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domingo, 26 de maio de 2019

Free Country: A Tale of The Children's Crusade



SPOILER FREE

Quem acompanha minhas resenhas sabe que eu tenho um certo amor pelo autor inglês Neil Gaiman. Como ele na verdade trabalha há mais tempo do que eu acompanho o seu trabalho, além de que ele publicou muita coisa em quadrinhos em parcerias com outros autores, de vez em quando, acabo descobrindo um trabalho novo que na verdade é velho dele. Free Country: A Tale of The Children's Crusade foi lançada pela Vertigo em 2015, mas ainda não possui tradução para o português.

Free Country é uma Graphic Novel com uma coleção de histórias que apresentam a saga da Cruzada das Crianças, onde ao longo do tempo diversas crianças descobrem uma espécie de mundo paralelo chamado Free Country. Com o tempo, algumas delas se organizam em um conselho e decidem salvar todas as crianças do mundo. Só que para isso, o mundo onde elas vivem precisa de mais energia, ou poder, e para isso eles precisam sequestrar algumas crianças especiais. Enquanto isso, uma cidade inteira sofre com o desaparecimento coletivo de todas as suas crianças, e uma irmã que estava viajando no momento resolve contratar dois detetives para descobrir o paradeiro do irmão mais novo.

Não é uma história simples, é cheia de personagens espalhados por tudo quanto é canto e com motivações extremamente distintas. Os capítulos vão alternando o grupo de personagens e o momento da narrativa, de forma que as coisas fiquem menos confusas. Mas existe um limite do que é possível fazer quando o total de capítulos soma apenas 200 páginas.

O enredo promete mais do que entrega nesse espaço, e a história sofre com momentos muito perdidos e sem sentido no meio de um excesso de informação. As personagens ficam muito simples e cartunescas, mesmo para histórias em quadrinhos. E no fundo, não é uma história para crianças. A impressão que me deu foi daqueles trabalhos de escola onde cada um fazia um pedaço e no final virava um Frankenstein. O que faz sentido, considerando que foram CINCO autores envolvidos. E sim, eles dividiram os capítulos entre si.

Uma boa ideia que não teve a atenção que merecia.

Nota 5.

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