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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Retrospectiva Literária 2013

Gente, 2013 foi um ano bom demais em termos literários. A primeira coisa boa é que eu finalmente consegui chegar (e superar!!!!) a marca de 60 livros no ano, coisa que eu realmente nunca tinha conseguido fazer. Fiquei tão animada com isso que até coloquei a minha meta em 2014 para 52 livros! Torçam por mim para que eu consiga chegar lá!

Mas além de termos "estatísticos", 2013 foi um ano de boas descobertas e muitos livros que me surpreenderam. O ano começou muito promissor com "The book of lost things", que já começou o ano levando a nota máxima, de tão lindo que ele é. Começar o ano lendo fantasia é tudo de bom!

Para reafirmar a vontade de ler coisa boa, em seguida eu devorei "Skin of Glass", que não só é um livro muito bom como mudou a minha vida. Sério. E claro, desde então tenho DVDs da autora e fiz diversos cursos on-line com ela.

Como a vida é feita de altos e baixos, depois de ler tanto livro bom, era hora de um "fastfood literário", e eu acabei lendo "50 tons de cinza", que valeu a pena só para escrever a resenha mais divertida da história do blog. Talvez não a mais popular... os livros seguintes da série, "50 tons mais escuros" e "50 tons de liberdade" fizeram tanto sucesso que em menos de 3 meses estavam na lista de posts mais lidos do blog. Nada como falar de best sellers.

Claro que entre os livros da série eu PRECISAVA de algo para alimentar o cérebro, então li "Oriente, Ocidente" do Salman Rushdie e "Stonehenge" do Bernard Cornwell, dois livros fabulosos dentro das suas características próprias. Isso tudo só em janeiro!

Em fevereiro, caí de cara na literatura brasileira, mais especificamente nos livros "O menino no espelho" e "O grande mentecapto" do Fernando Sabino. A ideia original eram livros que fizessem rir, mas essa é uma das especialidades do mineiro, então tá tudo certo. Para dar uma quebra no nacionalismo, peguei "Alta fidelidade", que é o melhor livro que já li do Nick Hornby (dificuldades com referências à parte). Depois, para descansar um pouco a barriga depois de tanto rir, li "Shadow of Night", a continuação de "Discovery of Witches", que deixou muito, muito a desejar. Tanto que depois dele, precisei voltar a trabalhar o meu humor com "Viver de rir II", uma coletânea bastante eclética de contos de humor.

Em março resolvi voltar ao fastfood por conta do filme que seria lançado "Beautiful Creatures", o que não adiantou de nada na pressa, dado que só vi o filme em julho no voo para a casa do meu primo. Mas problemas de agenda à parte, o livro me surpreendeu positivamente. Não que seja BOM, mas é melhor do que eu esperava!

Mas março o tema era animais protagonistas, então eu resolvi apostar no desconhecido "A arte de correr na chuva", que me pegou desprevenida! Livros capazes de marejar os olhos são raridade para mim (chorar então... não lembro de nenhum), e esse ainda por cima fala de cachorros fofos e dramas familiares, armadilha pura.

Depois de apostar no desconhecido, resolvi ler o clássico "A revolução dos bichos", que definitivamente merece o título de clássico, seguido por uma leitura mais rápida, mas não menos pesada, "Maus", uma Graphic Novel que fala sobre um sobrevivente do holocausto. E aproveitando o clima mais filosófico, emendei com o livro sufi "A conferência dos pássaros", que ignoradas as partes muito século XII pro meu gosto, também é muito bom.

Então em abril, achei que era hora de tentar ler Virginia Woolf, só para quase morrer de sono com "As ondas", fiquei tão traumatizada que confesso que não sei quando vou tentar ler novamente algo dela. Tanto que para me recuperar precisei da ajuda da minha autora favorita, Amélie Nothomb, com "Le voyage d'hiver", que não só me ajudou na ressaca pós Virginia Woolf, como também cabia no tema do mês, livros com estações do ano no título.

Mas a ressaca foi tão forte que acabei entrando na vibe fastfood novamente, e acabei lendo os 4 primeiros livros da série "Vampire Diaries", "The awakening", "The struggle", "The Fury" e "Dark Reunion". O que foi um grande erro e perda do meu tempo. Por enquanto esses livros estão com o título de "pior livro que já li na minha vida"/"não faz o menor sentido isso fazer sucesso".

Claro que depois dessa, a ressaca foi é de fastfood literário. Então precisei me medicar durante a leitura com "O jardim e a primavera", mais um livro sufi simplesmente maravilhoso, que manteve a minha esperança na humanidade, e depois com "Bordados" da Marjane Satrapi, para começar um processo de desintoxicação, que continuou com Shakespeare e "Sonhos de uma noite de verão", que precisou ser lido no original pra fazer efeito.

Depois do "detox", resolvi voltar a estudar e fui ler "O mundo falava árabe", livro originário de uma tese de doutorado, muitíssimo interessante e mais fácil de ler do que parece. Seguindo os estudos, mudei um pouco de foco e resolvi ler "Wisdom comes dancing", uma coletânea de textos da bailarina revolucionária Ruth St. Denis. Nota 10.

E como eu já tinha conseguido ler um livro de Shakespeare no original, resolvi repetir a dose para garantir a minha cura, com "Conto de Inverno".

Já devidamente recuperada, entrei em Maio com o pé direito, com "O mágico de Oz", que apesar de ser literatura infantil, hoje em dia não seria considerado apropriado para menores de 14 anos. Mas como nem tudo são flores nessa vida, logo em seguida caí numa armadilha com "Madame Bovary", disputando com vontade o título de livro mais chato com "As ondas". Depois dessa eu precisava mesmo de uma dose de adrenalina com "O apanhador no campo de centeio", que nem tem tanta adrenalina assim, mas deu para levantar o astral. Levantou tanto o astral que eu me animei a tentar novamente os clássicos e emendei 2 livros da Jane Austen, "Razão e sensibilidade" e "Orgulho e preconceito". Tudo dentro do tema livros citados em filme, claro.

Em junho o ritmo de leituras deu uma boa diminuída, mas ainda assim consegui devorar "Mercure" da minha amada Amélie Nothomb e "Tão veloz quanto o desejo", ambos podendo ser classificados como romance psicológico (seja lá o que isso realmente queira dizer). Explico que parte da culpa da pouca produtividade dessa época foi devida ao livro seguinte "O vermelho e o negro", já no tema de julho, mas que demorei séculos para conseguir ler, de tão chato. Pelo menos depois deu para respirar com "Laranja mecânica" antes de tirar parte do mês de julho e depois de agosto para viajar, o que interrompeu um pouco o ritmo, que já estava mais para lento, né?

Mesmo já estando com o kindle na mão, consegui resistir por algum tempo aos preços baratos da Amazon e encarar alguns livros em papel que ainda tenho aos centenas em casa: "God dies by the Nile" sem dúvida foi uma leitura maravilhosa de retorno de férias. Gente, eu amo literatura egípcia, é tudo de bom. E continuando pelo Oriente, segui com "Shalimar, o equilibrista", no segundo livro do Salman Rushdie do ano (sempre maravilhoso!), e mais uma Graphic Novel "V de vingança", que finalmente consegui ler até o fim.

Depois de um mês vingativo, entrei em Setembro determinada a conhecer novos nomes da literatura portuguesa, pois apesar de adorar Saramago e ter estreado o tema com "Todos os nomes", uma das coisas legais na vida é conhecer coisas novas, então arrisquei com "Nenhum olhar" e errei feio, muito feio (um dos piores livros do ano), mas em compensação acertei mais do que em cheio com "O filho de mil homens", que ganhou o prêmio de livro mais bonito desse ano. E de melhor livro também.

No meio do caminho li mais um livro sobre dança: "Unveiling", que foi uma leitura interessante, mas eu esperava muito mais, então não atendeu às expectativas.

