete... acho que será um daqueles raros casos em que o filme é melhor do que o livro.

Nota 4.

2 comentários:

  1. O filme não foi melhor que o livro... os dois são ruins mesmo. As personagens femininas desenvolvidas nesses últimos best sellers são chatas, irracionais, não fazem sentido... Belas, Anastasias, qual o nome da protagonista de divergente mesmo (nem me lembro)? Melhor ficar com Elizabeth, Ana K., Ema B... Será que isso é o retrato da mulher moderna de hoje?

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