Pesquisar este blog

sábado, 17 de novembro de 2018

Kingdom of Ash (Throne of Glass #7)



SPOILER FREE

E finalmente foi publicado o último volume da mega saga Trono de Vidro! A louca aqui, claro, comprou o livro ainda no pré-lançamento, e ficou só esperando o bendito aparecer no kindle. Vantagens da vida moderna!

Confesso que não sei quando a Record vai lançar esse livro, e há uma chance deles fazerem o mesmo que fizeram com Império de Tempestades, que foi vendido no Brasil dividido em dois tomos. Isso porque o livro tem quase mil páginas. Você leu certo. Mil páginas!

As mil páginas parecem menos do que isso, vou logo avisando, porque Sarah J. Maas resolveu elevar a um novo nível a alternância entre diversos pontos de vista. Ela já tinha feito testes desse formato em livros anteriores da série, e realmente ela foi ficando melhor nisso, e acredito que isso tenha dado a coragem necessária para finalmente colocar a sua habilidade a prova aqui. Entre os pontos de vista da Aelin, Chaol, Aedion, Dorian, Rowan, Manon e mais alguns, ela consegue não se perder e manter o ritmo da leitura ao fazer o estilo de narrativa de alternância de histórias que sempre pausam em momentos dramáticos.

Não é o meu estilo favorito. Me lembra muito Dan Brown, o que eu não considero um elogio.

Mas como ela consegue manter isso tudo indo por mil páginas? A resposta: muitas batalhas. Sério, eu nem sei quantas batalhas épicas ela inclui no livro, não me dei o trabalho de contar. São muitas, e todas bastante emocionantes, é preciso dizer. E claro, tinha aquele um zilhão de pontas soltas que ela foi deixando ao longo dos livros anteriores, até porque o livro sexto não tratou de nenhuma delas, só acrescentou.

Considerando isso tudo, o livro é satisfatório, porque realmente trata de todas elas, ou pelo menos de todas as mais importantes (considerando que essas sejam as que eu mesma conseguia lembrar). Tem uma questão deus ex maquina, tem, claro que tem, é um livro da Sarah J. Maas num mundo cheio de magia e seres fantásticos. E eu preciso lembrar que a autora ainda por cima tem um amor por personagens que beiram a perfeição, por mais que sejam imperfeitos?

Tem o problema dos mates? Tem, mas talvez por ter outras histórias e coisas acontecendo ao mesmo tempo a questão fica menos presente, ou pelo menos chama menos atenção e não enche tanto o saco. Exceto nas vozes da Aelin e do Rowan, nesses momentos uma dose de insulina é necessária.

Ela mata personagens importantes? Bem... é uma questão controversa, primeiro porque não quero dar spoiler, segundo porque precisa definir o que é ou não importante... mas sim, temos mortes no livro, e vou deixar só isso. Até porque com tantas batalhas como poderia ficar sem mortes?

Eu entendo o dilema que a autora acabou criando com relação a essa questão. Depois de tantos livros com personagens tão marcantes que tanta gente se apaixonou, as batalhas finais precisam de sangue, mas como decidir entre todas essas personagens? Considerando que o estilo young adult tem uma propensão maior a seguir as vontades dos fãs e a criar finais felizes, Sarah J. Maas se colocou realmente numa sinuca de bico.

É preciso levar isso em consideração para avaliar o livro. Kingdom of Ash não faz feio no final das contas, e a leitura é muito agradável, dinâmica e possui muitos bons momentos de adrenalina. Dentro do estilo que a autora está desenvolvendo é um dos melhores livros dela, e isso é muito positivo. Mas o livro não é perfeito e não é genial.

Acredito que Sarah J. Maas tem potencial para fazer coisas muito melhores do que essa série. Mas não sei se vão permitir que ela alce esse tipo de voo. A indústria da literatura young adult é bastante poderosa e Sarah me parece que já foi engolida por ela. Prevejo que ela vai continuar escrevendo bons young adult, mas infelizmente não acredito que ela vá largar esse osso e tentar coisas mais abrangentes como ela me parecia ter vontade nos livros anteriores. Nesse sentido, Kingdom of Ash me parece um aviso da autora sobre o que ela pretende fazer no futuro.

Agora nos resta aguardar a nova série spin-off de Corte de Espinhos e Rosas para ver se estou certa ou não.

Nota 9.

Nota da série: 8.

Não lembra da série? Veja as resenhas anteriores aqui:

Trono de Vidro
Coroa da Meia Noite
Herdeira do Fogo
Rainha das Sombras
Império de Tempestades
Torre do Alvorecer
A lâmina da assassina - novelas

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe sua opinião/crítica/comentário: