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quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Retrospectiva 2018


Esse ano de 2018 foi especial para as minhas leituras, primeiro porque li muita coisa legal, segundo porque pela primeira vez na vida cheguei no marco de 100 livros lidos. Confesso que nunca imaginei que chegaria nesse número. No dia que terminei o livro n°100 eu comemorei. Aliás, se você quiser dicas minhas de como chegar lá também, veja aqui!

Agora eu preciso confessar que não tenho a menor ideia se chegarei de novo nesse número. (ano novo é para se começar sem culpas ou sujeira embaixo do tapete, então essa é a hora das confissões)

O final do ano se aproxima e eu não tenho a menor ideia de como serão os meus horários ou minha agenda no próximo ano, por questões totalmente alheias ao meu controle, portanto, não é um bom momento para pensar em metas ousadas para 2019. Quem sabe ao longo do ano eu perceba que é possível chegar de novo nessa quantidade e eu volto a pensar no assunto.

Até lá, vamos para a Retrospectiva 2018! Sente-se num lugar confortável e com uma bebida geladinha (no hemisfério sul, nesse verão de rachar) ou quentinha (no hemisfério norte, que o inverno está prometendo ser pesado esse ano), porque haja retrospectiva para cobrir tanto livro. Tentarei ser sucinta.

O início do ano vai ser rápido de rever, foram duas séries completas de Graphic Novels que aproveitei para ler nas férias e no Carnaval. Comecei o ano com Sandman, numa edição dividida em 10 volumes, o clássico que lançou ao estrelato o maravilhoso Neil Gaiman, e que deu origem aos quadrinhos de Lucifer (que totalizam 5 volumes), um filhote meio bastardo do Mike Carey, que infelizmente não chegou aos pés do brilhantismo de Gaiman.

Mais ou menos na mesma época eu li um livro de poesia da mineira Adélia Prado, que aprendi a apreciar, mais um clássico, Robinson Crusoé, que não consegui entender porque ainda é lido, porque é chato até dizer chegar, e uma série arthuriana de 3 volumes, dessa vez do ponto de vista da Guinevere, que, apesar de ter boas intenções, teve lá os seus problemas de execução.

Terminando esse monte de séries resolvi ler coisas que não tivessem continuação, daí sobre o mundo árabe eu li O Corão (não fiz resenha por motivos éticos), Extraordinary Women, com rápidas biografias de mulheres incríveis do mundo islâmico, Nove Partes do Desejo, um estudo jornalístico sobre as mulheres no mundo muçulmano, Madinah, uma coletânea de contos de autores árabes que me gerou uma lista de autores para pesquisar, e Islã da historiadora Karen Armstrong.

Para dar uma quebrada nesse clima, eu li também Let's Pretend This Never Happened, da mesma autora de Furiously Happy, o que é sempre certeza de diversão, The Golem and The Jinni, que mistura as mitologias judaica e árabe, uma obra belíssima que deve receber uma continuação (desnecessária mas quem sou eu para reclamar) no próximo ano, The life-changing magic of not giving a f*ck, uma paródia maravilhosa do livro da Marie Kondo, Mr. Penumbra's 24-hous Bookstore, um livro muito doido que me surpreendeu e amei, Her Reasons, meu primeiro livro da linha harém reverso, o que descobri que existia esse ano e, bem, não posso reclamar da sua existência, e num tom mais espiritual li Omnipresent, uma coletânea de textos sobre a(s) deusa(s).

Daí precisei de uma limpeza cerebral mais pesada e fui terminar séries, começando com Where she Went, mais uma continuação desnecessária mas fofa, Real Vampires take no prisoners, cuja série simplesmente deixou de me agradar e não pretendo ler mais nada da autora por falta de paciência até alguém me convencer, e o mais erótico Jock Row, porque, bem, eu gosto.

Limpeza mental feita, li os mais técnicos Belly Dance Around The World, uma coleção de artigos na linha das ciências sociais sobre a dança do ventre ao redor do mundo, No God But God, uma breve história do Islã do iraniano Reza Aslan, Muhammad's wives, sobre as diversas esposas oficiais do profeta Maomé e Kings and Presidents, uma análise de um ex-agente da CIA sobre a relação entre os reis sauditas (desde a fundação da atual Arábia Saudita) e os respectivos presidentes norte americanos.

Mais ou menos nessa época terminei vários livros de poesias, entre eles: A arte de pássaros do Neruda, que não parece Neruda, The garden of Heaven do Hafiz, numa tradução meio blé, A criança em ruínas do português José Luís Peixoto, um dos melhores livros de poesia desse ano, Letter to my daughter da maravilhosa Maya Angelou, virei fã e quero mais, e, por fim, Dog Songs da Mary Oliver, que pela fama eu esperava mais.

