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domingo, 30 de setembro de 2018

A Court of Thorns and Roses - Corte de Espinhos e Rosas



SPOILER FREE

Acho que essa vai ser uma das resenhas mais difíceis que já fiz. Não só porque o tema é espinhoso (piadinha infame proposital), mas porque comecei a ler o livro seguinte e isso muda muito a perspectiva, porém vou registrar minha primeira impressão aqui.

Sarah J. Maas é a mesma autora de Trono de Vidro, mas essa é a segunda série que ela publicou. Nos últimos anos ela tem alternado as publicações das continuações das duas séries, mas Trono de Vidro veio primeiro.

Isso fica bastante claro na qualidade da escrita da autora, que aqui é mais parecida com o segundo ou terceiro livro de Trono de Vidro, o que é bastante positivo para a história. E novamente ela traz uma personagem feminina principal, Feyre, que é forte e precisa lutar por sua sobrevivência e pela segurança das pessoas que ela ama.. Até aí tudo lindo e maravilhoso.

O problema começa pelo fato de que Corte de Espinhos e Rosas é uma história baseada em A Bela e A Fera. Sim, isso mesmo, e não, não há como negar, todos os principais pontos do conto de fadas estão presentes aqui. Isso é tão claro que está em todos os blurbs desse livro. A questão é que eu detesto a história de A Bela e A Fera, para mim esse conto de fadas é uma história de uma relação abusiva vendida como romântica.

E é exatamente isso que acontece nesse livro. Temos uma relação absurdamente abusiva que é vendida como romântica, e a autora leva o abuso de forma muito literal, com direito a diversas passagens bastante pesadas em termos de violência. Já saquei que Sarah J. Maas adora torturar suas personagens, o que não é exatamente ruim por si, mas às vezes eu acho que ela exagera na mão.

Para piorar a situação, diferente da Celaena de Trono de Vidro, Feyre não é exatamente brilhante. Preciso confessar que passei boa parte do livro revirando os olhos e xingando mentalmente a personagem principal. Parte desse problema é até explicável pela história de vida da personagem, mas parte não é. Mais um ponto onde eu acho que a autora pesou demais na mão.

Como um livro solo, os pontos positivos são poucos perto dos negativos, e preciso dizer que a experiência como um todo não me agradou. Só me decidi por ler os livros seguintes da série porque uma grande amiga minha me prometeu que a série em si era boa. O primeiro livro não me convenceu em nada disso.

Nota 6.

2 comentários:

  1. Me dá preguiça de ler qualquer coisa que se proponha a ter mais de três volumes.
    Por falar em três volumes, eu tenho uma sugestão pra ti: Justiça Ancilar. Eu gostei muito das ideias da autora, ainda que a história tenha alguns defeitos estruturais. Não basta imaginar a tecnologia do futuro, tem que pensar na mudança cultural, ai que tá a dificuldade do sci fi.

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