SPOILER FREE
Descobri que esse livro existia no último Natal, quando fui comprar livros para as crianças da família, que tem muito mais meninas do que meninos. Bati o olho, vi o nome Rick Riordan na capa, o autor de Percy Jackson, mas percebi que quem escreveu é uma mulher e a protagonista é uma menina. A propaganda do Rick era convincente e a contracapa prometia. Comprei. Meses depois encontrei em promoção para Kindle e resolvi que era hora de descobrir se eu havia acertado ou não.
A melhor descrição para Aru Shah e o fim dos tempos é uma versão com meninas e mitologia hindu de Percy Jackson. Só que ainda mais bem escrito, porque Roshani Chokshi, autora americana filha de mãe filipina e pai indiano, tem personagens mais interessantes e complexas do que Rick Riordan. E tem a graça de ser mitologia hindu, que é muito mais difícil de encontrar por aí, o que torna a leitura mais fascinante e menos, olha, então ele resolveu adaptar assim, porque no fundo tem pouca novidade.
O livro conta a história de Aru Shah, uma menina de ascendência indiana que vive com sua mãe num museu de arte indiana nos EUA. Um dia, ela faz a besteira de ascender uma lâmpada amaldiçoada, e acaba libertando um demônio capaz de parar o tempo, e no processo acaba descobrindo que é a reencarnação de um herói da mitologia hindu, filha dos deuses. Junto com outras reencarnações de heróis ela precisa deter o demônio antes que ele paralise o mundo inteiro.
Só que Aru não é uma heroína óbvia. Ela não é certinha e perfeita, muito pelo contrário. E ela sabe disso sobre si mesma, e é isso que torna a sua jornada tão interessante. Não é à toa que o livro foi indicado para alguns prêmios. Fiquei muito satisfeita de ter dado Aru Shah e o fim dos tempos de presente para as meninas da família, acho que acertei em cheio.
Foi um dos livros mais fofos que li em 2020, e estou animada para os próximos dois volumes que já foram publicados!
Nota 9.
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