Entre os livros mais pesados e as poesias, li The Astonishing Color of After, um livro lindo demais e que estou doida pra ser lançado no Brasil, Ten Women da chilena Marcela Serrano, uma grande descoberta para mim de autoras latino-americanas. Num tom mais leve, Getting over Garrett Delaney, um livro muito bom para adolescentes, Celtic Tales, cujo título já explica que são histórias celtas, The Collaborative Habit da bailarina americana Twyla Tharp, que prometia mais do que entregou, A Mystic Guide to cleansing and clearing, que mais pareceu um livro de receitas, para o bem e para o mal, e The hating game, o melhor livro que já li da linha de inimigos a amantes.

Depois de tanta coisa levinha li para compensar um livro do maravilhoso autor egípcio ganhador do Nobel, Naguib Mahfouz, The Harafish, fechando minha meta anual de ler algo dele sempre, Girls of Ryad, um romance escrito por uma saudita que é simplesmente chocante, o clássico do Philip K. Dick que deu origem ao filme Blade Runner, Androides sonham com ovelhas elétricas?

Daí um tive outro surto de limpeza mental e li seguidinho Heartbreakers e Paper Hearts da Ali Novak, Love Machine da Kendall Ryan, The Accidental Harem da JJ Knight, The Player e The Catch da K. Bromberg e Taking the heat da Victoria Dahl. Desses eu só recomendo o Accidental Harem.

Para não perder o ritmo, pois a limpeza mental não tinha sido lá essas coisas, li 3 livros de histórias curtinhas, A lâmina assassina, novelas do universo de Trono de Vidro que serviram para refrescar a memória enquanto eu aguardava o lançamento do último livro da série, The Djinn Falls in Love, uma coletânea de contos sobre gênios (os da lâmpada mesmo) e Broad Strokes, uma coletânea de breves biografias e análises de 15 mulheres artistas plásticas.

Por ocasião do dia dos pais li Morreste-me, mais um livro do português José Luís Peixoto, que caiu super bem para mim. E continuei na saga de terminar séries de livros deixadas pela metade, com os três últimos livros de Please Don't Tell My Parents I'm a Supervillan, que eu adoro de paixão e de fofura, Always and Forever Lara Jean, porque estava na hora antes que eu esquecesse o nome das personagens todas, e no embalo li a série completa de Corte de Espinhos e Rosas (4 livros).

Para contrabalancear, eu li Robert Fisk on Afghanistan, com as matérias do jornalista especialista em Oriente Médio durante a guerra contra o Talibã, A Belly Dance Journal, um livro bastante técnico apesar de simples com sugestões de práticas voltadas para a dança do ventre, e terminei O Tarô Mitológico, que é uma versão das cartas do tarô usando mitologia grega. Terminei também os livros de poesia Poesia Completa de Yu Xuanji, uma das poetisas chinesas mais importantes e Les Fleurs du Mal, do francês Baudelaire, que eu nem sei quanto tempo levei para ler.

Daí entrei numa vibe ler sobre mulheres e devorei Men Explain Things to Me, que achei maravilhoso e bem no ponto, assim como I'm Judging You da nigeriana Luvvie Ajayi. Virei fã dela. No ramo ficção li The girl you left behind, uma história linda de mulheres incríveis, a série já publicada de Monstress (apenas 3 volumes até hoje), terminei a série Themis Files (2 livros e um mini conto), que apesar de não ser escrita por uma mulher tem mulheres fodas. Li a poetisa brasileira Laura Erber com A Retornada, e finalmente o último livro da série Trono de Vidro.

No meio dessa leitura feminina toda, eu li Odd and the Frost Giants do Neil Gaiman, que é uma categoria a parte, publicação da mortalidade, do português Valter Hugo Mãe, e o livro Histoires do francês Jacques Prévert, que eu amo.

Fora isso, continuei firme na linha feminina, com Made you up da Francesca Zappia, Poeta X da Elizabeth Acevedo, A filha perdida da Elena Ferrante, dois livros da Sarah Andersen, Herding Cats e Big Mushy Happy Lump, Dance was her religion, sobre 3 bailarinas do início do século XX que só criaram a dança moderna e mais uma corrida de livros que eu esperava que fossem eróticos mas... deixaram a desejar: A passionate love affair with a total stranger da inglesa Lucy Robinson, Sweetshop of dreams da inglesa Jenny Colgan, Part-time lover da Lauren Blakely e Dear Jane da Kendall Ryan, vencedor do título pior livro do ano. Em compensação teve o delicinha Scoring the wrong twin da Naima Simone.

Fechando o ano, terminei o livro da poetisa argentina Alejandra Pizarnik e dois livros de poetas de Moçambique, Rui Knopfli e Sangare Okapi. O livro super feminista para adolescentes Moxie e um de contos de natal, My True Love Gave to Me. Ufa.

Que 2019 seja recheado de livros maravilhosos para todos! Aliás, já viram o Desafio Literário do Popoca para o próximo ano? Excelentes dicas de livros para ler! Nem todas minhas, mas o que não foi meu eu pretendo usar! Clica aqui!

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