SPOILER FREE
Então, esse é um
livro de novelas da mesma autora de Trono de Vidro. Eu já sabia que ele
existia fazia tempo, mas demorei para conseguir comprar em promoção,
então, estou lendo depois do, não sei bem, sexto livro?
Enfim,
são diversas histórias que de alguma forma são mencionadas nos livros
originais da série Trono de Vidro, mas todas elas acontecem antes do
primeiro livro. A leitura não fica comprometida com relação à ordem, dá
para ler tranquilamente entre qualquer outro livro ou até mesmo antes do
primeiro. O interessante de ter lido no momento que eu li é que de
alguma forma as novelas apresentam com alguns personagens no último
livro que li, e eu gostei de vê-los novamente sob outro ângulo e em
outro momento da saga da personagem principal.
Em
compensação, lê-lo depois de você descobrir algumas coisas nos volumes
seguintes quer dizer que o seu coração fica super apertado, porque
obviamente você já sabe o que vai acontecer. Para mim isso não fez
diferença em termos de ficar chateada com spoiler ou algo do gênero, as
histórias em si não dependem inteiramente das coisas não ditas para
serem interessantes ou emocionantes.
O fato da
autora ter escrito essas novelas depois de pelo menos os dois primeiros
livros também quer dizer que a qualidade do seu texto está melhor do que
no início da série, o que é muito positivo para essa coletânea.
Dentro
do conjunto da saga, a leitura é válida, acrescenta profundidade à
personagem principal, é divertida e bem escrita. Mas não deixa de ser um
livro para os fãs da série. Não faz sentido ler só esse livro e ele não
é uma boa propaganda para o primeiro volume de Trono de Vidro, visto
que o estilo é melhor e não é no mesmo formato de romance.
Nota 8.
Ok, a Generale tá lançando os livros do Elric de Melniboné, que foram escritos por um genial escritor inglês chamado Michael Moorcock. Nos anos 60 ele basicamente era um punk que cuspia na cara de Tolkien e toda aquela onda do senhor do anéis. Tanto que ficou conhecido como o Anti-Tolkien. Então ele criou Elric, um tipo de Anti-Conan, que começa rei e termina bárbaro, que é tão fraco que mal consegue levantar-se da cama. Para compensar, é um mago em um mundo que magia envolve vender a alma a algum demônio. A história é tão simbolicamente bacana, porque gira em torno de sua recusa em assumir uma certa espada, ou seja, o papel masculino. Mas quando assume, isso trás as consequências típicas... Ah, além disso ele é o rei de uma raça de criaturas que parecem elfos, mas na verdade são uns tipos maus de doer. E tudo isso era literatura jovem naquela época. Se não bastasse isso, Moorcock criou o conceito de multiverso, e não perdia a oportunidade de fazer cross-over entre livros de assuntos diferentes, misturando ficção científica, fantasia e ficção histórica. Depois a industria dos quadrinhos copiou a ideia.
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