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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

As preces são imutáveis


SPOILER FREE

E superando as metas do ano (mais uma vez!) cheguei ao 61° livro! Dessa vez confesso que praticamente roubei, já que ele é fininho (eu não sabia desse detalhe quando comprei pela internet). Sugestão de compra dada pela minha literária sogra, que encontrou uma mega promoção direto na Editora de livros turcos, resolvi que seria interessante terminar o ano relembrando a Turquia, essa terra mágica. (já tem mais um sendo devorado dessa safra)

"As preces são imutáveis" trata da história de uma jovem turca chamada Pelin, que mora numa cidade certinha e indefinida da Europa, onde ela vê num jornal um anúncio procurando por alguém que falasse turco e resolve responder. O anúncio foi postado por Rosella, uma velha senhora judia que passou alguns dos seus melhores dias em Istambul, e numa tentativa de manter a sua memória desses dias resolve que não pode jamais esquecer o idioma turco.

Como eu mencionei anteriormente, o livro é fininho, e esse é o seu maior defeito. A ideia do autor é tão singela e a história tão delicada, que por diversos momentos a sensação que você tem ao ler é: mas não pode ser só isso, quero mais! É o tipo de narrativa que poderia se alongar muito mais, com mais detalhes deliciosos para serem compartilhados entre as personagens. Em alguns momentos a coisa é tão rápida que parece superficial, tanto que se chega no final da história com a sensação de que aconteceu pouca coisa para justificar a ligação que se forma entre as personagens. Não que não seja possível, mas novamente o problema é a sensação de rapidez e consequente superficialidade do texto. Taí um livro que com uma boa escolha de atrizes, daria um melhor filme do que o livro. E nem precisaria cortar nada do texto! Suas 180 páginas caberiam bem em 90 minutos.

Fora esse problema, o livro é uma delícia, com boas descrições da Istambul da época da Segunda Guerra, cheio de detalhes históricos que costumam passar batido nas aulas do colégio (ninguém lembra da Turquia na Segunda Guerra, só na Primeira), e boas notas de rodapé do tradutor (que traduziu direto do turco!!!). E vou precisar dar uma olhada nos cantores turcos mencionados... parecem no mínimo interessantes.

Nota 8.

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