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segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Retrospectiva 2020

 

Confesso que esse era um post que eu estava relutando em fazer. Relembrar 2020 não é uma tarefa agradável, como se pode imaginar. E eu que achava que 2019 que tinha sido ruim... preciso aprender a não reclamar de determinadas coisas.

Considerando o quão ruim o ano foi de maneira geral, nem posso dizer que foi de todo ruim para minhas leituras (o não reclamar ainda é tentativa, pelo visto, quem sabe até o final do post?). Apesar do número ter se reduzido consideravelmente, o que eu culpo a pandemia, claro, li coisas muito interessantes esse ano, e mantive um percentual muito bom de autoras femininas.

Meu pior número certamente foi o total de livros lidos, apenas 81 livros esse ano. Pelo menos bati um livro por semana (daria 52 livros para os curiosos), e fiquei acima do que consegui ler em 2017 (foram 78 livros naquele ano). E ainda assim, descobri que comi mosca e desses 81, só resenhei 77. Dos quatro esquecidos, eu não pretendia resenhar mesmo 3 (porque eram livros técnicos de determinados decks de tarô), mas um deles eu deixei escapar num dos momentos em que me enrolei com as resenhas, o que foi muito mais comum do que eu gostaria de admitir esse ano.

Mas, é aquilo, ano de pandemia, trancada em casa, fazendo um exercício de não enlouquecer e me cobrar demais. Li o que deu, tanto na quantidade quanto na qualidade. (meu meme favorito da virada 2020/2021: Em 2020 fiz o que deu pra fazer)

Mas vamos aos números mais interessantes! Porque de tristeza basta o noticiário:

Estatísticas 2020

Livros lidos: 81

Total de páginas lidas (contadas pelo Goodreads): 23.229

Média de páginas por livro: 286

Livro mais curto: For he can creep, Siobhan Carroll - 30 páginas

Livro mais longo: Duna, Frank Herbert - 892 páginas

Livros escritos por mulheres: 57 ou 70,4%

Livros de poesia: 8 ou 9,9%

Livros de autores brasileiros: 3 ou 3,7%

Livros de autores africanos: 7 ou 8,6%

Livros de temática LGBT: 6 ou 7,4%

Livros de fantasia: 15 ou 18,5%

Releituras: 6 ou 7,4%

Desafio Literário Popoca 2020: COMPLETO!

 

Esse certamente foi um ano marcado por leituras para me fazer me sentir melhor, por isso a quantidade de releituras (com exceção de O Diabo Veste Prada, da Lauren Weisberger, todas as outras releituras foram divinas, incluindo aí O Iluminado, Doutor Sono, ambos do Stephen King, e a série His Dark Materials do Philip Pullman). Li também uma quantidade não muito saudável de livros eróticos, apesar de não ter feito estatística específica, e evitei leituras mais pesadas, apesar da quantidade de autores africanos. 

Esse ano a Poesia teve uma queda considerável, especialmente porque a mudança de hábitos trouxe com ela o total esquecimento das leituras diárias de poesia, o que eu realmente deveria retomar em 2021. Mas sem pressão, porque algo me diz que esse ano vai ser uma continuação de 2020 nas questões mais complicadas. cof-pan-cof-de-cof-mia-cof

Quase tudo o que li de poesia esse ano na verdade li no Kindle por causa da mudança de hábitos, e de forma geral, o ano não foi muito bom nesse quesito, mas posso apontar um livro da minha autora polonesa do coração, Wisława Szymborska! Preciso ler mais dela, ela sempre me coloca pra cima. Here foi certamente um ponto alto em 2020.

De literatura brasileira, esse ano li pouco, mas li muito bem, Adélia Prado, Carolina Maria de Jesus e O peso do pássaro morto, da Aline Bei. Recomendo tudo.

Assim como a literatura africana esse ano foi um ponto fortíssimo, com livros maravilhosos, dá vontade de indicar quase tudo! The Automobile Club of Egypt de um dos meus autores favoritos do Egito, Alaa Al Aswany, Água Doce, que também qualifica como LGBT, de Akwaeke Emezi, Nascido do Crime, Trevor Noah, Minha irmã, a serial killer, da Oyinkan Braithwaite, e Meio sol amarelo, da Chimamanda Ngozi Adichie. Dos 7 livros que li, 5 receberam nota 10!

A literatura LGBT esse ano não foi tão estupenda, mas ainda indico: O Príncipe e a Costureira, da Jen Wong, e Red, White & Royal Blue, da Casey McQuiston.

Em termos de fantasia, a qualidade foi variável esse ano, e além da série His Dark Materials, consegui começar a ler a série do também polonês Andrzej Sapkowski, The Witcher, que foi uma excelente leitura e uma divertida série no Netflix, nem que seja pra ficar olhando o Henry Cavill. Ambas as séries foram destaques de boas leituras esse ano, mas eu preciso incluir nessa lista de fantasia A súbita aparição de Hope Arden, numa segunda menção honrosa em retrospectivas minhas para a autora Claire North, e The Ten Thousand Doors of January, da Alix E Harrow. A maior decepção nessa seara certamente foi Duna, que deve ter sido também o pior livro desse ano, o que na verdade resume bem 2020, o pior livro do ano foi o maior também, olha que tristeza.

Um pouco de Henry Cavill em The Witcher para aliviar a retrospectiva 2020

Mas para fechar essa retrospectiva com um tom positivo, mais algumas menções honrosas!

No estilo infantojuvenil: The Dark Lord Clementine, da Sarah Jean Horwitz, e Aru Shah e o fim dos tempos, da Roshani Chokshi.

Literatura erótica: Romancing Mister Bridgerton (Bridgertons #4), da Julia Quinn, e The Girl in 6E (Deanna Madden #1), da A R Torre.

Young Adult: Something Real, da Heather Demetrios.

Não ficção: Gather Together in My Name, da Maya Angelou.

Depois da retrospectiva, vem a perspectiva, certo? Então, aprendi ainda em 2019 a não fazer lista de leituras para o ano seguinte, então minha meta é ler tudo o que eu conseguir e seguir o Desafio Literário Popoca 2021, que está muito interessante! E que 2021 seja um ano melhor!

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