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sábado, 2 de março de 2019

The Bookshop on the Corner



SPOILER FREE

Quando esse livro foi publicado em 2016, foi um certo furor, e por isso ele entrou na minha biblioteca. Agora, seu eu soubesse que ele é da mesma autora de Sweetshop of dreams provavelmente não teria comprado o livro.

Confesso que senti que eu conhecia a autora logo nas primeiras páginas. Algo me parecia muito familiar, de um jeito não muito positivo, apesar do texto ter odes muito bonitas à leitura. The bookshop on the corner traz a história da bibliotecária Nina, que perde o emprego quando a biblioteca onde ela trabalha no subúrbio de Londres acaba sendo fechada. Mas ela ama livros, e sua paixão é encontrar o livro perfeito para cada leitor.

Então, ela acaba comprando uma van e indo morar no interior, mais especificamente na Escócia (que é quase outro país, numa piada interna muito divertida, ou não, em tempos de Brexit). Daí ela se apaixona por um cara, vai a algumas algumas festas locais, se apaixona por outro, os dois têm lá os seus problemas e defeitos, com uma certa dose de moralismo esperada de uma história que se passe no interior da Inglaterra, ou Escócia, ou Irlanda, são todos mais parecidos do que gostariam de admitir, e todos vivem felizes para sempre.

O problema até lá, além da questão moralista, é que o livro é chato. Nina é uma boa pessoa, mas sua falsa falta de coragem dá dor de tanto revirar os olhos. E o enredo é tão previsível que eu já sabia com quem ela ia acabar ficando no final assim que ela se instala na Escócia. Se fosse divertido apesar de previsível, ou pelo menos tivesse boas cenas de sexo no caminho eu nem reclamava, mas não tem nada disso.

A questão é que o livro é voltado para um tipo de público que eu não me encaixo, a história tem ar de anos 80, apesar de se passar em 2016. É para quem gosta de romance puramente tradicional, com personagens tradicionais que só parecem transgressores na sua superfície mais superficial. E que não gosta de cenas quentes sendo descritas, apenas mencionadas que existem, e um livro sem palavrões, claro.

Certamente não faz o meu gênero. 

Nota 6.

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