Pesquisar este blog

segunda-feira, 12 de março de 2018

Queen of the Summer Stars (Guinevere #2)



SPOILER FREE

Acabei escolhendo a trilogia da autora Persia Woolley sobre a Guinevere para o tema do desafio literário de março, que pede livros sobre uma estação ou com uma estação no título. Como eu já gosto de versões da história do Rei Arthur e a trilogia foi indicada por uma amiga minha, não tinha muita dúvida.

A trilogia chegou a ser publicada também em português, mas está esgotada e agora só procurando muito em sebos.

Apesar de eu ter achado o primeiro livro da trilogia interessante, mas deixando a desejar em alguns aspectos (para detalhes, leia aqui), resolvi ler os demais livros da série. E valeu a pena! O segundo livro, "Rainha das Estrelas de Verão" (em tradução livre), é bem mais interessante que o primeiro em termos técnicos. Ainda não é uma obra prima literária, mas a leitura incomoda menos com relação aos problemas do primeiro volume. Mas aviso que o livro também é em primeira pessoa, para quem não gosta desse estilo já ficar sabendo de antemão.

Além disso, aqui Guinevere já é rainha, e já está se mostrando mais esperta nas questões diplomáticas da corte, apesar de cometer uns deslizes de vez em quando, como qualquer pessoa. Alguns com consequências maiores, outros menores. É nesse volume que ela desabrocha como mulher, rainha e personagem, ganhando mais profundidade e finalmente surgindo passagens bastante clássicas nas lendas arturianas. Como a questão entre Artur, Guinevere e Lancelote. E, eu não sabia que era uma passagem clássica, mas descobri na introdução do livro, a questão do rapto e desfecho desse rapto de Guinevere (como eu não sabia, vou supor que outros também não sabem e manter o suspense).

Diversos outros marcos militares estão nesse volume da trilogia, e nesse sentido o livro não entra em tantos detalhes justamente porque o ponto de vista da história continua sendo da Guinevere, que não participa pessoalmente das grandes batalhas, apesar dela testemunhar algum grau de violência, claro. Outra opção da autora pelo clássico, é a forma como ela retrata a Morgana das Fadas, que não lembra em quase nada a famosa descrição da personagem em Brumas de Avalon.

Nesse sentido, a quantidade de personagens femininas más me incomodou um pouco. Apesar do livro ter lá a sua leva de personagens masculinos maldosos, na maioria das vezes eles são violentos ou conquistadores de terras, não exatamente maus. Com uma grande exceção que talvez compense o desequilíbrio final das coisas. Pelo menos até o final do segundo livro da trilogia, vai que no terceiro as coisas voltem a se nivelar?

No mais, a leitura é agradável e tem passagens de grande suspense que não dá para parar de ler, o que é sempre um bom sinal num livro. A escrita melhorou, apesar de ainda ter algumas questões, especialmente os erros de digitação, que eu não sei como estão nas versões impressas ou traduzidas, visto que li no kindle.

Vale uma nota 8.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe sua opinião/crítica/comentário: