SPOILER FREE
Já faz alguns anos que a série The Witcher está na minha lista de desejos de leitura, mas, com o lançamento da série, detestada por uns, amada por outros, eu precisei colocá-la em modo leitura urgente. Aproveitando de quebra o tema do Desafio Literário Popoca para fevereiro! Nisso, a primeira coisa que me preocupou foi qual é a ordem de leitura?
Explico. The Witcher é uma série que é composta de uma saga (que começa com Blood of elves, ou O sangue dos elfos em português), mas também por diversos livros de contos. Aí começa a complicação, porque os livros de contos foram lançados em forma reunida depois da saga, mas as histórias se passam antes. O tira-teima vem do fato que os contos (em sua maioria) foram publicados antes, de forma separada, e o seu sucesso levaram o autor polonês de nome impronunciável Andrzej Sapkowski a escrever a saga, que, por fim, virou videogame. Desde então, o autor resolveu escrever mais uma prequel, Season of storms ou Tempo de tempestade em português, com histórias que completam o segundo livro de contos, A espada do destino. Confuso, não?
A segunda coisa que me preocupou foi: nunca joguei os jogos, apesar de conhecer de nome, e curti demais a série no Netflix, apesar dos votos contra, mas como seria ler os livros?
Dessa forma, sem saber exatamente sobre quais livros fizeram a primeira temporada, que me divertiu horrores, volto a dizer, resolvi ler o primeiro livro de contos de Witcher, que é carinhosamente numerada como The Witcher 0,5.
Depois de ler quase metade das histórias, descobri por aí que a primeira temporada da série do Netflix é uma adaptação dos dois primeiros livros de contos, O último desejo e A espada do destino. O que já me pareceu um tanto quanto óbvio durante a leitura, apesar das adaptações inevitáveis entre uma mídia e outra.
Agora abro meu coração, o livro me fez gostar ainda mais da série. Veja bem, The Witcher é uma fantasia no sentido muito clássico da palavra, com personagens que parecem saídos diretamente de sessões de RPG onde o autor resolveu jogar. Não é a toa que funciona tão bem como videogame, é perfeito para isso. Os retratos dos personagens na série, com exceção das lentes de contato que realmente são bizarras, é muito fiel ao livro, o que deixou a leitura muito divertida, diga-se de passagem.
Vamos ser sinceros, o gênero fantasia não gera com frequência uma grande obra literária. Tolkien que me perdoe, mas é verdade. The Witcher é divertido, muito mesmo, e não é nem mal escrito, mas não foge muito da média do estilo. Assim como a série. E o livro também tem os diálogos toscos e os seres monstruosos absurdos. Mas tudo se encaixa bem, não é a toa que fez sucesso. A ideia em si de Geralt of Rivia, Yennefer, Ciri, Dandelion e todo o mundo mágico, com suas pitadas de política, é simplesmente boa e original o suficiente para justificar todo o resultado.
Aviso para os que se aventurarem a ler O último desejo que, assim como a série, o livro trabalha com mais de uma linha de tempo entre os diversos contos. E que, apesar de muitas vezes eles parecerem desconexos ou sem propósito, todos tem uma importância na história principal.
Fiquei tão animada que já emendei no segundo livro de contos! Me sinto brincado de bingo, essa história eu já vi! Estou ansiosa pelos próximos volumes e temporadas!
Nota 9.
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