Cheguei então à conclusão que eu precisava novamente de algo mais leve para ler, e fui encarar o resto da série que começou com "Beautiful Creatures", e devorei rapidamente "Beautiful Darkness", "Beautiful Chaos" e "Beautiful Redemption", que foi mais do mesmo na minha opinião. As autoras precisam de muito arroz e feijão para melhorar suas habilidades literárias.

Depois encarei um livro escrito por uma amiga, "Fan Fiction - Year 1", que me divertiu horrores e que recomendo para quem gosta de rir das limitações da humanidade.

Claro que depois de ficar tanto "tempo" longe dos temas do Desafio Literário, precisei correr atrás do prejuízo com histórias de superação, e ataquei "A street cat named Bob", que eu trouxe da viagem de julho/agosto, e que achei fofo, apesar de não ser lá grandes coisas, encarei o tijolo "Tempo entre costuras", que me surpreendeu muito positivamente, e por fim mais um livro egípcio "The beginning and the end", dessa vez no prêmio nobel Naguib Mahfouz, que eu ainda não tinha encarado esse ano (vergonha!).

E finalmente chegamos em novembro, com o tema "livros proibidos", que deu margem a muitas leituras diferentes e interessantes, começando com o clássico do Mark Twain "As aventuras de Tom Sawyer", que tenho orgulho de ter conseguido ler no original (é mais difícil do que Shakespeare!) e que levou a nota máxima, depois, o romance erótico "Exit to Eden" da Anne Rice, e que mostrou que o tema só precisa de uma boa autora para ficar interessante, passando por "A casa dos espíritos" da maravilhosa Isabel Allende, que superou minhas expectativas, e um pouco atrasado, "As aventuras de Hucleberry Finn", que me animei a ler depois do sucesso com Tom Sawyer.

Agora dezembro foi um mês interessante, apesar de eu me ater pouquíssimo ao tema natalino (sofri com a falta de livros com esse tema em casa, fazer o quê?). Comecei um livro, que depois descobri ser um conto, da Agatha Christie, "A Christmas tragedy", que mesmo sendo receita de bolo da autora, é uma ótima receita :-) Em seguida fui novamente correr atrás de um livro que saiu no cinema agora, "Carrie" do Stephen King, e novamente me surpreendi, não em termos de qualidade que ficou bem dentro do esperado, mas em termos de tema, onde ele me pegou de surpresa (eu não tinha a menor ideia do que se tratava o livro, acredita?). Tudo só para poder enrolar um pouco para chegar no último livro do Desafio Literário, e que novamente era da Agatha Christie: "O Natal de Poirot". Mais receita de bolo, mas a receita funciona, então tá valendo.

Fiquei então o resto do mês podendo ler o que me desse na telha, e resolvi diversificar. Primeiro li "Stories of a traveling bellydancer", que deveria ser classificado mais como blog do que como livro, mas que foi uma leitura muito interessante e construtiva, depois um romance LGBT com "Tessa Masterson will go to prom", que foi mediano, e terminei o ano mergulhada na literatura turca, com "As preces são imutáveis" e "Um golpe de sorte", ambos comprados numa promoção de fim de ano indicada pela minha sogra, e muito bons! Dessa forma, fechei o ano com chave de ouro!

Ufa! E assim terminei o ano de 2013! Que venha 2014, com novos desafios e ótimas leituras! Se a média for tão boa quanto em 2013 já estarei muito mais do que satisfeita! Vejo vocês ano que vem!




Livros lidos em 2013:

