Pesquisar este blog

quarta-feira, 20 de abril de 2022

Segredo de Prata - Silver Borne (Mercy Thompson #5)

SPOILER FREE

Seguindo na minha atual saga de ler a série Mercy Thompson da americana Patricia Briggs, cheguei no quinto volume, Segredo de Prata, como ficou a tradução pela editora portuguesa Saída de Emergência.

Dessa vez, Mercy volta a se envolver com questões dos fae, e numa tentativa de ajudar o amigo do filho do seu mentor, se vê no meio de uma busca desenfreada por um artefato mágico. O problema é que tem gente que acha que ela é que tem posse do tal artefato, o que significa que ela está sendo perseguida. Para piorar a situação, sua entrada no grupo de lobisomens não tem sido muito fácil, e um possível complô está se formando.

Num misto de história de mistério e ação, Patricia Briggs traz a tona algumas narrativas estilo contos de fadas, no que combinou muito bem com os lobisomens e vampiros. O mundo criado pela autora, em sua riqueza e complexidade, é um dos trunfos da série Mercy Thompson, e isso é particularmente verdade nesse volume. A adaptação que ela fez para narrativas clássicas ficou muito interessante.

Ainda temos algumas questões que são constantes nos livros da série. De forma positiva, temos a nossa protagonista, que foge à fórmula da escolhida e mega poderosa, pelo contrário, as coisas acontecem muito por sorte (ou azar, ou força do roteiro) e Mercy é sempre uma das personagens menos fortes presentes no enredo, o que torna toda a ação muito mais interessante. E claro, como boa brasileira, adoro torcer para a zebra da situação.

De forma negativa, a falta de personagens femininas que sejam amigas de Mercy ao invés de olhar torto pra ela o tempo todo é uma das coisas que me irrita. A única personagem feminina que ela se dá bem e sempre aparece nos livros é a filha do Adam, o par amoroso dela. Menos mal porque ela poderia nem se dar bem bom ela, mas, é simplesmente estranho todas as outras mulheres detestarem ela sem grandes motivos. Digo sem grandes motivos porque os citados são os mesmos para alguns homens, o que parece afetar só parte da população masculina, mas quase toda a população feminina. Estou torcendo para isso mudar em algum momento.

Por outro lado, Patricia Briggs consegue fugir dos finais com gancho, e seus livros são sempre redondinhos e com um final que te deixa com gosto de quero mais ao invés de ódio eterno. Estou ficando até com vontade de ler outras séries da autora, como a Alfa e Ômega, que se passa no mesmo universo. Agora vamos ver até onde vai o meu fôlego para ler as aventuras de Mercy, e até onde a autora consegue manter os volumes interessantes.

Nota 9.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe sua opinião/crítica/comentário: