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sábado, 22 de junho de 2019

Rat Queens vol 3



SPOILER FREE

Então... finalmente cheguei no 3º volume das coletâneas de Rat Queens, mas antes de falar sobre o conteúdo, preciso apontar algumas coisas.

Na época do lançamento desse volume, foi veiculado na mídia que o ilustrador e co-autor de Rat Queens, John Upchurch, havia sido preso por violência doméstica. Considerando que grande parte dos leitores de Rat Queens é mulher, isso foi um verdadeiro problema.

Tem a questão dele ter sido preso por violência doméstica, o que é um problema por si só, e que justificaria ele ser afastado eternamente do projeto. E o que realmente levou a suspensão de Rat Queens por um tempo. E tem o problema dele ter retornado ao projeto posteriormente, o que foi apontado por uma das ilustradoras mulheres da série, Tess Fowler, o que a levou a se retirar definitivamente do mesmo.

Eu acho um absurdo ter que tentar explicar tudo o que existe de errado nessas histórias de bastidores. Artistas machistas e que cometem violência contra a mulher não podem JAMAIS se envolver em projetos que buscam empoderar mulheres ou que tenham algum cunho feminista. Não é por falta de projetos na indústria de quadrinhos, não existe nenhuma desculpa para esse tipo de coisa.



Claro que quando li Rat Queens eu não tinha a menor ideia de nada disso. E por isso, gostei muito do terceiro volume, que traz a saga de Hannah, uma elfa necromante, Violet, uma guerreira anã de um clã de ferreiros, Dee, uma sacerdotisa ateia originária de uma religião bizarra e Betty, uma espécie de hobbit ladina. Nesse volume, a história é uma busca pelo o que aconteceu com o pai de Hannah, que desapareceu.

Toda a saga aproveita para apresentar o passado de Hannah, e explicar a sua verdadeira linhagem. Apesar da história ser maravilhosa, ela termina com um senhor gancho, o que é perdoável pelo fato ser quadrinhos. E porque no final temos a história de origem de Braga, uma orc trans. Isso mesmo, trans. Sua história é fantástica.




Eu ia dar a nota máxima nesse volume, mas não posso separar o artista da obra, não acho justo.

Por isso, nota 7.

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