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quinta-feira, 30 de abril de 2020

The Devil Wears Prada - O diabo veste Prada



SPOILER FREE

O que eu lembro da minha primeira vez com o livro O diabo veste Prada é a sensação de ter sido enganada pelo filme. Porque Meryl Streep, Anne Hathaway e Emily Blunt estão tão maravilhosas e o filme é tão bom que eu não podia acreditar que o livro pudesse ser menos que excelente. Mas, regras como o livro é melhor que o filme precisam de exceções para se confirmar.

Aproveitando o tema de livro baseado em fatos reais do Desafio Literário Popoca de abril, resolvi dar uma segunda chance ao volume que fez tanto sucesso ao supostamente contar como é trabalhar com a editora chefe da revista mais famosa de moda do mundo, Vogue, Anna Wintour, de quem a autora Lauren Weisberger realmente foi assistente. 

Infelizmente alguns casos não têm salvação, e O diabo veste Prada é um deles. Enquanto o filme é tão sensacional e com uma história muito interessante de auto descoberta e superação, o livro é uma versão bastante piorada e pálida da assistente Andrea Sachs. Não sei quem fez os ajustes no enredo para o roteiro, mas as pequenas alterações foram suficientes para transformar água em vinho.

Fazia tempo que eu não encontrava uma protagonista tão chata e detestável quanto Andrea. Ela consegue ser mais superficial e egocêntrica que sua chefe malvada Miranda Priestly. Ela detesta tanto as pessoas do seu trabalho, sem ter uma razão para isso além de não gostar de moda, que ela é capaz de numa página reclamar que sua colega assistente é chata ao falar de um assunto e na página seguinte estar animadamente falando do mesmo assunto com gente famosa. O pior é que no final ela passa a gostar de moda, mas continua achando os outros superficiais, vai entender essa lógica?

E como ela reclama. O livro é narrado em primeira pessoa pela Andrea, e eu não estou exagerando quando digo que ela só reclama o tempo inteiro. Ela reclama da chefe, das colegas, da família (ela tem um ódio especial pelo marido da irmã por causa do seu sotaque, sério), dos amigos, do namorado, da vida... a leitura é simplesmente cansativa de tanta reclamação, a maioria sem o menor sentido, estando lá por uma tentativa de efeito cômico que acaba saindo pela culatra.

Desde então sei que a autora lançou diversos outros livros, mas confesso que ler esse volume me desanima de chegar perto de qualquer um deles. A única coisa boa de O diabo veste Prada é o filme.

Nota 4.

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