  • Um golpe de sorte - Reha Çamuroglu
  • As preces são imutáveis - Tuna Kiremitçi
  • Tessa Masterson will go to Prom - Emily Franklin & Brendan Halpin
  • Stories of a Traveling Bellydancer - Zaina Brown
  • Hercule Poirot's Christmas - Agatha Christie
  • Carrie - Stephen King
  • A Christmas Tragedy: A Miss Marple Story - Agatha Christie
  • The adventures of Huckleberry Finn - Mark Twain
  • A casa dos espíritos - Isabel Allende
  • Exit to Eden - Anne Rampling
  • The adventures of Tom Sawyer - Mark Twain
  • The beginning and the end - Naguib Mahfouz
  • O tempo entre costuras - María Dueñas
  • A street cat named Bob - James Bowen
  • Fan Fiction - Year 1 - Vivian Wolkoff
  • Beautiful Redemption - Kami Garcia & Margareth Stohl
  • Beautiful Chaos - Kami Garcia & Margareth Stohl
  • Beautiful Darkness - Kami Garcia & Margareth Stohl
  • O filho de mil homens - Valter Hugo Mãe
  • Unveiling: the inner journey - Alay'nya
  • Nenhum Olhar - José Luís Peixoto
  • Todos os nomes - José Saramago
  • V de Vingança - Alan Moore e David Lloyd
  • Shalimar, o Equilibrista - Salman Rushdie
  • God dies by the Nile - Nawal El Saadawi
  • Laranja Mecânica - Anthony Burgess
  • O vermelho e o negro - Stendhal
  • Tão veloz como o desejo - Laura Esquivel
  • Mercure - Amélie Nothomb
  • Orgulho e Preconceito - Jane Austen
  • Razão e sensibilidade - Jane Austen
  • O apanhador no campo de centeio - J. D. Salinger
  • Madame Bovary - Flaubert
  • The Wonderful Wizard of Oz - L Frank Baum
  • The Winter's Tale - William Shakespeare
  • O Mundo Falava Árabe - Beatriz Bissio
  • A Midsummer Night's Dream - William Shakespeare
  • Bordados - Marjane Satrapi
  • Wisdom Comes Dancing - Ruth St. Denis
  • Vampire Diaries - Dark Reunion
  • O Jardim e a Primavera - Amir Khusru
  • Vampire Diaries - The Fury
  • Vampire Diaries - The Struggle
  • Vampire Diaries - The Awakening
  • Le voyage d'hiver - Amélie Nothomb
  • As Ondas - Virginia Woolf
  • A Conferência dos Pássaros - Farid Ud-Din Attar
  • Maus - Art Spiegelman
  • Animal Farm - George Orwell
  • The art of racing in the rain - Garth Stein
  • Beautiful Creatures - Kami Garcia & Margareth Stohl
  • Viver de Rir II - Flávio Moreira da Costa
  • Shadow of Night - Deborah Harkness
  • O grande mentecapto - Fernando Sabino
  • O menino no espelho - Fernando Sabino
  • Fifty Shades Freed - E. L. James
  • Stonehenge - Bernard Cornwell
  • Fifty Shades Darker - E. L. James
  • Oriente, Ocidente - Salman Rushdie
  • Fifty Shades of Grey - E. L. James
  • Skin of Glass, finding spirit in the flesh - Dunya Dianne McPherson
  • The Book of Lost Things - John Connolly

2 comentários:

  1. Oi Laura!
    Só 60 livros no ano? ah, muito pouco, eu li 200...
    rsrsrs, brincadeira!

    É sempre bom visitar teu blog e aumentar minha fila de livros - que nem é mais fila, é um grafo cuja escolha do próximo é totalmente sem lógica, rs!

    Agora estou numa vibe de ler só clássico e tenho me deparado com péssimas edições na amazon, visto que essas obras são de domínio público, o que leva editoras meia boca a lançarem versões de 2 reais com tradução de "Google translator".
    Tive que recomprar vários livros.

    Vi que vc leu "O retrato de Dorian Gray" e este é um exemplo, com várias edições baratas e ruins.

    Fica ligada, é bom antes de comprar baixar a amostra grátis, conferir a tradução, e só depois comprar.


    Grande abraço!
    Rafael Paz

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    1. Oi Rafa!!!! Saudades de você, rapaz! Pois é, sei que clássicos baratos ou grátis podem ser problemáticos... por isso tento ler na língua original quando posso! Isto é, quando eu conheço a língua original... senão acaba valendo mais a pena pagar um pouco mais caro e ler uma tradução razoável...
      Mas convenhamos, esse problema na verdade sempre existiu... é só ver aquelas edições de bolso deploráveis que sempre existiram nas nossas livrarias rsrsrsrsrs
      Um beijo!

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