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quinta-feira, 30 de abril de 2020

Gather Together in My Name



SPOILER FREE

Maya Angelou é uma das figuras literárias norte americanas mais interessantes do século XX. Negra, de origem sulista, Maya fez grande sucesso como poetiza, porém, em sua longa vida de artista, ela também foi bailarina e cantora, além de estar presente no movimento negro ao lado de grandes figuras históricas como Martin Luther King Jr. e Malcolm X.

E como escritora Maya Angelou não se limitou à poesia, existem livros de ensaios seus, assim como suas famosas autobiografias, entre elas Gather Together in My Name, que se encaixam muito bem no tema de abril do Desafio Literário Popoca, que é um livro baseado em fatos reais.

Maya Angelou escreveu um total de sete autobiografias, e Gather Together in My Name é a segunda, que conta os anos logo após o nascimento do seu filho, Guy, que nasceu quando ela ainda era adolescente. De forma geral, ninguém contesta o conteúdo das suas autobiografias, e ela era famosa por tratar de forma bastante aberta a sua vida pessoal. Mas, confesso que o conteúdo desse volume me surpreendeu.

O relato que a autora faz da sua juventude é bastante cândido, o que o torna ainda mais poderoso, e, porque não, assombroso. Não é a toa que ela se tornou quem ela se tornou, suas experiências com uma criança pequena, sem ter faculdade, no sul dos Estados Unidos, como uma jovem negra, são um soco no estômago. E o fato dela ter sobrevivido me parece uma mistura de sorte com uma prova da sua grandeza como ser humano. Ser Maya Angelou certamente não é para qualquer um.

É muito triste que tão pouco do seu trabalho tenha sido traduzido para o português, com poucos livros seus de poesia apenas, porque todos poderíamos aprender muito com ela. Não só como escritora maravilhosa, mas como pessoa sensacional. E nada como vê-la declamando Eu me levanto para ter um gostinho do seu trabalho.



Nota 10!


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